O papel da ciência no combate às fake news - Hexag Medicina
09/01/2025 Atualidades

O papel da ciência no combate às fake news

Escrito por Hexag Educacional @hexagmedicina
O papel da ciência no combate às fake news

A ciência e fake news devem ter uma relação direta ao passo que a primeira deve combater o último. Informações falsas e que objetivam prejudicar a população devem ser combatidas com informações verdadeiras e pautadas pela responsabilidade científica. No artigo a seguir falaremos mais sobre esse papel da Ciência.

Ciência e fake news

A ciência tem um papel cada vez mais importante na busca pelo combate das fake news. Vivemos um momento em que a propagação de notícias falsas chegou a um patamar elevado e precisamos de ferramentas eficientes para reduzir seu impacto. Inclusive tem se mostrado crucial aproximar a ciência do jornalismo.

Dar visibilidade para a ciência é uma forma de reduzir o alcance das mentiras propagadas com o objetivo de marginalizar determinadas camadas da sociedade. Dados científicos devem ser divulgados de uma forma que seja mais fácil de compreender por diferentes grupos. 

A comunicação é uma grande aliada da Ciência para fazer a diferença na vida de pessoas que podem enfrentar sérios problemas pelo desconhecimento. Contudo, embora haja avanço no campo científico é inegável que podem ser feitos novos avanços.

Ferramentas para divulgação científica

A ciência precisa chegar às pessoas mais afetadas pelo desconhecimento propagado pelas fake news. Para que isso seja realizado de forma eficiente é crucial que seja realizado um trabalho de divulgação científica. O ponto essencial é tornar as informações científicas acessíveis. 

Confira abaixo algumas ferramentas que podem contribuir para uma divulgação científica mais eficiente:

  • Adoção de métricas e indicadores, por instituições acadêmicas e agências de fomento, que considerem o poder de comunicação;
  • O potencial de divulgação dos dados científicos produzidos deve se tornar um indicativo considerado na avaliação de docentes e pesquisadores;
  • Atribuir mais peso à divulgação científica dentro das universidades através de disciplinas, treinamento e cursos de verão; 
  • A criação de equipes de comunicação dentro das universidades para desenvolver e colocar em prática o trabalho de divulgação científica; 
  • Fornecimento de recursos relevantes para o atendimento das necessidades e especificidades de cada projeto; 
  • Adoção de métodos de avaliação para analisar o poder de comunicação desses projetos. 

A desinformação disfarçada de “ciência”

Além da necessidade de ter parâmetros e recursos adequados para a divulgação científica, o combate das fake news tem outro desafio. Há cada vez mais desinformação sendo gerada por indivíduos que apresentam algum vínculo com instituições científicas e universidades. 

Nesses casos, as informações falsas podem passar a ter uma “roupagem” de dado científico. Trata-se de uma chancela falsa para algo que não é pertinente e não tem embasamento em nenhum estudo sério. O combate dessa face do problema das fake news demanda um trabalho sério e focado por parte das instituições.

Um professor ou pesquisador não pode apresentar e defender informações falsas livremente como se fizesse parte da instituição. É essencial que haja pelo menos mecanismos de repreensão por tal atitude. Durante o período da pandemia, houve diversos casos de indivíduos ligados a universidades espalhando fake news. 

A ciência como base

O principal papel cumprido pela ciência é o de funcionar como uma base para a construção de uma sociedade mais bem informada. Quando existe informação há a redução de desigualdades e de problemas de saúde pública. 

Além disso, é inegável a importância da ciência como um reforço para a manutenção da democracia, inibindo o crescimento do negacionismo científico. Quanto mais a democracia se encontra ameaçada, mais há a propagação de notícias falsas. 

No decorrer do século XX, houve um grupo de cientistas que nos apresentou a importância da ciência para o progresso da humanidade e seus limites. Podemos citar como exemplos:

  • Max Weber (1964-1920);
  • Karl Popper (1902-1994);
  • Thomas Kuhn (1922-1996).

A ciência foi apresentada como sendo um processo formado por muitos passos e que possui algumas certezas, porém, inúmeras dúvidas. No entanto, posteriormente, em meados da década de 1980, alguns pesquisadores passaram a divulgar que a ciência não explicava grande parte do que acontece no mundo. 

Embora realmente existam conhecimentos não científicos legítimos é crucial que haja o reconhecimento da importância da ciência. Estudos científicos devem ser entendidos como a palavra decisiva no que diz respeito à saúde e ao bem-estar da humanidade. O enfraquecimento da ciência pode nos levar a uma era de trevas. 

Políticas públicas

Para que a ciência possa ter maior alcance na sociedade atual precisamos de políticas públicas que ajudem a catapultá-la. Uma forma de tornar o processo de produção do conhecimento científico mais bem direcionado é alinhá-lo com as necessidades da gestão pública.

Projetos de pesquisa e estudos podem e devem ser desenvolvidos com foco na resolução de problemas que façam parte da sociedade. A gestão pública deve passar a ter uma ação mais direta na definição dos temas a serem estudados. As propostas podem ser elaboradas em conjunto pelo pesquisador e pela gestão pública. 

Inclusive esses projetos podem ser realizados em parceria com organizações da sociedade civil. O trabalho em conjunto contribui para sanar problemas sociais e ainda trazer resultados na prática. 

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