Entenda o que é inflação galopante
A inflação consiste em um aumento geral dos preços de bens e serviços em uma economia. Ela pode ser de diferentes tipos: deflação, hiperinflação e inflação galopante. Ao longo do artigo a seguir explicaremos com mais detalhes no que consiste o conceito de inflação e especialmente o que é a galopante. Boa leitura!
Inflação e inflação galopante
Antes de qualquer coisa é interessante conceituar o termo “inflação”. Em linhas gerais, ele se refere ao aumento generalizado dos preços de bens e serviços em uma economia ao longo do tempo.
Trata-se de um fenômeno natural que acontece quando existe um desequilíbrio entre a oferta e a procura. A consequência desse processo é a perda do poder compra. Isso significa que com a mesma quantia de dinheiro que se tinha antes se compra menos bens e serviços.
Como já mencionamos, a inflação galopante é um tipo de inflação. A principal característica desse tipo de inflação é que o crescimento dos preços permanece acima dos 10%. Assim a economia se torna caótica, pois o dinheiro perde o valor muito rápido.
Inflação é sempre ruim?
É importante pontuar que a inflação nem sempre é algo desagradável. As diferentes economias do mundo utilizam ferramentas para o ajuste das políticas fiscal e monetária. Assim conseguem atingir seus objetivos de crescimento econômico.
Os bancos centrais são responsáveis pela política monetária que visa a estabilidade dos preços, isto é, o controle da inflação. Então, o objetivo de grande parte dos Bancos Centrais do mundo é alcançar algum nível de inflação.
Economias desenvolvidas geralmente buscam um nível próximo de 2%, esse é o caso da Reserva Federal ou do Banco Central Europeu. Trabalhar com uma meta de inflação muito alta pode gerar consequências ruins para as economias.
Conheça os tipos de inflação
A seguir explicaremos melhor os tipos de inflação existentes:
- Deflação;
- Hiperinflação;
- Inflação lenta;
- Inflação rápida;
- Inflação galopante.
O que é deflação?
Deflação nada mais é do que a inflação negativa, normalmente tem relação com muito mais oferta do que procura. Entre os anos de 2013 e 2015, a Grécia viveu um período de 33 meses de deflação. Esse fenômeno costuma estar associado a recessões econômicas profundas e/ou depressão de uma economia.
O que é hiperinflação?
Quando a inflação está alta recebe o nome de hiperinflação. Trata-se de um tipo de inflação indesejado que representa grande risco para a economia. Confira abaixo os principais efeitos da hiperinflação:
- Tendência para o aumento do consumo de bens de consumo duráveis e grandes investimentos;
- Aumento da atração de moedas fortes como o dólar americano;
- Aumento nos custos, devido à constante variação de preços, os estabelecimentos podem ter que alterar os preços mais de uma vez por dia;
- O banco central pode perder a sua capacidade de influenciar a economia através da política monetária;
- Muitas vezes contribui para o declínio acentuado do bem-estar social.
O que é inflação lenta?
Na inflação lenta, os preços aumentam de 2% a 3% ou menos por ano. Os consumidores acreditam que os preços continuarão subindo e então compram, assim a procura aumenta. A inflação lenta é entendida como positiva para o crescimento econômico.
O que é inflação rápida?
Nesse cenário, os preços aumentam entre 3% e 10% ao ano. Para evitar pagar preços mais altos amanhã, os consumidores compram mais do que precisam hoje. Isso acarreta aumento do custo das matérias-primas e dos salários dos trabalhadores. A consequência é que a economia começa a ficar sobreaquecida.
O que é inflação galopante?
A inflação galopante é aquela na qual o aumento dos preços está acima de 10%, levando a um verdadeiro caos na economia. O dinheiro perde o valor muito rapidamente e o rendimento da população também.
A inflação galopante no Brasil
Quando a inflação fica elevada e sai de controle torna-se hiperinflação. O poder de compra é reduzido e o aumento generalizado dos preços costuma gerar recessão e desvalorização da moeda.
O Brasil enfrentou um cenário de hiperinflação entre as décadas de 1980 e 1990. Nesse período, a inflação galopante superou os 80% ao mês. Basicamente, isso significa que um mesmo produto poderia quase dobrar de preço de um mês para o outro.
De acordo com dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), a inflação média do Brasil foi de 233,5% ao ano entre 1980 e 1989. A variação anual subiu para 499,2%, entre os anos de 1990 e 1999.
Causas da hiperinflação
Num cenário de hiperinflação, as causas se sucedem e se realimentam. A crise hiperinflacionária pode ter começado com o choque do petróleo, porém, foi reforçada pelas desvalorizações da moeda e aumento do dinheiro circulante para financiamento da dívida externa.
O país passou quase 15 anos com inflação acima dos dois dígitos. Os estabelecimentos comerciais precisavam remarcar os preços dos produtos diariamente. Devido aos aumentos de preços, a população estocava alimentos.
Quando a inflação do mês anterior era divulgada, os preços e salários eram reajustados automaticamente. Isso gerava um efeito de bola de neve que tornava a inflação de um mês imediatamente repassada para o mês seguinte. Os mais pobres eram os principais prejudicados pela hiperinflação, pois não tinham como se defender das perdas.
Agora você conhece mais sobre o conceito de inflação e inflação galopante. Para conferir mais conteúdos como este e dicas para o Enem e o vestibular, acesse outros posts do blog Hexag Medicina!