Entenda o que é inflação galopante - Hexag Medicina
15/06/2023 Atualidades

Entenda o que é inflação galopante

Escrito por Hexag Educacional @hexagmedicina
Entenda o que é inflação galopante

A inflação consiste em um aumento geral dos preços de bens e serviços em uma economia. Ela pode ser de diferentes tipos: deflação, hiperinflação e inflação galopante. Ao longo do artigo a seguir explicaremos com mais detalhes no que consiste o conceito de inflação e especialmente o que é a galopante. Boa leitura!

Inflação e inflação galopante

Antes de qualquer coisa é interessante conceituar o termo “inflação”. Em linhas gerais, ele se refere ao aumento generalizado dos preços de bens e serviços em uma economia ao longo do tempo.

Trata-se de um fenômeno natural que acontece quando existe um desequilíbrio entre a oferta e a procura. A consequência desse processo é a perda do poder compra. Isso significa que com a mesma quantia de dinheiro que se tinha antes se compra menos bens e serviços. 

Como já mencionamos, a inflação galopante é um tipo de inflação. A principal característica desse tipo de inflação é que o crescimento dos preços permanece acima dos 10%. Assim a economia se torna caótica, pois o dinheiro perde o valor muito rápido. 

Inflação é sempre ruim?

É importante pontuar que a inflação nem sempre é algo desagradável. As diferentes economias do mundo utilizam ferramentas para o ajuste das políticas fiscal e monetária. Assim conseguem atingir seus objetivos de crescimento econômico. 

Os bancos centrais são responsáveis pela política monetária que visa a estabilidade dos preços, isto é, o controle da inflação. Então, o objetivo de grande parte dos Bancos Centrais do mundo é alcançar algum nível de inflação. 

Economias desenvolvidas geralmente buscam um nível próximo de 2%, esse é o caso da Reserva Federal ou do Banco Central Europeu. Trabalhar com uma meta de inflação muito alta pode gerar consequências ruins para as economias. 

Conheça os tipos de inflação

A seguir explicaremos melhor os tipos de inflação existentes:

  • Deflação;
  • Hiperinflação;
  • Inflação lenta;
  • Inflação rápida;
  • Inflação galopante.

O que é deflação?

Deflação nada mais é do que a inflação negativa, normalmente tem relação com muito mais oferta do que procura. Entre os anos de 2013 e 2015, a Grécia viveu um período de 33 meses de deflação. Esse fenômeno costuma estar associado a recessões econômicas profundas e/ou depressão de uma economia. 

O que é hiperinflação?

Quando a inflação está alta recebe o nome de hiperinflação. Trata-se de um tipo de inflação indesejado que representa grande risco para a economia. Confira abaixo os principais efeitos da hiperinflação: 

  • Tendência para o aumento do consumo de bens de consumo duráveis e grandes investimentos;
  • Aumento da atração de moedas fortes como o dólar americano; 
  • Aumento nos custos, devido à constante variação de preços, os estabelecimentos podem ter que alterar os preços mais de uma vez por dia; 
  • O banco central pode perder a sua capacidade de influenciar a economia através da política monetária;
  • Muitas vezes contribui para o declínio acentuado do bem-estar social. 

O que é inflação lenta?

Na inflação lenta, os preços aumentam de 2% a 3% ou menos por ano. Os consumidores acreditam que os preços continuarão subindo e então compram, assim a procura aumenta. A inflação lenta é entendida como positiva para o crescimento econômico

O que é inflação rápida?

Nesse cenário, os preços aumentam entre 3% e 10% ao ano. Para evitar pagar preços mais altos amanhã, os consumidores compram mais do que precisam hoje. Isso acarreta aumento do custo das matérias-primas e dos salários dos trabalhadores. A consequência é que a economia começa a ficar sobreaquecida. 

O que é inflação galopante?

A inflação galopante é aquela na qual o aumento dos preços está acima de 10%, levando a um verdadeiro caos na economia. O dinheiro perde o valor muito rapidamente e o rendimento da população também. 

A inflação galopante no Brasil

Quando a inflação fica elevada e sai de controle torna-se hiperinflação. O poder de compra é reduzido e o aumento generalizado dos preços costuma gerar recessão e desvalorização da moeda.

O Brasil enfrentou um cenário de hiperinflação entre as décadas de 1980 e 1990. Nesse período, a inflação galopante superou os 80% ao mês. Basicamente, isso significa que um mesmo produto poderia quase dobrar de preço de um mês para o outro. 

De acordo com dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), a inflação média do Brasil foi de 233,5% ao ano entre 1980 e 1989. A variação anual subiu para 499,2%, entre os anos de 1990 e 1999. 

Causas da hiperinflação

Num cenário de hiperinflação, as causas se sucedem e se realimentam. A crise hiperinflacionária pode ter começado com o choque do petróleo, porém, foi reforçada pelas desvalorizações da moeda e aumento do dinheiro circulante para financiamento da dívida externa. 

O país passou quase 15 anos com inflação acima dos dois dígitos. Os estabelecimentos comerciais precisavam remarcar os preços dos produtos diariamente. Devido aos aumentos de preços, a população estocava alimentos. 

Quando a inflação do mês anterior era divulgada, os preços e salários eram reajustados automaticamente. Isso gerava um efeito de bola de neve que tornava a inflação de um mês imediatamente repassada para o mês seguinte. Os mais pobres eram os principais prejudicados pela hiperinflação, pois não tinham como se defender das perdas. 

Agora você conhece mais sobre o conceito de inflação e inflação galopante. Para conferir mais conteúdos como este e dicas para o Enem e o vestibular, acesse outros posts do blog Hexag Medicina!

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