Queimadas na Amazônia - Desequilíbrio na natureza - Hexag Medicina
02/12/2022 Atualidades

Queimadas na Amazônia – Desequilíbrio na natureza

Escrito por Hexag Educacional @hexagmedicina
Queimadas na Amazônia – Desequilíbrio na natureza

O desequilíbrio na natureza resultante das queimadas na Amazônia vem ligando o sinal de alerta no mundo todo. Essa situação é especialmente preocupante pelo aumento das queimadas, que vêm destruindo continuamente a floresta.

Continue lendo para entender mais sobre esse tema que pode ser cobrado no Enem e vestibulares.

Queimadas na Amazônia geram desequilíbrio na natureza

O aumento de focos de incêndio na região da floresta amazônica é bastante preocupante porque gera uma série de consequências para a natureza. Entre os impactos que esses incêndios podem gerar está a extinção de espécies de flora e fauna (algumas nem catalogadas).

Em 19 de agosto de 2019, o dia virou noite na cidade de São Paulo, esse fenômeno, segundo especialistas, foi resultado de incêndios na Amazônia. Boa parte das queimadas na região da floresta é gerada pela ação humana.

Essas queimadas podem gerar desequilíbrios na natureza que podem levar milênios para serem superados. 

Qual é a origem das queimadas na Amazônia?

A floresta amazônica é uma floresta tropical úmida, sendo assim, incêndios naturais ou espontâneos são bastante difíceis. Geralmente, as queimadas acontecem por ação humana e propositadamente.

O objetivo, quase sempre, é o desmatamento de áreas amplas que serão usadas como pasto para criação de gado ou para o cultivo de soja.

Um dos métodos mais usados para dar início às queimadas é deixar madeira desmatada “secando” por meses para posteriormente incendiá-la. Esse foco inicial de incêndio é o que basta para que as chamas se espalhem e consumam a natureza. 

Perdas geradas pelas queimadas na Amazônia

As queimadas na região amazônica são responsáveis por consumir vegetações, em alguns casos, seculares. Espécies de fauna e flora que ainda nem foram documentadas são perdidas nesse processo. As áreas queimadas podem levar décadas ou até séculos para se recuperar.

Durante esse período em que a floresta não consegue se recompor, se estabelece uma nova lógica de ecossistema. Assim, surgem desequilíbrios e falta habitat para diversas espécies que eventualmente desaparecem. 

Na Amazônia, há cerca de 5.000 espécies de árvores, 3.000 variedades de ervas e 1.300 tipos de arbustos. Há também outras espécies de flora que possuem grande valor científico.

No total, são mais de 30.000 espécies vegetais. Nos rios da Amazônia estão em torno de 85% de todas as espécies de peixes da América do Sul. 

As queimadas e o desequilíbrio na natureza

Todas as espécies presentes na floresta amazônica tem uma função para a manutenção do equilíbrio do ecossistema. Isso porque essas espécies se desenvolveram paralelamente e se encontram interligadas.

Por exemplo, na floresta há árvores chamadas de “clímax”, espécies de grande porte, cuja função é fazer sombra para auxiliar no desenvolvimento de outras formas de vida (vegetais e animais). 

As árvores clímax podem levar mais de mil anos para chegar à sua altura máxima. Enquanto essas árvores não são restauradas, ocorre uma série de mudanças críticas no ecossistema. Assim, as queimadas podem comprometer diversas espécies vegetais e animais. A vegetação primária pode levar séculos para se recuperar. 

Queimadas na Amazônia e os animais afetados

A fauna também é bastante afetada pelas queimadas. Os animais podem morrer carbonizados ou sofrer queimaduras que os deixarão incapacitados. No segundo caso, esses animais tendem a morrer lentamente, pois não conseguem se deslocar e nem se alimentar. 

Nesse contexto de queimada na floresta, algumas espécies têm vantagem. Os mamíferos podem sentir a chegada do fogo pelo olfato. Já as aves podem voar para longe do incêndio. Porém, mesmo entre os animais “privilegiados”, existem exceções. 

Há espécies lentas entre os mamíferos, como o bicho preguiça, o tamanduá e filhotes de maneira geral, que não conseguem escapar em tempo, mesmo sentindo a ameaça. Aves adultas voam para longe, porém, seus ninhos e ovos são destruídos pelo fogo, algo que prejudica a perpetuação da espécie. 

Por sua vez, os animais que escaparem com vida e sem ferimentos precisarão sobreviver em uma floresta destruída. Habitats deixam de existir e a falta de alimento leva várias espécies ao padecimento. Muitas espécies endêmicas da Amazônia (que só existem lá) são perdidas. 

Perda da fauna do solo

Um dos fatores mais importantes para a manutenção do equilíbrio do ecossistema da floresta é a fauna do solo. No solo amazônico, há uma grande variedade de micro-organismos vertebrados e invertebrados.

Quando o incêndio passa pela floresta consome minhocas, aracnídeos e insetos variados. Assim, uma das principais riquezas da floresta é eliminada. Uma das funções mais importantes dessas espécies é a manutenção da qualidade do solo para que a vegetação amazônica possa se desenvolver.

As árvores seculares e milenares que citamos só conseguem se manter férteis pelos nutrientes que recebem dos micro-organismos através do solo. 

As queimadas na Amazônia desencadeiam uma série de problemas que afetam a floresta como um todo. A perda de espécies e as mudanças que isso gera no ecossistema é uma questão de interesse global, pois todo o clima do planeta é afetado.

As queimadas na Amazônia são um tema recorrente nas provas do Enem e vestibulares. Para conferir mais conteúdos como este e dicas para o Enem e o vestibular, acesse outros posts do blog do Hexag Medicina!

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