Anexos embrionários: quais suas funções?
Alguns animais vertebrados apresentam, durante o desenvolvimento embrionário, os anexos embrionários. Esses anexos são estruturas membranosas extraembrionárias que surgem a partir dos folhetos germinativos. Há quatro tipos de anexos embrionários: o âmnio, o saco vitelínico, o alantoide e o cório. Continue lendo para saber mais.
O que são os anexos embrionários?
Os anexos embrionários caracterizam-se por serem estruturas membranosas extraembrionárias que surgem no desenvolvimento embrionário de alguns animais vertebrados. O surgimento dessas estruturas se deu a partir dos folhetos germinativos. Há quatro tipos de anexos embrionários, são eles:
- Âmnio;
- Cório;
- Saco vitelínico;
- Alantoide.
Tipos de anexos embrionários e suas funções
Como citamos acima, os anexos embrionários são estruturas membranosas extraembrionárias. A seguir, apresentaremos com mais detalhes os quatro principais tipos e suas funções.
Saco vitelínico
- Estrutura formada a partir do mesoderma e endoderma.
- Envolve o vitelo e participa assim do processo de nutrição do animal que está se desenvolvendo.
- Essa é a primeira membrana que se forma e está diretamente ligada ao intestino do embrião.
- É bem desenvolvida em peixes, aves e répteis.
- É reduzida nos mamíferos, pois nesses animais a placenta assume a função de nutrição.
- Nos peixes, esse é o único anexo embrionário.
- Esse anexo embrionário não está presente em anfíbios, pois o vitelo está no interior das células chamadas de macrômeros.
Âmnio
- Essa membrana é formada a partir do ectoderma e mesoderma envolvendo o embrião de aves, répteis e mamíferos.
- Esse anexo delimita a chamada cavidade amniótica que possui em seu interior o líquido amniótico.
- Dentre suas principais funções estão: a proteção do embrião contra choques mecânicos e redução do risco de desidratação.
- Os animais que apresentam essa estrutura recebem o nome de amniotas. Aqueles que não possuem são chamados de anamniotas.
- Essa estrutura é conhecida popularmente, nos mamíferos, como bolsa d’água.
Cório
- É também chamado de serosa.
- Essa é uma membrana formada a partir do mesoderma e ectoderma.
- Atua recobrindo todo o embrião e os demais anexos embrionários.
- Essa membrana está localizada, nos répteis e aves, logo abaixo da casca de ovo.
- Atua em conjunto ao alantoide, na realização de trocas gasosas, assim como na proteção do embrião.
- Essa estrutura origina a placenta nos mamíferos.
Alantoide
- Essa membrana está presente em aves, répteis e mamíferos.
- É formado a partir do mesoderma e endoderma.
- É uma membrana relacionada com as trocas gasosas.
- Nos répteis e aves, esse anexo embrionário armazena o produto da excreção do embrião. Retira parte do cálcio da casca e transfere para o esqueleto do animal.
- Nos mamíferos, o alantoide é pouco desenvolvido já que a placenta assume o papel dessa estrutura.
Placenta
É importante ressaltar que a placenta também é um anexo embrionário. Contudo, essa estrutura é exclusiva dos mamíferos, ela se forma pela interação do cório com o alantoide. A função principal da placenta é estabelecer a troca de substâncias entre mãe e filho. Então a placenta possui função de nutrição, excreção e respiração.
A placenta também tem relação com a produção de vários hormônios durante o período da gravidez. Esse anexo não é encontrado em animais que botam ovos como os ornitorrincos, por exemplo.
Organogênese: como surgem os anexos embrionários
O zigoto ou célula-ovo, durante o desenvolvimento embrionário e após a fecundação, passa por inúmeras divisões celulares. Esse processo é chamado de segmentação ou clivagem.
As divisões celulares continuam acontecendo e então têm início os primeiros processos de diferenciação celular, marcando o início do processo de gastrulação.
Gastrulação
As estruturas primitivas (como notocorda nos cordados) formam-se na gastrulação. Essas estruturas darão espaço para a coluna vertebral e tubo nervoso dorsal que se desenvolverá em sistema nervoso. As demais estruturas primitivas se diferenciarão nos órgãos componentes dos sistemas de um organismo.
Os demais órgãos e tecidos se formam a partir da diferenciação das células e estruturas que já existem no embrião. Isso acontece dentro do estágio de desenvolvimento embrionário chamado de organogênese.
Mudança de morfologia
Durante a organogênese, sinalizadores são enviados e ativados nas células de maneira a mudar a sua morfologia adquirindo funções específicas. O processo recebe o nome de diferenciação celular. Depois da diferenciação, as células podem se agrupar dando origem aos órgãos do indivíduo.
Formação de folhetos embrionários
Na organogênese, ocorre a formação dos folhetos embrionários, as camadas primárias de células com capacidade de diferenciação. Essas camadas são chamadas de:
- Endoderma;
- Mesoderma;
- Ectoderma.
Os folhetos embrionários são conhecidos também como folhetos germinativos ou camadas germinativas. A partir desses folhetos embrionários serão formados os demais órgãos e tecidos do animal que se encontra em desenvolvimento.
Membranas embrionárias
O processo de formação dos anexos embrionários envolve estruturas conhecidas como membranas embrionárias. Essas estruturas são formadas a partir dos folhetos germinativos.
As membranas embrionárias formadas compõem o ovo amniótico e se diferenciam dando origem aos anexos embrionários. Os três folhetos germinativos participam da formação dos anexos.
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