Onde se aplica a biologia celular?
O ramo da Biologia dedicado ao estudo das células é chamado de Biologia Celular ou Citologia. As células consistem nas unidades básicas estruturais e funcionais dos organismos. Logo, a citologia é focada no estudo da parte estrutural e funções das células. Continue lendo para saber mais.
Biologia celular: qual é a sua importância e onde se aplica?
Como citamos acima, a biologia celular é o ramo da Biologia cujo foco de estudo é a estrutura e o funcionamento das células. Nesse campo também se investiga a interação entre as células, tornando mais fácil o entendimento do funcionamento dos organismos.
Esse ramo atua em conjunto com outras áreas de conhecimento, como a biologia molecular, a bioquímica, imunologia e genética. Contribui significativamente para avanços na área médica.
Célula: foco do estudo da biologia celular
As células se caracterizam por ser as unidades básicas estruturais e funcionais dos organismos. Há organismos que possuem apenas uma célula (chamados de unicelulares) como protozoários, bactérias, alguns tipos de algas e fungos.
Existem também os seres chamados de multicelulares, aqueles que apresentam mais de uma célula como plantas, animais e alguns tipos de fungos e algas.
Procarióticas e Eucarióticas
As células são divididas em dois tipos: procarióticas e eucarióticas.
Células procarióticas
Essas células não possuem sistema de endomembranas. Isso significa que o seu núcleo não é delimitado e o material genético está disperso no citosol. Também não possuem organelas membranosas.
No citoplasma das células procarióticas são encontrados ribossomos. Os ribossomos são estruturas celulares que atuam sintetizando proteínas. Esse tipo de célula é encontrado em bactérias e cianobactérias.
Células eucarióticas
Esse tipo de célula possui um sistema de endomembranas. Dessa forma, seu núcleo (onde está o material genético) é delimitado. Possui vários tipos de organelas celulares como complexo de Golgi e mitocôndria. As células eucariontes são encontradas em protozoários, fungos, algas, plantas e animais.
História da biologia celular
A teoria celular foi proposta em 1930 pelos cientistas alemães Matthias Jakob Schleiden e Theodor Schwann. Os dois afirmaram que a célula consistia na unidade básica estrutural e funcional de todos os organismos vivos. Também afirmaram que toda célula se origina de células preexistentes.
Para muitos estudiosos da área da Biologia esse fato marcou o surgimento da biologia celular. Porém, é importante citar que já haviam sido realizados estudos nessa área vários anos antes.
Podemos citar, por exemplo, o estudo de 1665 feito por Robert Hooke. Esse foi o primeiro trabalho utilizando a microscopia como mecanismo de análise de material biológico. Inclusive, foi Hooke o primeiro a usar o termo “célula” para nomear os espaços vazios que observou em um material de cortiça.
Esses espaços observados por ele eram as paredes celulares de células. O espaço estava vazio porque as células estavam mortas. Porém, passado algum tempo, se descobriu que naqueles espaços havia material vivo. Então, a célula passou a ser entendida como estrutura viva.
Vale citar ainda o pesquisador holandês Antonie van Leeuwenhoek. Em 1674, ele relatou a descoberta dos protozoários. Em 1675, foi a vez de Leeuwenhoek relatar a descoberta dos glóbulos vermelhos em anfíbios, peixes e alguns mamíferos, incluindo o ser humano. Ele ainda desenvolveu vários microscópios e lentes especiais.
Vários outros cientistas também contribuíram para o desenvolvimento da área da biologia celular. O avanço tecnológico foi bastante importante para o crescimento desse ramo. A microscopia teve um papel especialmente marcante nessa história.
Biologia celular: a importância da microscopia
Os primeiros microscópios tinham uma estrutura bem simples, sendo formados por apenas uma lente. Esses modelos básicos não permitiam alcançar resultados mais significativos.
No final do século XIX, foram desenvolvidos os primeiros microscópios binoculares, eles tinham um conjunto de lentes objetivas. Assim, a visualização do material estudado foi consideravelmente melhorada.
Ao longo do tempo, novos aparelhos foram desenvolvidos. Porém, um problema persistia, ainda era necessário usar corantes na célula para visualizá-la. Essas substâncias levavam as células à morte.
Em 1932, o físico holandês Frits Zernike desenvolveu o microscópio de contraste de fases. Essa nova tecnologia permitia visualizar algumas estruturas celulares sem precisar do uso de corante, ou seja, era possível estudar a célula viva. Em 1953, Frits recebeu o Nobel de Física por sua invenção.
Microscópios ópticos e eletrônicos
Por um longo período, somente microscópios ópticos eram utilizados para esse tipo de estudo. Nesse modelo, a luz visível passa pelo material estudado e, na sequência, por lentes de vidro que refratam a luz.
Assim, a imagem do material é aumentada conforme é projetada para dentro do olho ou de uma câmera. Com o microscópio óptico é possível aumentar o tamanho do material em até mil vezes.
Os microscópios eletrônicos surgiram na década de 1950. Esse tipo de microscópio utiliza em sua tecnologia feixes de elétrons. Assim se tornou possível detectar estruturas que ainda não tinham sido reveladas pelos microscópios ópticos.
A tecnologia da área de microscopia vem sendo aprimorada e isso vem trazendo grande avanço para a biologia celular. Para quem deseja atuar nessa área da Biologia essa é uma excelente notícia. Imagine as descobertas incríveis que você poderá fazer com esses instrumentos!
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