Curiosidades sobre a clonagem - Hexag Medicina
26/12/2023 Biologia

Curiosidades sobre a clonagem

Escrito por Hexag Educacional @hexagmedicina
Curiosidades sobre a clonagem

A clonagem consiste, em linhas gerais, na produção de cópias de um indivíduo. Esse processo pode se dar naturalmente ou através de processo artificial. No artigo a seguir iremos explicar melhor esse conceito e listar algumas curiosidades sobre esse tema. 

O que é clonagem? 

A clonagem natural é um recurso utilizado por organismos que realizam reprodução assexuada para se propagar. A reprodução assexuada se caracteriza por gerar descendentes a partir de um único indivíduo. Isso significa não haver troca de material genético com outro organismo. Todos os descendentes são idênticos a aquele que os gerou. 

Sendo assim, clones podem ser conceituados como um conjunto de células, moléculas ou organismos que se originam a partir de uma única célula. Os clones são idênticos ao indivíduo que lhes deu origem. 

Entre as plantas podemos exemplificar a produção de clones através de brotamento ou reprodução por estaca. Já entre os humanos podemos citar como exemplo de clones os gêmeos idênticos ou univitelinos. Os dois se originam a partir de um mesmo óvulo fecundado carregando o mesmo patrimônio genético. 

Clonagem em laboratório

É importante pontuar que a clonagem não ocorre somente de forma natural, também pode ser realizada artificialmente em laboratório. Através desses processos podem ser produzidas desde cópias idênticas de como algumas moléculas (como o DNA) até organismos inteiros. 

Em 1996, foi anunciado o caso mais emblemático de clonagem de organismos, a ovelha Dolly. Para gerar esse animal, o núcleo retirado de células de glândulas mamárias de ovelhas da raça finn-dorset foi introduzido em ovócitos com núcleos previamente removidos. Dos 247 embriões gerados, Dolly foi o único que se desenvolveu. 

O resultado dessa experiência foi um clone da raça finn-dosset originado de uma célula adulta. Essa foi uma grande novidade na área da clonagem. Dolly foi resultado de um processo de clonagem reprodutiva, contudo, também existe a clonagem terapêutica. A seguir explicaremos melhor os dois conceitos. 

O que é clonagem reprodutiva? 

A clonagem reprodutiva objetiva produzir um novo indivíduo. Esse indivíduo possui o mesmo material genético do indivíduo original, porém, seu comportamento e aparência podem ser diferentes. Trata-se de algo que pode ser identificado em gêmeos idênticos que são clones naturais.

O que é clonagem terapêutica?

O objetivo da clonagem terapêutica não é produzir um novo indivíduo e sim formar células-tronco. Essas células podem ser usadas no tratamento de doenças como Parkinson e mal de Alzheimer. 

Nesse processo, o embrião não é colocado no útero para desenvolver um novo ser. O uso de embriões em estágios iniciais de desenvolvimento não é bem visto e essa técnica é proibida no Brasil. 

Curiosidades sobre a clonagem

Origem da palavra

Clone é uma palavra originária do grego Klon que significa “broto”. Esse termo é usado para se referir a indivíduos originados a partir de outros através de reprodução assexuada. 

Roseiras, laranjeiras e pessegueiros podem ser citados como exemplos. Ao cortar seu caule em diversas partes e plantar as “mudas” estamos permitindo que sejam originadas cópias idênticas das plantas originais. 

Clone: ser geneticamente idêntico

Um clone se caracteriza por ser geneticamente idêntico ao ser original. Na prática, isso significa que o clone possui as mesmas características da matriz. Em outras palavras, um clone é uma cópia feita usando o mesmo manual de instruções usado para o ser original. Esse guia é o genoma. 

Clonagem de órgãos

Algo bastante curioso é que a ciência ainda não consegue clonar somente órgãos. Os cientistas conseguem “copiar” algumas células que formam o órgão, mas não um órgão inteiro. As células extraídas do cordão umbilical e de embriões ainda não possuem uma função específica.

Nutrientes e enzimas são então injetados para que essas células sejam programadas para ficar como do tipo desejado, como do pulmão ou da pele, por exemplo. Depois do processo de divisão celular, elas são inseridas no órgão em questão. O objetivo é que essas células novas substituam as células doentes. 

Primeira clonagem de células-tronco embrionárias

As células-tronco embrionárias são células que não se diferenciaram em tipos ainda. Em 2004, esse tipo de clonagem foi realizada pela primeira vez na Universidade Nacional de Seul. 

Essa técnica possibilita que após serem coletadas, as células sejam cultivadas e transformadas em variedades predefinidas. Dessa forma, é possível criar células específicas para o reparo de danos em um organismo. 

Dolly

A ovelha Dolly foi o primeiro mamífero clonado, em 1996. Em 2003, o animal com seis anos de idade foi sacrificado devido a uma doença pulmonar grave.  Na autópsia realizada foi possível verificar que o seu organismo funcionava normalmente. Dolly deixou seis descendentes naturais. 

Transferência de núcleo

Os cientistas produzem os clones através do método de transferência nuclear. Para isso a matriz (indivíduo que será clonado) doa uma célula. Pode ser utilizado qualquer tipo de célula com exceção de óvulo ou espermatozóide, pois essas possuem somente metade da informação genética. 

Para realizar o processo também é necessário um óvulo, pode ser de qualquer indivíduo. O núcleo desse óvulo (local em que está toda a informação genética) é removido, ou seja, o óvulo fica sem identidade. 

Em seguida, a célula da matriz é alocada no óvulo sem núcleo, misturando-se a ele. Para que a fecundação ocorra o óvulo leva um choque de 4.500 volts. Depois dessa “fecundação elétrica”, o óvulo inicia a sua divisão, processo que leva entre 5 e 9 dias. Por fim, o óvulo é inserido em uma barriga de aluguel até a gestação chegar ao fim. 

Taxa de sucesso

A técnica da clonagem ainda possui uma taxa de sucesso baixa, em torno de apenas 10%. Os cientistas ainda não sabem por que, mas os seres clonados geralmente apresentam um sistema imunológico deficiente. Esses indivíduos têm mais chances de desenvolver câncer e podem morrer cedo. 

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