Entenda a diferença entre briófitas e pteridófitas - Hexag Medicina
03/03/2021 Biologia

Entenda a diferença entre briófitas e pteridófitas

Escrito por Hexag Educacional @hexagmedicina
Entenda a diferença entre briófitas e pteridófitas

A diferença entre briófitas e pteridófitas é uma questão bastante pertinente para quem está se preparando para prestar o vestibular. Briófitas e pteridófitas, juntamente às gimnospermas e angiospermas, formam os grupos classificados atualmente como Reino Vegetal. Basicamente, nesses grupos estão todas as espécies de plantas que conhecemos.

O ponto diferencial das briófitas e pteridófitas é que seus órgãos reprodutores não ficam diretamente expostos ao meio, de maneira que recebem a nomenclatura de criptógamas, do grego cripto (escondido) + gamae (gametas). As gimnospermas e angiospermas são classificadas como fanerógamas, do grego fânero (visível) + gamae (gametas), e possuem sementes.

Continue lendo para conhecer as diferenças entre briófitas e pteridófitas, assim como saber mais sobre esses dois tipos de plantas que fazem parte do Reino Vegetal juntamente a angiospermas e gimnospermas.

Diferença entre briófitas e pteridófitas

Em linhas gerais, há duas diferenças significativas entre briófitas e pteridófitas. A primeira diferença diz respeito ao ciclo de vida dominante de cada uma. A segunda está ligada à presença ou não de vasos condutores de seiva. Essas diferenças serão melhor explicadas abaixo.

Ciclo de vida

Os indivíduos do Reino Vegetal apresentam ciclo de vida com alternância de gerações, isso significa que existem duas fases com dois tipos de seres vivos distintos. Há alternância de geração em geração. Essas fases recebem o nome de esporofítica e gametofítica.

A planta chamada esporófito originará um ser gametofítico ou gametófito por meio de reprodução assexuada. Na sequência, o ser gametofítico ou gametófito irá gerar um esporófito através de reprodução sexuada. As briófitas têm como fase predominante, tanto em tempo como relevância, a gametofítica (produtora de gametas). Por sua vez, as pteridófitas apresentam como fase predominante a esporofítica (produtora de esporos).

Vasos condutores de seiva

A segunda diferença principal entre briófitas e pteridófitas está na presença ou ausência de vasos condutores de seiva. Nas briófitas, os vasos são ausentes, por isso, o transporte de água e nutrientes é realizado de célula em célula através de difusão (um processo bem lento).

As pteridófitas, por sua vez, são plantas vasculares em que a seiva corre por vasos condutores. Os vasos oferecem mais velocidade de transporte ao longo do vegetal. Um dos principais reflexos dessa característica está no tamanho que as plantas atingem.

De maneira geral, as pteridófitas são bem mais alongadas do que as briófitas, já que conseguem fazer o transporte eficiente de recursos da raiz para outras partes do vegetal. A distância não é um fator impeditivo para que seu crescimento aconteça.

Exemplos de Briófitas e Pteridófitas

A partir do conhecimento das diferenças entre briófitas e pteridófitas, chega o momento de conferir exemplos de componentes de cada grupo vegetal. As briófitas são bem representadas pelo musgo, enquanto as pteridófitas têm como principais representantes as samambaias e as avencas.

Conhecendo melhor as Briófitas

As plantas classificadas como briófitas têm poucos centímetros de altura e, normalmente, são encontradas em áreas úmidas e sombreadas. De maneira geral, são plantas conhecidas como musgos e são divididas em três grupos: Bryophyta, Hepatophyta e Anthocerophyta (hepáticas, musgos e antoceros).

As briófitas podem apresentar desde tamanhos microscópicos até alturas de 5 centímetros, tendo coloração verde, negra ou praticamente incolor. Hepáticas são briófitas mais primitivas, cuja forma é plana. Em alguns casos têm espessura de apenas uma célula. Briófitas têm sua estrutura composta por:

Rizóides

Filamentos que realizam a fixação da planta ao ambiente e que permitem a absorção de água e sais minerais.

Cauloides

Pequena haste a partir da qual partem os filoides.

Filóides

Estruturas clorofiladas.

As estruturas que compõem as briófitas não recebem nomes como raízes, folhas e caules pelo fato de que essas plantas não possuem vasos condutores para o transporte de nutrientes, como acontece com as plantas maiores.

Conhecendo melhor as Pteridófitas

As pteridófitas são plantas que não possuem sementes, porém, ao contrário das briófitas, têm vasos condutores de seiva e são consideradas traqueófitas. Essas plantas conseguem ter portes maiores pelo eficiente transporte de água, seiva e nutrientes em conjunto com o surgimento de tecidos de sustentação.

Alguns dos principais exemplos de pteridófitas são xaxins, samambaias, avencas e cavalinhas. Essas plantas possuem raiz, folha e caule. Plantas pteridófitas contam normalmente com um caule subterrâneo que recebe o nome de rizoma e têm desenvolvimento horizontal.

Em geral, as folhas dessas plantas se subdividem em diversas partes menores que recebem o nome de folíolos, sendo que as mais jovens são chamadas de báculo. Grande parte das pteridófitas é terrestre, gostando de ambientes sombreados e úmidos. No entanto, podem se desenvolver sobre o tronco de árvores e arbustos sem ação parasitária (como epífitas) ou ainda em ambientes aquáticos. Em diferentes espécies as estruturas no período adulto apresentam soros distribuídos em sua face inferior.

As principais diferenças entre briófitas e pteridófitas são o ciclo de vida e a presença ou não de vasos condutores.

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