O que a hipótese heterotrófica defende? - Hexag Medicina
15/12/2022 Biologia

O que a hipótese heterotrófica defende?

Escrito por Hexag Educacional @hexagmedicina
O que a hipótese heterotrófica defende?

A hipótese heterotrófica visa explicar como era a nutrição dos primeiros organismos vivos que surgiram em nosso planeta. Como o nome sugere, ela defende que eles tinham nutrição heterotrófica, isto é, que eram incapazes de produzir seu alimento. Assim, absorviam matéria orgânica do meio.

Após captar a matéria orgânica, os organismos, realizavam processo de fermentação para garantir a produção da energia de que necessitavam. A principal crítica a essa hipótese é que na Terra primitiva a quantidade de matéria orgânica disponível era pequena para sustentar esses seres em formação. Continue lendo para entender melhor.

Conceito de hipótese heterotrófica

De acordo com a hipótese heterotrófica, os primeiros seres vivos da Terra tinham nutrição heterotrófica. Em outras palavras, esses seres não eram capazes de produzir seu próprio alimento. Dessa forma, cabia a esses seres se alimentarem através da absorção de moléculas orgânicas simples então disponíveis nos oceanos primitivos.

A produção de energia dos seres primitivos era possivelmente resultado de um processo de fermentação. Num ambiente com baixa concentração de oxigênio não seria possível a respiração aeróbia, feita pela maior parte dos seres vivos atualmente. 

Tem ainda o fato de que nesse tipo de respiração há uma série de reações químicas tornando necessária grande quantidade de enzimas. Os organismos deveriam ter maior complexidade dessa forma. 

O processo de fermentação

Organismos são capazes de produzir energia sem a presença de oxigênio no processo de fermentação. Algo perfeito para as condições enfrentadas nesse cenário primitivo. O processo de fermentação possui duas etapas básicas: glicólise (a quebra da molécula de glicólise) e redução do piruvato. 

Tendo o piruvato como base há diferentes produtos finais que podem ser formados como o álcool e o lactato. O piruvato, no processo de fermentação alcoólica, é transformado em álcool etílico e ocorre a liberação de gás carbônico.

Já na fermentação lática, o piruvato é reduzido para formar o lactato sem que ocorra a liberação de gás carbônico. Atualmente, ainda existem organismos que realizam o processo de fermentação, como as leveduras. 

Surgimento dos seres autotróficos

Ainda de acordo com a hipótese heterotrófica, conforme o tempo passou as condições do planeta se transformaram. Dessa forma a quantidade de alimento disponível no meio ambiente foi reduzida e isso levou ao surgimento de seres autotróficos, aqueles que são capazes de produzir seu próprio alimento. 

Os organismos que surgiram eram, então, fotossintetizantes. A atividade dos organismos fotossintetizantes fez com que uma quantidade maior de oxigênio fosse liberada no ambiente. 

Alguns seres passaram a utilizar esse oxigênio no processo de respiração aeróbia. Essa respiração garante maior produção de energia em comparação com o processo de fermentação. 

Críticas à hipótese heterotrófica

De acordo com aqueles que defendem a hipótese heterotrófica, os primeiros seres vivos do planeta eram bem simples. Então, não tinham meios para produzir seu próprio alimento e por isso era necessário que absorvessem a matéria orgânica do meio. 

Porém, aqueles que são contrários a essa teoria apontam que, possivelmente, não haveria na Terra primitiva as quantidades necessárias de matéria orgânica. Ou seja, esses organismos não conseguiriam sobreviver e aumentar a sua população. 

Os críticos da hipótese heterotrófica acreditam que os primeiros seres vivos do planeta eram autotróficos e que eles obtinham seu alimento através da quimiossíntese. Conhecê-la e também a visão daqueles que a criticam é importante para poder formar uma opinião a respeito.

Entendendo a origem da vida

A hipótese heterotrófica visa explicar como os primeiros seres vivos obtinham os nutrientes necessários para se desenvolver. Contudo, ela não explica de que forma eles surgiram no planeta. Esse evento é explicado através de diversas hipóteses.

Entre todas, a mais aceita pelos cientistas é a de Oparin e Haldane. Segundo ela, a vida teria surgido em decorrência da ação de descargas elétricas e raios ultravioletas do Sol que agiam nas substâncias presentes na atmosfera. Isso levou a uma série de reações químicas. 

Tais reações levaram a formação de moléculas orgânicas simples que ficaram depositadas nos oceanos primitivos. Em seguida, essas moléculas deram origem a moléculas complexas que passaram por modificações até que o primeiro ser vivo se formou. 

Panspermia

Outra hipótese bastante debatida, além da de Oparin e Haldane, é a da panspermia. Ela diz que as partículas da vida teriam chegado ao nosso planeta diretamente do espaço. 

Panspermia é uma teoria segundo a qual certos micro-organismos ou precursores químicos da vida, presentes no espaço, conseguiriam dar origem à vida quando em contato com a atmosfera. 

Criacionismo

Quando falamos sobre a origem da vida é interessante citar também o criacionismo que é a base de religiões como a católica. De acordo com essa corrente de pensamento, todos os seres vivos seriam obra da criação divina. 

Gostou de saber mais sobre a hipótese heterotrófica? Para conferir mais conteúdos como este e dicas para o Enem e o vestibular, acesse outros posts do blog do Hexag Medicina!

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