Intestino grosso: qual sua função? - Hexag Medicina
09/06/2022 Biologia

Intestino grosso: qual sua função?

Escrito por Hexag Educacional @hexagmedicina
Intestino grosso: qual sua função?

Com formato de tubo, o intestino é um órgão de grande importância para o corpo humano. Estende-se do estômago ao ânus, ajudando na passagem dos alimentos já digeridos. Também facilita a absorção de nutrientes, assim como a eliminação de resíduos.

O intestino possui entre 7 e 9 metros de comprimento, sendo uma das partes mais relevantes do sistema digestivo e se encontra dividido em duas partes: intestino grosso e intestino delgado. Continue lendo para saber mais sobre a função do primeiro.

O que é intestino grosso?

O chamado intestino grosso (também chamado de cólon) é a segunda porção do intestino, tendo em torno de 2 metros de comprimento. Embora seja a menor parte do órgão, é a mais importante no processo de absorção de água. Nessa parte ocorre a absorção de mais de 60% da água do corpo.

O que é intestino delgado?

Para entender as funções do intestino grosso é importante conhecer também o intestino delgado. Essa é a primeira porção do intestino e faz a ligação do estômago ao intestino grosso.

Trata-se da parte mais longa do intestino, que conta com cerca de 7 metros. Nessa região acontece a absorção de parte da água, assim como a absorção de grande parte dos nutrientes como aminoácidos e açúcares.

Flora de bactérias

No decorrer de todo o intestino existe uma flora de bactérias que contribuem para que o processo digestivo aconteça, mantendo-o saudável. Também mantém o intestino livre das bactérias patogênicas, aquelas que têm ação negativa e que podem ser ingeridas junto aos alimentos.

Qual é a função do intestino grosso?

A digestão e absorção acontecem principalmente no estômago e no intestino delgado. No entanto, o intestino grosso apresenta função relevante para essas funções. É papel do cólon realizar o processamento de diversos carboidratos complexos e, em um menor grau, de proteínas que não foram devidamente digeridas e absorvidas no intestino delgado.

Fermentação

Diferentemente do intestino delgado, o intestino grosso recupera os nutrientes dos produtos através de fermentação. Essa fermentação é realizada através da ação de mais de 400 espécies de bactérias.

O processo de fermentação bacteriana dos carboidratos complexos se dá especialmente nos segmentos mais próximos do intestino grosso. Proteínas dietéticas não digeridas e proteínas de células epiteliais mucosas descamadas que chegam ao cólon são fermentadas no cólon distal.

Conversão das proteínas fermentadas

As proteínas que passam pelo processo de fermentação são transformadas em ácidos graxos de cadeia curta, ácidos graxos de cadeia ramificada, assim como aminas. A fermentação bacteriana das proteínas que não foram digeridas gera amônia, enxofre, fenóis e indóis.

Essas substâncias são consideradas potencialmente tóxicas e são vistas como possíveis agentes etiológicos para doenças, como colite ulcerosa e câncer de cólon. Parte desses metabólitos proteolíticos se transforma em fonte de nitrogênio para o crescimento bacteriano.

Eliminação dos produtos residuais

Os produtos residuais desse processo de fermentação bacteriana dos carboidratos complexos e proteínas, como o hidrogênio, dióxido de carbono e metano, são absorvidos ou eliminados com as fezes.

Pre e probióticos

Vários processos metabólicos realizados pelo intestino grosso são influenciados por componentes alimentares funcionais. Os alimentos pré e probióticos trabalham alterando o microambiente colônico. Isso potencializa o impacto dos fatores ambientais e genéticos.

Prebióticos

Prebióticos, particularmente os oligossacarídeos não digeríveis, são alimentos que fermentam lentamente, auxiliando de forma seletiva na proliferação microbiana ou na sua atividade. Os prebioticos são totalmente metabolizados no intestino grosso em ácidos graxos de cadeia curta, energia e em ácido lático.

Não há nenhum oligossacarídeo não digerível nas fezes. Os prebióticos são especialmente relacionados ao aumento da concentração de ácidos graxos de cadeia curta.

Probióticos

Os probióticos, por sua vez, dizem respeito às culturas bacterianas ativas que são benéficas para seu hospedeiro por reabastecer o microambiente colônico. Os probióticos são indicados para casos de desequilíbrio microbiano, como a diarreia decorrente do uso de antibióticos, por exemplo.

Futuramente, os pre e probióticos podem se tornar suplementos relevantes concedidos aos pacientes para aumentar a sua saúde e prevenir doenças. Tais alimentos funcionais têm ainda a possibilidade de diminuir o potencial das substâncias carcinogênicas que podem levar à formação de cânceres.

Simbióticos

Há ainda os chamados simbióticos, que combinam a ação de pré e probióticos. As pesquisas a respeito desses alimentos funcionais têm focado especialmente nos lactobacilos e bifidobactérias. O crescimento de ambos transforma o meio colônico, melhorando, assim, a função imunológica do intestino com associação ao tecido linfóide.

Estima-se que esse efeito desses suplementos seja resultado do aumento da produção de butirato, ligação das bactérias patológicas à mucosa do cólon ou ainda a alterações na produção de mucina.

Absorção de água

A absorção de água e de eletrólitos é feita especialmente pelo cólon proximal, no entanto, o cólon distal e o reto também contribuem para que isso aconteça, mas em proporção menor. Se um grande conteúdo chega aos segmentos mais distais do intestino grosso e do reto, estes podem ser auxiliados na absorção do fluido para a produção de fezes sólidas.

Agora você conhece a função do intestino grosso!

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