Parasitoses humanas – O que são?
Conhecer as principais parasitoses humanas é importante para quem está se preparando para o vestibular ou Enem. Esse é um tema bastante cobrado nessas provas dentro da temática de doenças. Continue lendo para saber o que são parasitoses e quais são as que mais acometem o ser humano.
O que são parasitoses humanas?
Antes de falar especificamente sobre as parasitoses humanas, é fundamental explicar o que são parasitas. São categorizados como parasitas, organismos que vivem associados com outro organismo em uma relação de parasitismo.
Por sua vez, o parasitismo se configura em um tipo de relação ecológica interespecífica, ou seja, que se dá entre espécies distintas. Nessa relação, um indivíduo é beneficiado em decorrência do prejuízo do outro. As parasitoses são infecções decorrentes dos parasitas durante o parasitismo.
São abrangidos nesta categoria malefícios que vão desde os causados por vírus até os ocasionados por vermes. São parasitoses as protozoonoses, bacterioses, verminoses e viroses. As parasitoses humanas são aquelas resultantes do parasitismo exercido por outra espécie no ser humano.
Conhecendo os tipos de parasitas
Os parasitas podem ser classificados de acordo com a sua necessidade de hospedeiro. Dessa forma, parasitas podem ser: obrigatórios, facultativos ou protelianos.
Parasitas obrigatórios
Neste grupo estão os parasitas que somente conseguem sobreviver se estiverem associados a um hospedeiro. Um exemplo de parasita obrigatório são os vírus.
Parasitas facultativos
Os parasitas facultativos são aqueles que não dependem, necessariamente, de um hospedeiro para sobreviver. Eles podem tanto parasitar um organismo quanto se manter em vida livre. Há bactérias e animais que se caracterizam como parasitas facultativos, não sendo dependentes de um organismo para parasitar.
Parasitas Protelianos
Os parasitas dessa categoria são obrigatórios em sua fase larval, mas se tornam facultativos quando chegam à fase adulta. Há vespas, por exemplo, que depositam seus ovos dentro de outros animais. Os ovos eclodem e as larvas se alimentam dos animais em que estão até chegarem à sua vida adulta. A partir dessa etapa, deixam o corpo do hospedeiro para viver em liberdade.
Parasitas diretos e indiretos
De acordo com o número de espécies hospedeiras, os parasitas podem ser diretos ou indiretos. Os parasitas diretos são aqueles que têm apenas um hospedeiro. Já os parasitas indiretos são aqueles que têm mais de um hospedeiro.
O hospedeiro definitivo é aquele que o parasita coloniza na fase adulta ou perto de atingir essa idade. O hospedeiro intermediário é aquele indivíduo parasitado na fase inicial do ciclo de vida.
Localidade colonizada
De acordo com a localidade colonizada pelos parasitas, eles podem ser classificados como: endoparasitas, ectoparasitas e hemoparasitas.
Endoparasitas
Os endoparasitas são os que se alojam na parte interna do organismo do hospedeiro. Vermes, como lombrigas e solitárias, são bons exemplos.
Ectoparasitas
Nesta categoria estão os parasitas que se fixam na superfície do corpo do hospedeiro, mas não são encontrados no interior do organismo. Um exemplo é o carrapato.
Hemoparasitas
Um parasita de tipo específico que se aloja na corrente sanguínea do hospedeiro. Um exemplo é o Trypanosoma cruzi, o responsável pela Doença de Chagas.
Principais parasitoses humanas
Confira abaixo quais são as principais parasitoses humanas.
Aids (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida)
Parasita: decorrente da ação de um vírus, o HIV.
Patogenia: o vírus invade e destrói os linfócitos levando então a deficiências no sistema imunológico. Dessa forma, o organismo do afetado se torna vulnerável ao desenvolvimento de doenças oportunistas.
Prevenção: uso de preservativos durante as relações sexuais, uso de seringas descartáveis e controle em transfusões de sangue.
Amebíase
Parasita: Entamoeba histolytica (protozoário amebiano).
Patogenia: quando ocorre a amebíase intestinal, há diarreia com ou sem sangue. No caso da amebíase extra-intestinal, a ameba invade outros órgãos, especialmente o fígado, pulmões e pele, gerando processos inflamatórios.
Prevenção: sistema de saneamento básico e educação sanitária.
Caxumba ou Parotidite
Parasita: vírus.
Patogenia: a doença decorrente desse vírus se caracteriza por febre e inchaço de uma ou mais glândulas salivares, normalmente as parótidas.
Prevenção: a vacina tríplice.
Cisticercose
Parasita: Taenia solium (verme platielminte).
Patogenia: depende do local em que a larva (chamada cisticerco) se instala. Quando no tecido subcutâneo e musculatura, causa dores e fraqueza muscular. Nos olhos, pode levar à cegueira. Quando no cérebro, causa epilepsia e pode até levar a um quadro de loucura.
Prevenção: saneamento básico, educação sanitária e consumo de carne de porco devidamente cozida.
Dengue
Parasita: vírus.
Patogenia: causa febre, dores intensas e erupções cutâneas.
Prevenção: eliminação do mosquito transmissor, o Aedes aegypti.
Doença de Chagas ou Tripanossomíase Americana
Parasita: o protozoário flagelado Trypanosoma cruzi.
Patogenia: esse parasita se instala especialmente no tecido conjuntivo e fibras musculares, particularmente as do miocárdio. Gera lesão no miocárdio, que acarreta o aumento do coração e altera o ritmo de batimentos cardíacos. Pode ser fatal.
Prevenção: exterminar os vetores.
Gripe
Parasita: vírus.
Patogenia: dores de cabeça, mal-estar, febre, tosse seca, entre outros.
Prevenção: vacinas.
Sarampo
Parasita: vírus.
Patogenia: começa com febre, secreções de catarro e tosse seca. Evolui para o exantema que se caracteriza pelo surgimento de manchas vermelhas na pele. Pode levar a óbito.
Prevenção: vacina.
Teníase ou solitária
Parasita: os vermes platielmintes Taenia saginata e Taenia solium.
Patogenia: quando o verme adulto está no intestino, leva à bulimia (fome demasiada), anorexia (falta de apetite), irritação, fadiga, náuseas, vômitos e fraqueza.
Prevenção: saneamento básico, educação sanitária e consumo de carnes suínas e bovinas devidamente cozidas.
Agora você já sabe o que são e quais são as principais parasitoses humanas. Para conferir mais conteúdos de biologia, navegue pelo blog do Hexag Medicina!