Quais os animais em extinção no Brasil? - Hexag Medicina
02/05/2022 Biologia

Quais os animais em extinção no Brasil?

Escrito por Hexag Educacional @hexagmedicina
Quais os animais em extinção no Brasil?

O Brasil é um país de extensão continental privilegiado por ampla biodiversidade. Contudo, parte dessa diversidade está ameaçada, haja vista que a lista de animais com risco de extinção aumenta a cada ano. A seguir apresentaremos com mais detalhes algumas dessas espécies. 

Conheça as espécies animais em extinção no Brasil 

Em 2016, o Instituto Chico Mendes (ICMBio) e o Ministério do Meio Ambiente (MMA), divulgaram o chamado “Livro Vermelho” em que consta uma relação das espécies animais ameaçadas de extinção em nosso país.

Segundo esse estudo, o Brasil possui 1.173 espécies sob ameaça, além das espécies que já foram extintas, como o minhocuçu e a arara-azul. A seguir listamos algumas dessas espécies. 

Ararajuba

Conhecida também como guaruba, a ararajuba (Guaruba guarouba) é uma ave com penas verdes e amarelas que pode ser encontrada apenas na Amazônia. Essa espécie vem sofrendo com as práticas de tráfico e com o desmatamento do bioma. 

Infelizmente, há poucos dados sobre os hábitos dessa espécie, isso dificulta a sua preservação. No Livro Vermelho ela tem o status de risco vulnerável de extinção. 

Macaco-aranha-de-cara-preta

Essa espécie é encontrada especialmente na Amazônia. O macaco-aranha-de-cara-preta (Ateles chamek) enfrenta como principais ameaças à sua conservação a caça ilegal, a destruição do seu habitat e o tráfico de animais. Também podemos adicionar a essa lista a construção de rodovias, hidrelétricas e linhas de transmissão. O status dessa espécie é de risco vulnerável de extinção. 

Ariranha

Animal encontrado no Pantanal e na Amazônia, a ariranha (Pteronura brasiliensis) é chamada também de lobo do rio ou lontra gigante. Possui o status de risco vulnerável no Livro Vermelho. Entre os principais fatores de ameaça estão a caça ilegal, a pesca predatória e a poluição dos rios, em particular a contaminação por mercúrio. 

Baleia-franca-do-sul

A espécie, que também é chamada de baleia-franca-austral, pode ser encontrada no litoral brasileiro. Entre os fatores de ameaça podemos mencionar a caça, a pesca e a poluição das águas. Quando está na época de ter filhotes, essa espécie procura águas mais quentes e rasas para darem à luz. Seu status é de perigo de extinção. 

Boto-cor-de-rosa

Espécie endêmica dos rios da bacia Amazônica, o boto-cor-de-rosa (Inia geoffrensis) é conhecido pela sua lenda que diz que em algumas noites ele se torna um belo homem que seduz moças solteiras. É considerado como o maior golfinho de água doce. 

Entre os riscos de extinção estão o fato de ter sido usado como isca para pesca e a construção de hidrelétricas. Estima-se que em três décadas a espécie pode ser reduzida à metade. Tem status de perigo de extinção. 

Cervo-do-Pantanal

O cervo-do-pantanal (Blastocerus dichotomus), como o nome sugere, pode ser encontrado no Pantanal, mas também em outros biomas, como a Amazônia e o Cerrado. Trata-se do maior cervídeo da América do Sul.

Os principais fatores que interferem na manutenção da espécie são: desmatamento, caça ilegal e construção de hidrelétricas na bacia do rio Paraná. Possui o status de risco vulnerável de extinção no Livro Vermelho. 

Cuxiú-preto

O cuxiú-preto (Chiropotes satanas) é um macaco que é ameaçado pela caça predatória e pelo desmatamento do seu habitat natural, o que leva à falta de alimentos. Essa espécie pode ser encontrada na Amazônia e possui risco crítico de extinção no Livro Vermelho. 

Jacutinga

Ave de porte médio e endêmica da Mata Atlântica, a jacutinga (Aburria jacutinga) está sob ameaça de extinção devido à caça e perda do seu habitat natural. Inclusive, em alguns estados, como Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro, já foi extinta. Pode ser encontrada apenas em São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. Tem status de espécie em perigo de extinção no Livro Vermelho. 

Lagartixa-da-areia

Essa é uma espécie endêmica do Rio de Janeiro, seu habitat são as faixas de areia que se estendem por cerca de 200 km. O principal fator que contribui para a extinção da lagartixa-da-areia (Liolaemus lutzae) é o processo de urbanização. Para se ter uma ideia, houve uma redução de 80% da população dessa espécie. 

Mico-leão-dourado

Entre os principais fatores de ameaça do mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia) estão o desmatamento e o tráfico de animais. Essa espécie foi quase que totalmente eliminada. Os poucos indivíduos que persistem estão restritos ao que sobrou de florestas no estado do Rio de Janeiro. 

A situação tende a melhorar, haja vista que estão sendo realizados projetos em unidades de conservação. Porém, essa espécie se encontra em perigo de extinção segundo o Livro Vermelho. 

Gato-maracajá

Por décadas, o gato-maracajá (Leopardus wiedii) foi caçado para a venda de sua pele. Pode ser encontrado no Cerrado, Pampa, Amazônia, Mata Atlântica e Pantanal. Nos dias atuais, o principal fator causador do seu risco de extinção é a destruição do seu habitat natural. Encontra-se com o status de vulnerável à extinção. 

Lobo-guará

Essa espécie é encontrada no Pantanal, no Cerrado e nos Pampas. O Lobo-Guará (Chrysocyon brachyurus) é tido como o maior mamífero canídeo nativo da América do Sul. Um dos principais fatores que contribui para a sua extinção é o desmatamento do seu habitat. Possui status de vulnerável à extinção. 

Morceguinho-do-cerrado

Pequenino, pesando em torno de 12 gramas, o morceguinho-do-cerrado (Lonchophylla dekeyseri) é uma espécie endêmica do Cerrado. Pode ser encontrado em cavernas e buracos nas matas e no cerrado brasileiro.

Entre os fatores que corroboram para a sua extinção podemos citar o desmatamento e o crescimento insustentável do turismo. Tem status de perigo de extinção no Livro Vermelho. 

A possibilidade de extinção de uma espécie é algo muito sério e que demanda ações efetivas.

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