Saber diferenciar os tipos de microscópios e suas funções é fundamental para quem irá atuar em um laboratório.

Esses instrumentos são utilizados para ampliar imagens de substâncias que são impossíveis de visualizar a olho nu. Contudo, mesmo que tenham a mesma função, os diferentes microscópios atendem demandas distintas. Acompanhe e saiba mais!

Os diferentes tipos de microscópios

Como citamos acima, os microscópios têm como função auxiliar na visualização de substâncias que não ser visualizadas a olho nu. No entanto, há diferentes tipos de microscópios para finalidades variadas. Para entender essa diversidade devemos considerar três questões essenciais:

• Funcionamento;
• Resolução (luz e lente);
• Tipo de amostra. 

Ao longo deste artigo vamos apresentar os diferentes tipos de microscópios existentes. 

Microscópio óptico

A microscopia óptica ou de luz é a mais tradicional desse segmento, foi desenvolvida no século XVIII. Esse tipo de equipamento permite visualizar uma amostra através da ampliação da sua imagem. Utiliza lentes e luz para tornar visível algo impossível de visualizar a olho nu. 

Nesse caso, como será utilizada iluminação para visualizar é indicado que as amostras sejam finas. Normalmente, essas amostras são colocadas em lâminas. A junção das lentes oculares com as lentes objetivas é o que resulta no aumento da imagem. Nesse segmento da microscopia existem diferentes tipos de aparelhos diferenciados por:

• Design;
• Resolução;
• Contraste;
• Complexidade. 

Microscópio ultravioleta

Nessa categoria estão os microscópios que utilizam luz ultravioleta para iluminar a amostra. A luz ultravioleta apresenta comprimento de onda menor do que a luz natural, dessa forma o aumento é maior e a resolução mais nítida.

Equipamento bem útil para analisar substâncias absorvidas em amostras porque reflete numa frequência específica. 

Microscópio de fluorescência

Esse tipo de microscópio também usa fonte de luz ultravioleta para iluminar a amostra. Porém, ele utiliza a capacidade autofluorescente de algumas moléculas que estão em contato com o feixe. 

Nesse tipo de aparelho é possível visualizar moléculas de vitamina A, assim como permite detectar anticorpos e antígenos. É bastante empregado em análises clínicas e na realização de estudos de vias neurais. 

Microscópio de contraste de fase

Esse tipo de microscópio possibilita diferenciar organismos transparentes ou sem coloração em uma amostra. Por não possuírem cor é necessário distingui-los pela nuance.

Através do contraste é possível identificar as diferenças de densidade, parece estar em relevo, como um 3D. Tecidos e células são visualizados nesse equipamento. 

Microscópio de polarização

Nos microscópios ópticos é possível obter polarização por meio de filtros (prismas):

• Polarizador – fica posicionado entre a luz e a amostra.
• Analisador – fica posicionado entre as lentes objetiva e ocular. 

Alterando a luz, as substâncias que produzem refração dupla podem ser visualizadas. Esse equipamento é útil para analisar:

• Minérios;
• Rochas;
• Células biológicas (materiais genéticos, músculos, entre outros). 

Microscópio biológico

Tipo de microscópio de modelo óptico que pode ser usado para visualizar estruturas que não podem ser vistas a olho nu. Pode ser utilizado em diferentes áreas da biologia para observar:

• Células;
• Estruturas e formas de organismos;
• Tecidos. 

É um tipo de microscópio bastante utilizado em escolas e universidades. 

Quantidade de tubos

Dependendo da quantidade de tubos que o microscópio possui há diferentes formas de observar as amostras. Explicaremos melhor abaixo: 

• Microscópio monocular – é o mais barato, mas também o que tem uso mais complicado. 
• Microscópio binocular – tem ampliação maior sendo o mais popular entre os microscópios ópticos. 
• Microscópio trinocular – a sua grande vantagem é ter acessórios como câmera no terceiro tubo. Interessante para quem precisa de registros. 

Microscópio digital

Pode ser entendido também como um modelo óptico porque tem a estrutura convencional do equipamento tradicional. A diferença está na forma de visualizar a amostra. Possui dois tubos para visualização com os olhos, mas também uma câmera que faz a projeção em um monitor. Permite conectar para projeção em local mais amplo. 

Microscópio eletrônico

Esse modelo utiliza feixe de elétrons para iluminar a amostra. Tem lentes eletrostáticas e eletromagnéticas, no lugar das lentes oculares e objetivas. Apresenta capacidade de aumento bem superior aos modelos que utilizam luz. Pode ampliar até 1 milhão de vezes.

Microscópio eletrônico de varredura 

Conhecido pelas siglas MEV (em português) ou SEM (em inglês). Utiliza feixe de elétrons para escanear a amostra que está sendo analisada e produzir imagem tridimensional. Amplia até 100 mil vezes. Permite visualizar a estrutura, textura e propriedades químicas da parte externa da célula. 

Esse equipamento realiza uma varredura em amostras de: 

• Metais;
• Polímeros;
• Plantas;
• Insetos, entre outras. 

Microscópio eletrônico de tunelamento

Esse microscópio se caracteriza pela sua capacidade de ampliação. O modelo é utilizado para visualizar células e átomos, inclusive individualmente. Foi desenvolvido, em 1981, por Gerd Binnig e Heinrich Rohrer que ganharam o Nobel de Física de 1986. 

O seu funcionamento se baseia na capacidade de varredura e projeção de uma corrente aplicada à ponta do microscópio. O modelo é constituído por um átomo único de tungstênio. Oferece um panorama da superfície da substância em análise. 

Microscópio eletrônico de transmissão (MET)

Conhecido pelas siglas MET (em português) ou TEM (em inglês). É um microscópio que usa feixe de elétrons para analisar a estrutura interna da amostra e não sua superfície. O material em análise precisa ser cortado, assim as organelas e a membrana plasmática podem ser visualizadas. 

Microscópio estereoscópio

Também chamado de estereoscópio ou estereomicroscópio, permite visualizar superfícies de amostras de pequeno e grande porte. Possibilita analisar estruturas como em amostras como de:

• Água;
• Metais;
• Solo;
• Micro-organismos;
• Insetos. 

Não é necessário fragmentar, pois tem base de apoio maior. A incidência da luz pode ocorrer tanto de cima para baixo quanto vice-versa. Em alguns equipamentos é possível fazer a rotação completa do cabeçote. 

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