Desde a redemocratização do Brasil (a partir de 1985), a educação, e, por consequência, também o vestibular, vem lentamente se transformando. Este processo incluiu a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB) no final da década de 1990. Essa nova maneira de lidar com a educação no Brasil trouxe de volta duas disciplinas que, por conta de seu caráter essencialmente crítico, haviam sido removidas ou substituídas por outras durante o período da ditadura militar (1964-1985): a filosofia e a sociologia. O ensino dessas duas disciplinas foi reintroduzido nas escolas brasileiras, o que acarretou na sua introdução dentre as disciplinas requeridas pelos exames vestibulares.

Seria incoerente declarar que o ensino das duas disciplinas é algo novo, principalmente quando falamos da filosofia, que é a mãe de todas as ciências humanas. Entretanto, os vestibulares adotaram uma postura um pouco diferente quando começaram a incluir em suas provas conhecimentos filosóficos e sociológicos.

Além de exigirem conteúdos específicos, tais como o mito/alegoria da caverna de Platão ou o conceito de mais-valia de Marx, as questões têm exigido algo que é essencial para ambas as disciplinas: o desenvolvimento de um olhar crítico/analítico em direção à sociedade e a suas manifestações, tais como as festas populares brasileiras ou o conceito de cultura para diferentes povos.

Pode parecer um pouco contraditório, mas a maioria das questões segue a seguinte diretriz: não é necessário ter conhecimento prévio das disciplinas, mas sim desenvolver a habilidade para identificar as informações essenciais dentre todas as que estejam presentes. As questões de filosofia e sociologia fazem uso de textos que exigem leitura minuciosa para que se possa extrair dele toda a informação necessária para sua resolução, e não raramente tudo o que você precisa está lá no texto fornecido.