Como vejo o mundo - Blog Hexag Medicina
13/04/2015 Física

Como vejo o mundo

Escrito por Hexag Educacional @hexagmedicina
Como vejo o mundo

Como estamos no campo de ideias que representam boas aproximações da realidade -a Física- me sinto propenso a discutir um de seus modelos, o modelo de campo. Sabem, já discuti muito sobre isso com meus alunos. Concluo que crescemos, e, ao perdermos a ingenuidade, perdemos a familiarização com o conceito de campo. Senhores, eu disse conceito, e por este motivo nada mais adequado que uma criança, ou seja, seres humanos portadores de pequenas massas e altas energias cinéticas! Uma criança, pequena do ponto de vista do intervalo de tempo, quando deseja não ser vista cobre os próprios olhos. Nada mais adequado, uma vez que, a associação entre ver e ser visto, me parece óbvia: Não te vejo, logo, não sou visto.

A forma como percebemos o mundo que nos cerca se mostra intrínseca ao indivíduo, assim, o olhar é algo individual e a percepção pode ser mais ou menos intensa, de acordo com seu objeto de estudo.

Voltando o olhar para as crianças, temos uma boa percepção do conceito de campo, no caso, campo visual. A criança percebe outros seres humanos ao redor e a interação se dá no instante em que também é percebida, podendo evidenciar a qualidade da interação. Os adultos também. Porém, ao trocarem olhares, a forma de interação pode dar-se de maneira atrativa, repulsiva ou neutra. Quem nunca percebeu, devido a uma interação, uma força atrativa?

Pois bem, do ponto de vista do modelo citado, o Campo Elétrico possui características semelhantes.

O modelo de campo pressupõe esta “observação”. Digamos que a forma como uma partícula portadora de um excesso de cargas percebe o universo se dá através do campo Elétrico. A interação, como num olhar, ocorre quando se tem a percepção mútua entre quem é dotado do “olhar” elétrico, assim como ocorre na vida se as características pressupuserem atração, a proximidade entre os envolvidos pode ser de tamanha intensidade que não força a natureza a apresentar intensidade semelhante.

Enfim, ver e ser visto, não parece um fenômeno meramente social: o comportamento eletrostático diz muito mais do comportamento humano do que poderíamos estimar… bom, troquem olhares senhores e, se possível, com interação! Até breve.

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