A urbanização e seus impactos socioambientais - Hexag Medicina
01/06/2023 Geografia

A urbanização e seus impactos socioambientais

Escrito por Hexag Educacional @hexagmedicina
A urbanização e seus impactos socioambientais

O processo de urbanização se reflete numa série de impactos socioambientais que prejudicam o meio ambiente em médio e longo prazo. No artigo a seguir iremos apresentar com mais detalhes algumas das consequências do crescimento acelerado das cidades. 

Quais são os impactos socioambientais da urbanização?

A urbanização se caracteriza pelo crescimento das cidades e deslocamento em massa de pessoas da área rural para a zona urbana. Esses dois fatores levam a problemas ambientais de grande escala. Quando milhares de pessoas se concentram nos grandes centros urbanos, a fauna e a flora local são prejudicadas.

Além disso, esse grande número de pessoas pode levar ao esgotamento dos recursos naturais. Em consequência, se desenvolvem malefícios para as próprias pessoas que habitam as cidades. A seguir apresentaremos os principais impactos socioambientais gerados pela urbanização e como eles afetam as pessoas e a natureza. 

Destruição de rios e afluentes

O fluxo normal de rios e seus afluentes é diretamente afetado pelo processo de urbanização. No Brasil, muitas das cidades de grande porte foram construídas próximas a leitos de rios e lagos. O objetivo era que a população e as empresas tivessem acesso fácil a água para consumo e uso em seus processos de produção. 

O impacto gerado por essa proximidade dos centros urbanos a rios e lagos, sem o devido planejamento, leva a:

  • Morte de peixes;
  • Proliferação de algas;
  • Poluição das águas.

Todos esses fatores são resultado da alta concentração de dejetos e produtos químicos. 

Inundações recorrentes

A grande quantidade de água que não é escoada durante as temporadas de chuva leva a outra consequência da urbanização, as inundações recorrentes. Dentre as causas desses problemas podemos destacar o acúmulo de lixo nas entradas de esgoto e a baixa capacidade de absorção da chuva pelo terreno. 

As regiões mais urbanizadas, geralmente, são pavimentadas, especialmente nas regiões centrais. A falta de um escoamento adequado e da capacidade de absorção do terreno faz com que:

  • A chuva entre em contato com o pavimento;
  • Escorra para áreas mais baixas;
  • Inunde essas regiões;
  • Crie até correntezas. 

Desmatamento e consequente redução da flora e fauna local

A concentração de pessoas em uma área urbana demanda a abertura de espaço para construir terrenos e moradias. O processo acelerado de urbanização acarreta no desmatamento e redução da fauna local. As casas e prédios demandam espaços que antes eram campos, árvores e habitats de animais. 

Destruir esses habitats pode levar a extinção de espécies da fauna e da flora locais na região. Em alguns casos os animais podem acabar invadindo o espaço urbano em busca de alimento, pois o seu ecossistema foi destruído. 

Ocorrência de desabamentos

Nem todo mundo tem condições financeiras para se instalar em áreas centrais das grandes cidades. Isso faz com que essas pessoas se desloquem para regiões mais distantes ou áreas com menor controle do Estado. 

Um exemplo claro dessa situação é o das construções em morros ou áreas próximas a margens de rios. Esses locais registram com recorrência os deslizamentos e desabamentos de terra. 

Um dos fatores que contribuem para essa situação é o desmatamento dessas áreas para a construção de edificações. Geralmente, as áreas são desmatadas sem que um estudo de impacto do solo seja feito. E quando há grande quantidade de chuva, o terreno acaba cedendo.

Poluição atmosférica

Nos grandes urbanos, há uma grande quantidade de veículos e indústrias emitindo gases poluentes. Isso altera consideravelmente a qualidade do ar. A população desses centros é impactada com inúmeros malefícios, com destaque para o aumento das ocorrências de doenças respiratórias. 

E devemos nos atentar para o fato de que gases poluentes como o monóxido de carbono podem levar ao aumento da temperatura. Não é incomum que nesses grandes centros urbanos sejam formadas as ilhas de calor. 

Chuva ácida

A chuva ácida é um fenômeno atmosférico que tem como principal característica o elevado grau de acidez da água das chuvas. O pH da água, nesse caso, é menor do que 5,6. Esse tipo de chuva é resultado do alto grau de poluição atmosférica. 

Ela se forma pela reação dos óxidos dos gases poluentes com as partículas da água que estão suspensas na atmosfera. Assim, quando ocorre a precipitação os ácidos são depositados. Geralmente, essa chuva é constituída de ácido sulfúrico e ácido nítrico, que são derivados da área dos óxidos de enxofre e nitrogênio com a água. 

Os elementos que geram a chuva ácida podem ter origem natural (vulcões, por exemplo) ou antrópica (como indústrias, usinas e motores de veículos). Regiões mais urbanizadas e industrializadas tendem a ter maior ocorrência de chuvas ácidas. 

A ocorrência das chuvas ácidas é bastante prejudicial, pois pode causar danos bastante graves aos ecossistemas e a vida humana. Também pode levar a corrosão de edificações e monumentos representando risco de desabamento. 

Gostou de saber mais sobre a urbanização e os seus impactos socioambientais? Para conferir mais conteúdos como este e dicas para o Enem e o vestibular, acesse outros posts do blog Hexag Medicina!

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