O extrativismo vegetal é uma atividade de grande importância para a economia brasileira, ainda que não supere a agricultura e a pecuária. Continue lendo para saber mais sobre essa forma de trabalho que surgiu em conjunto ao extrativismo mineral. 

O que é o extrativismo vegetal?

O termo extrativismo refere-se a uma das atividades mais antigas realizadas pelo ser humano, a ação de extrair recursos naturais. Esse processo de extração pode ser realizado manualmente ou com a ajuda de máquinas. Essa atividade era inicialmente usada como forma de subsistência, num período em que a humanidade era nômade. 

O extrativismo pode ser realizado com madeira, frutos, minérios e animais. Basicamente existem três tipos de extrativismo: animal, mineral e vegetal. Este último diz respeito à coleta da flora que nasce e se desenvolve espontaneamente no meio ambiente. Não existe a necessidade de plantio e cultivo. 

Esse tipo de atividade extrativista pode ser realizada com raízes, frutos, madeira e secreções como o látex, extraído das seringueiras. Quando o extrativismo se tornou uma atividade realizada em escala industrial se tornou, potencialmente, um risco para o meio ambiente.

História do extrativismo vegetal no Brasil

O Brasil sempre teve atividades de extrativismo vegetal, um reflexo da grande diversidade de espécies que existem no país. Durante o período do Brasil Colônia, diversas espécies vegetais brasileiras foram exploradas pelos colonizadores europeus e enviadas ao velho continente para serem comercializadas. 

O Pau-brasil foi uma das espécies vegetais mais exploradas nesse período devido a pigmentação do tronco que era usada para tingir roupas. A madeira também era amplamente valorizada. 

Atualmente, o extrativismo mineral tem maior destaque no país através da extração de minério de ferro e petróleo. No entanto, há espécies vegetais que se destacam no extrativismo vegetal brasileiro como a castanha, a carnaúba e a madeira (para produção de celulose e papel). 

Exploração vegetal ilegal 

A diversidade das espécies vegetais brasileiras é ampla, despertando a atenção de madeireiros gananciosos gerando um grande problema. Os vegetais de grande porte de florestas como a amazônica estão em constante ameaça. Muitas espécies estão em situação de risco em nosso país. 

Essa exploração vegetal ilegal representa um grande risco não apenas para as espécies vegetais como também para as espécies animais. Muitos animais dependem de certas plantas para sobreviver. 

É interessante fazer o adendo de que a pecuária, mesmo sendo uma atividade diferente do extrativismo vegetal, também é responsável pelo desmatamento. Grandes áreas são desmatadas para criação animal.

O extrativismo vegetal na economia

Embora não seja tão impactante para a economia como a pecuária e a agricultura, o extrativismo vegetal tem certa relevância econômica. Em algumas regiões é uma atividade bastante presente, sendo a madeira o produto mais explorado. Há outros produtos que ganham destaque no território nacional conforme a sua ocorrência. 

O Brasil possui florestas repletas de árvores de grande porte que se espalham por diferentes regiões como:

• Floresta Amazônica;
• Floresta Tropical;
• Mata de Araucária. 

Em geral, a madeira é extraída para produção de celulose e papel. Podemos citar como exemplo, a Klabin, indústria produtora de celulose, localizada em Santa Catarina. 

O extrativismo vegetal na Amazônia

A região amazônica possui grande biodiversidade com destaque para suas espécies de palmeira que fornecem palmito e açaí. Esses produtos estão presentes na culinária brasileira e também são exportados para outros países. A castanha-do-pará é um dos produtos de destaque do estado do Pará, é consumida internamente e exportada. 

O extrativismo vegetal no Nordeste

O fruto da Carnaúba é o grande destaque nos estados do Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí. A Carnaúba é um tipo de palmeira e seu produto possui diferentes funções em produções industriais e para o comércio local. O Babaçu, outra espécie de palmeira, é o principal destaque nos estados do Tocantins e Maranhão. 

A comercialização de castanha-de-caju é bastante significativa no nordeste, tanto para fins de alimentação como para produção de óleo. Essa castanha possui propriedades com diversos benefícios. Outros destaques são o Coco, o Buriti e a Piaçava (empregada para a produção de cordas de navio e vassouras). 

Extração de látex

Uma atividade de extrativismo vegetal que já teve grande relevância para a economia do país foi a extração da seiva da Seringueira (látex). Contudo, essa atividade vem perdendo espaço no mercado, especialmente porque existem novas tecnologias que substituem o látex para produzir borracha. 

Extrativismo vegetal: desafios para o futuro

Apesar de a exploração vegetal ser uma atividade regulamentada por leis, ainda representa um grande problema para o meio ambiente. Essas leis são constantemente burladas em prol de mais lucro. 

O Brasil vive um panorama em que é essencial substituir alguns produtos extraídos da natureza por produtos sintéticos. Alguns tipos de extração prejudicam a biodiversidade do país e se baseiam no uso de mão de obra barata e não regulamentada. 

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