O tectonismo e vulcanismo são agentes internos ou endógenos, consistem em forças modeladoras do relevo da Terra. Resultantes da energia existente no interior do planeta, esses agentes, alteram as paisagens do planeta de baixo ou de dentro da crosta terrestre. Continue lendo para saber mais sobre eles, o magma e as placas tectônicas. 

Tectonismo e vulcanismo: o que são agentes internos?

Também conhecidos como modeladores do relevo, os agentes internos ou endógenos podem ser subdivididos em três grupos:

• Tectonismo;
• Vulcanismo;
• Abalos sísmicos.

Esses agentes são ocasionados pela energia existente no interior do planeta que altera as paisagens de baixo (ou de dentro) da crosta terrestre. 

O que é tectonismo?

O tectonismo é um agente interno responsável por gerar dois tipos de movimentos essenciais para a estrutura da camada superficial do planeta: 

• Movimentos orogenéticos;
• Movimentos epirogenéticos.

Movimentos orogenéticos (dobras)

Esses movimentos levam ao soerguimento da crosta, uma das consequências é o surgimento de montanhas ou cadeias montanhosas. Essas dobras também podem produzir elevações de proporções menores. 

Basicamente, a crosta continental se dobra como uma folha de papel sobre uma mesa. Imagine que você está empurrando as duas extremidades da folha na horizontal ou então que está empurrando uma das faces da folha na vertical.

A deformação do relevo pode ser resultante da ação de forças horizontais ou verticais na crosta. 

Movimentos epirogenéticos (falhas)

O movimento epirogenético (falhas) é resultante da ação do tectonismo. Os movimentos verticais da crosta podem ser no sentido ascendente ou descendente. 

Atingem grandes extensões continentais e podem levar a regressões ou transgressões marinhas. Uma falha é uma fratura que desloca a rocha em ambos lados paralelamente. 

Placas tectônicas

Para entender melhor os movimentos explicados acima é essencial conhecer mais sobre o funcionamento das placas tectônicas. A camada superficial da Terra (crosta terrestre) passou por um resfriamento. A partir desse processo, os movimentos internos das camadas inferiores da Terra levaram a quebra da “casca”. 

As quebras ocorridas na crosta deram origem ao que conhecemos, atualmente, como placas tectônicas. Inicialmente, havia placas muito grandes, no entanto, com o passar do tempo foram sendo quebradas em placas menores até chegar a configuração que conhecemos hoje. 

Tipos de movimentos das placas tectônicas

Os movimentos realizados pelas placas tectônicas recebem nomes diferentes de acordo com os sentidos dos deslocamentos, confira abaixo: 

• Convergentes – as placas se movem uma de encontro à outra;
• Divergentes – as placas se movem afastando-se uma das outras;
• Transformantes – as placas deslizam e tocam uma na outra, no decorrer de uma falha transformante. Geralmente, não há destruição e nem criação de crosta. 

Esses movimentos acontecem devido à convecção do manto, que pode ser considerado como o motor das placas tectônicas. 

Processo de convecção do manto

Nesse processo, o material quente do manto se move como um fluido viscoso. A convecção desse material (circulação ascendente ou descendente) é causada pelo calor que escapa da parte interna do planeta. A velocidade desse escape é de poucas dezenas de milímetros por ano.

Movimentos das placas tectônicas

Acredita-se que o material que está abaixo da crosta terrestre arrasta as placas tectônicas no sentido circular dos movimentos de convecção do manto. Há teorias que apontam que o movimento mais rápido das placas (algumas são mais velozes do que outras) tem relação com as forças gravitacionais.

Essas forças seriam exercidas por lascas antigas e frias da litosfera, o que faria delas mais pesadas. Então ao invés de serem arrastadas pelo movimento do manto, essas lascas cairiam novamente para o manto devido ao seu próprio peso. Ocorreria um processo de reciclagem e assim retornariam ao estado pastoso magmático. 

O que se sabe é que as zonas de subducção estão localizadas nos limites convergentes. Nessas zonas ocorre a reciclagem de uma placa quando ela submerge e se arrasta por baixo da borda de outra placa. 

Nessas regiões há maior instabilidade e assim maior taxa de ocorrência de terremotos, também há muito vulcanismo. Vale ressaltar que nesses locais estão localizadas as grandes cadeias montanhosas devido à orogenia. 

O que é o vulcanismo?

O vulcanismo também é um agente interno e está relacionado ao processo de formação de vulcões ou de rochas vulcânicas. Vulcões, em linhas gerais, podem ser conceituados como elevações ou montanhas resultantes do acúmulo de lava e outros materiais de erupção. Os vulcões levam magma do interior do planeta para a sua superfície.

Há a formação de alguns tipos de rochas nesses locais. As erupções injetam gases na atmosfera ou na hidrosfera (no caso de erupções submarinas). Então, os vulcões consistem em elevações do relevo resultantes do extravasamento de magma. 

Quando esse magma entra em contato com o ar ou a água, se resfria e se transforma em rochas. 

Lava

Quando o magma chega à superfície origina o que conhecemos como lava. Basicamente, a lava é feita de minerais fundidos, substâncias químicas do interior do planeta e gases. Ao atingir a superfície da crosta, essa combinação de elementos continua sob temperaturas elevadas. 

Gases

Por sua vez, os gases presentes no interior do planeta percorrem as fissuras existentes na crosta. Geralmente, essas fissuras estão localizadas nos limites das placas tectônicas, abrindo caminho para o magma emergir, dando origem aos vulcões. 

Círculo de Fogo do Pacífico 

Entre a costa oeste dos Estados Unidos e o litoral do Japão, há em torno de 3.000 vulcões submarinos enfileirados. Muitas ilhas surgiram devido à lava que esses vulcões produzem. 

Essas ilhas consistem em cumes de cadeias de montanhas no fundo do mar sobre o assoalho oceânico. Ocupando uma grande extensão do planeta, essa região é chamada de Círculo de Fogo do Pacífico. 

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