Quem foi Confúcio e quais eram suas ideias? - Hexag Medicina
08/11/2022 História

Quem foi Confúcio e quais eram suas ideias?

Escrito por Hexag Educacional @hexagmedicina
Quem foi Confúcio e quais eram suas ideias?

As ideias do filósofo chinês Confúcio (551- 479 a.C.) constituíram a base da norma de comportamento da sociedade chinesa por mais de dois milênios. Sua obra teve grande influência na cultura da Ásia Oriental como um todo. Continue lendo para conhecer mais sobre esse importante personagem da história.

Quem foi Confúcio?

O filósofo Confúcio ou K’ung Fu-tsu nasceu em 551 a.C., no Estado feudal de Lu (atualmente é a província de Shantung), na China. Apesar de sua família ser descendente dos Shag (segunda dinastia da China antiga), vivia com dificuldades. 

Confúcio tornou-se órfão com apenas três anos de idade. Vivia num ambiente de grande pobreza e dessa forma não pode ser ensinado por mestres com regularidade durante a infância. Desde jovem, era bastante religioso e tornou-se autodidata nas letras, música e arte dos arqueiros. 

Aos 19 anos, Confúcio se casou e em pouco tempo foi nomeado para um cargo de natureza administrativa no seu Estado. Ganhou destaque por realizar as suas atividades com grande zelo e eficiência. 

Quais eram as ideias de Confúcio?

No século VI a.C. a China se constituía num estado anarquista e com falta de segurança. Não existiam leis gerais ou figuras de autoridade. Tendo vivido por muito tempo em meio à miséria, o filósofo desenvolveu o desejo por uma posição de destaque.

Contudo, o quadro da miséria fez com que ele gradualmente fosse sendo sensibilizado. Em um dado momento, ele não tinha mais o foco em conquistar posições de destaque e sim em ajudar a melhorar a vida do seu povo. 

Confúcio passou a se dedicar a apresentar os princípios filosóficos que desenvolveu entre os jovens. Ele criou uma escola para eles, visando instruí-los a respeito da justiça e do que faz um bom governo.

No início, os alunos eram os próprios amigos do filósofo, boa parte deles com a mesma idade de Confúcio. Não demorou para que a fama dele se espalhasse, tornando-o reconhecido como um respeitado mestre. 

O filósofo jamais recusava um aluno, independentemente das suas condições financeiras. Bastava que o aluno demonstrasse inteligência e esforço para que pudesse frequentar as aulas. Confúcio desejava que a guerra e a miséria fossem substituídas pela boa vontade, felicidade e a paz. 

Técnica de ensino de Confúcio 

Os alunos chamavam seu mestre de “K’ung Fu-tsu (o mestre K’ung)”. No mundo ocidental, ele passou a ser chamado de Confúcio. O filósofo almejava ocupar um cargo administrativo mais elevado para que pudesse colocar suas ideias em prática. Contudo, os governantes consideravam essas ideias perigosas. 

Confúcio desenvolveu uma técnica de ensino bastante revolucionária para o período. A base estava no diálogo informal. Os pequenos grupos logo se tornaram inúmeros discípulos. 

Na sua escola, oferecia para seus alunos a possibilidade de estudar profundamente história, filosofia e literatura. Os alunos eram treinados para seguir carreira política. Estudar na escola de Confúcio passou a ser um sinônimo de ascensão na vida.

Nova aristocracia

Uma ideia bastante forte no trabalho de Confúcio era a de criar uma nova aristocracia baseada apenas no mérito pessoal. Os aristocratas mereceriam esse status, não seria algo relacionado somente à nobreza militar hereditária. 

O exílio 

Os ideais políticos de Confúcio não foram bem recebidos pelo rei. Aos 54 anos, o filósofo, foi obrigado a se exilar. Ele renunciou ao seu cargo e abandonou o Estado de Lu. Viajou por muito tempo em busca de um soberano que compreendesse suas ideias políticas e o deixasse aplicá-las na prática. A busca não obteve êxito.

Confúcio sofreu um atentado ao passar pelo Estado de Song. O ataque foi empreendido por um nobre chamado Huan T’ui, que considerava o filósofo como um corruptor de jovens. 

Retorno ao Estado de Lu

Estando desapontado por não ser compreendido em lugar nenhum, Confúcio decidiu voltar ao Estado de Lu para retomar seu trabalho na escola. Não há muitas informações sobre os últimos dias de vida do filósofo. Contudo, sabe-se que ele se dedicou a ordenar seus manuscritos e informações que coletou ao longo de suas viagens.

O que se sabe é que Confúcio se dedicou a organização do “Livro de Poesia”, uma antologia que permanece relevante até os dias de hoje. Manteve-se lecionando e sendo influente em temas políticas por meio de seus discípulos. 

O falecimento

Confúcio faleceu no ano de 479 a.C. e seus discípulos se dividiram em oito seitas. Ao longo do tempo, o “Confucionismo” passou por diversas mudanças. Triunfou na China por volta do século II a.C.

Confúcio e a política

Confúcio tinha uma ideia política bastante conservadora. Ele buscava o retorno às instituições dos primeiros tempos da dinastia Chou. Nesse modelo, a organização familiar se confundia com a estatal. 

O filósofo acreditava que o governante precisava se esforçar para que o povo vivesse em paz. Caso não conseguisse manter a paz, deveria ser substituído e poderia ser usada a força para essa mudança. 

Confúcio e a ética

Os ensinamentos de Confúcio tinham como base a ética. Havia forte ligação com a previsão de normas de conduta. Ele acreditava que deveria haver esforço constante para o cultivo da própria pessoa e construção da harmonia social. 

O filósofo pregava a existência de cinco virtudes: 

Jen – (humanidade, compreensão, bondade e amor ao próximo); 

Yi – (justiça com toques de amor); 

Li – (regras relacionadas a conduta e polidez); 

Chih – (autoconsciência, sabedoria)

Ch’i – (sinceridade). 

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