Conheça a história, a religião e a ciência do Egito Antigo - Hexag Medicina
01/03/2024 História

Conheça a história, a religião e a ciência do Egito Antigo

Escrito por Hexag Educacional @hexagmedicina
Conheça a história, a religião e a ciência do Egito Antigo

A população do Egito Antigo fixou-se às margens do Rio Nilo, há quase 8000 anos. Como essa região é quase totalmente ocupada pelo deserto do Saara, o entorno do rio se mostrou um lugar providencial para a sobrevivência. Saiba mais sobre a história, religião e ciência desse povo!

A história do Egito Antigo

O território em que se constituiu o Egito Antigo é praticamente todo coberto pelo deserto do Saara. Para sobreviver, a população desse período se fixou às margens do Rio Nilo. As terras em torno do rio são férteis devido a ocorrência das chuvas tropicais, assim foi possível desenvolver a agricultura.

Essas margens do rio também são ricas em húmus, um tipo de adubo orgânico originado a partir da decomposição de animais e plantas. Ao longo do tempo, a população aprendeu como usar as águas do rio para melhorar a produção de alimentos.

Os egípcios construíram diques e canais de irrigação e também aprenderam a drenar as margens do Nilo. A aplicação dessas técnicas foi determinante para o desenvolvimento da região em meio ao deserto. Assim esse povo alcançou a prosperidade e fugiu da miséria de uma terra seca. 

Líderes

O aumento da produção de alimentos levou ao crescimento da população em torno das margens do rio. Assim passaram a surgir centros comerciais. Os povoados passaram a ser chamados de “nomos” e os seus líderes eram os “nomarcas”. Boa parte da população era de agricultores, os Felás. 

O fato de o Egito Antigo ser próspero mesmo em meio a um deserto fez com que muitos egípcios atribuíssem esse sucesso ao divino. Os nomarcas que eram mais eficientes na gestão passavam a ser vistos como deuses protetores. O poder político foi, gradualmente, se misturando com a religião. 

Unificação dos reinos no Egito

Os nomos se unificaram formando dois grandes reinos, em 3500 a.C., eram eles:

  • Reino de Delta (baixo Egito) – cuja capital era Saís;
  • Vale do Nilo (alto Egito) – a capital era Tebas. 

O rei Menés do Vale do Nilo, aproximadamente três séculos depois, conquistou a região de Delta (baixo Egito). A região foi então, pela primeira vez, unificada sob a liderança de um único líder, um Faraó. A figura do Faraó era uma junção de Rei e sacerdote religioso. Esse reino tinha como sua capital Mênfis. 

Faraó

O Faraó era considerado um sábio, ele conduzia os rituais religiosos. Também era auxiliado pelos nomarcas e pelos líderes militares. O Egito foi governado por Faraós por mais de 3000 anos por meio de dinastias. Basicamente o poder passava de pai para filho.

O Faraó concentrava os poderes:

  • Administrativo;
  • Político;
  • Militar. 

Além disso, era considerado como um descendente direto dos deuses, ou seja, tinha aspecto divino para a população. 

Hieróglifos (escrita egípcia)

Durante o período da unificação, a escrita egípcia se desenvolveu na forma de hieróglifos, símbolos que representam palavras. Algum tempo depois, essas imagens passaram a significar também sons (fonogramas). Também foi desenvolvida, nesse período, uma escrita cursiva que recebeu o nome de hierática. 

A sociedade no Egito Antigo

No Egito Antigo, a sociedade estava dividida em grupos sociais rígidos divididos da seguinte forma: 

  • Faraó – regente e autoridade máxima; 
  • Nobreza e sacerdotes – grupo privilegiado, mas, com menos indivíduos;
  • Soldados; 
  • Escribas; 
  • Comerciantes;
  • Artesãos;
  • Camponeses e escravos – eram em maior número, mas tinham menos privilégios.

Modo de vida no Egito Antigo

Foram poucas as cidades desse período que resistiram à ação do tempo, no entanto, foi possível constatar que as moradias eram de junca ou madeira. Tinham pouca mobília e estavam divididas em alguns cômodos. Na sala principal das casas havia um altar.

Os telhados eram planos, o que permitia que os moradores tivessem noites refrescantes. Havia casas e algumas construções, como templos, erguidos de forma mais sofisticada com tijolos de barro. 

Deuses do Egito Antigo

A religiosidade tinha grande importância para os egípcios, um traço marcante dessa sociedade. Rá, o deus do Sol, era o mais importante uma vez que era visto como o criador de todas as coisas. 

Era comum que os Faraós assumissem a efígie dos deuses, dessa forma seus reinados adquiriam os aspectos divinos dessas entidades. O povo do Egito Antigo acreditava que o homem continuava vivendo após a morte, se fosse considerado digno pelos deuses.

Pirâmides

A morte passou a ter um grande significado para os egípcios, tornou-se um verdadeiro evento. As pirâmides, uma das principais marcas desse período, eram tumbas nas quais os corpos dos Faraós eram guardados. 

As paredes dessas grandes tumbas eram adornadas com entalhes que ajudavam a contar aos deuses como foi o reinado do governante. Em muitos casos, os familiares e os servos do Faraó eram enterrados junto ao corpo do monarca para poder servi-lo nessa nova etapa. 

Arte no Egito Antigo

A religião e a hierarquia eram elementos bastante fortes no Egito Antigo. Em muitas obras de arquitetura é possível observar essas características, como nas pirâmides, por exemplo. A produção artística também era pensada para os deuses e faraós. 

A representação das entidades e dos soberanos era feita por meio de técnicas rígidas. O rosto devia sempre ser representado de perfil, o corpo de frente e sem perspectiva. Esse estilo se tornou uma marca desse período histórico.

Ciência no Egito Antigo

O processo de mumificação, utilizado no Egito Antigo, contribuiu significativamente para o desenvolvimento de conhecimento sobre anatomia humana. Esse cuidado especial dedicado ao corpo daqueles que faleceram tinha viés religioso.

Foram feitas descobertas e avanços também na engenharia hidráulica através da construção de represas e diques. Diferentes tipos de embarcações foram desenvolvidas a partir da necessidade de transporte através do Rio Nilo. 

Os egípcios desenvolveram também amplo conhecimento em astronomia e matemática. O calendário anual deles tinha a divisão em 365 dias e 6 horas. Essas foram contribuições muito relevantes para a vida como conhecemos hoje.

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