Entenda o que é Taylorismo
O Taylorismo consiste em um modo de organização do processo produtivo desenvolvido por Frederick Winslow Taylor no final do século XIX. Esse método é chamado também de Administração Científica por ter segmentado o processo produtivo, gerando então uma forma científica de administrar as empresas.
A metodologia foi desenvolvida no contexto da Revolução Industrial. Continue lendo para saber mais sobre o tema.
Taylorismo: conheça Frederick Taylor
O criador do Taylorismo, Frederick Taylor nasceu em março de 1856, na Pensilvânia, Estados Unidos. Formado em Engenharia Mecânica, trabalhou como operário e engenheiro em algumas companhias e fábricas norte-americanas. Durante essas experiências laborais ele observou atentamente o sistema produtivo e o estilo de administração industrial.
A conclusão a que Taylor chegou a partir das suas observações foi a de que o trabalho não estava organizado de forma a gerar lucro, ou seja, era ineficiente. A partir dessa compreensão, ele passou a buscar formas de melhorar o rendimento de cada trabalhador. Então, procurou desenvolver estratégias de gerenciamento mais eficazes para aumentar a produção e reduzir o tempo investido na produção.
Características do Taylorismo
O foco principal do taylorismo é a racionalização do trabalho. Taylor percebeu que os trabalhadores perdiam bastante tempo porque não dominavam a sua função. Dessa forma, concluiu que era necessário aperfeiçoar as funções de cada trabalhador para reduzir a lentidão na produção. Também era uma forma de evitar o esforço físico desnecessário.
Os funcionários deveriam receber instruções em relação à função que realizariam para que assim pudessem aperfeiçoar a sua capacidade produtiva. A ideia era aproveitar ao máximo as suas habilidades.
A seleção dos trabalhadores passou a levar em consideração as aptidões dos indivíduos que recebiam treinamentos focados em métodos científicos para otimizar o trabalho e o tempo. Basicamente, cada trabalhador realizaria uma função específica estando alheio ao resultado final.
Atenção ao bem-estar dos trabalhadores
Taylor defendia ainda que a administração precisava se atentar para a melhoria dos salários, diminuição da jornada de trabalho e para a oferta de bonificações. A ideia era simples, usar métodos científicos para reduzir o cansaço dos colaboradores, evitando movimentos desnecessários. Seguindo essas ideias era possível alcançar uma relação mais próspera entre empregado e empregador.
Gerência
A gerência tinha um papel essencial dentro do contexto das ideias do taylorismo, pois Taylor acreditava que era necessário supervisionar os trabalhadores. Essa supervisão objetivava evitar o tempo, ocioso assim como o desperdício de tempo em tarefas desnecessárias.
Logo, a gerência era indispensável para o pleno funcionamento do processo produtivo, mas sempre evidenciando a hierarquia e os papéis dentro da empresa. Através de regras previamente estabelecidas e métodos padronizados, a gerência deveria gerir e supervisionar a realização do trabalho. Também cabia à gerência buscar formas de aumentar a produtividade no menor tempo possível.
Assim se chegou a uma importante divisão nos processos de produção. Havia o grupo de indivíduos que executavam o trabalho, mas sem estudar os processos realizados. E também havia aqueles que analisavam o trabalho de acordo com estudos e métodos científicos.
Meios necessários
É de responsabilidade do gestor oferecer ao trabalhador os meios necessários para realizar o trabalho assim como os aperfeiçoamentos para as suas funções. Também cabe ao gestor conceder incentivos para que o trabalho seja realizado da melhor forma.
Os prazos para cada entrega ficam a cargo da gerência, assim como a entrega dos bens produzidos, determinação de horários de descanso, acompanhamento das atividades, entre outros.
Inovações do Taylorismo
Na busca pela maior eficiência do sistema produtivo, Taylor, produziu uma série de obras voltadas para a administração de empresas. Em 1911, ele publicou o livro “Princípios da Administração Científica” em que apresenta a sua crença na racionalização do trabalho. Na obra são apresentados os princípios fundamentais da Administração Científica. Os quatro princípios fundamentais são: b
Princípio do planejamento
Métodos de improviso baseados em julgamentos individuais deveriam ser substituídos por métodos científicos e planejados. Assim seria possível organizar melhor o trabalho.
Princípio da preparação dos trabalhadores
Os operários deveriam ser selecionados de acordo com as suas aptidões que posteriormente deveriam ser aperfeiçoadas. O objetivo era torná-los mais eficientes em suas tarefas.
Princípio do controle
Os gestores deveriam controlar o trabalho realizado pelos operários, ficando atentos ao tempo para evitar desperdícios e ociosidade.
Princípio da execução
As responsabilidades e funções deveriam ser distribuídas para os operários para mantê-los sob controle e os trabalhadores disciplinados.
Críticas ao taylorismo
O Taylorismo contribuiu para o aumento da produtividade e de lucros para as empresas e ofereceu benefícios para os trabalhadores, como a redução da jornada de trabalho e melhores salários. Contudo, gerou algumas discussões em relação à exploração e mecanização do trabalhador, uma vez que as atividades se tornaram simples e repetitivas.
Os operários passaram a se sentir robotizados e alheios ao sistema produtivo. Com o passar do tempo, os trabalhadores começaram a questionar suas funções e acreditar que somente os empregadores estavam se beneficiando. Eles passaram a acreditar que estavam sendo convertidos em máquinas que poderiam ser substituídas com facilidade.
As ideias dos trabalhadores eram bastante reprimidas, uma vez que somente a gerência podia tomar decisões relativas à produção. Surgiram conflitos e grande descontentamento entre os empregados e os empregadores.
Agora você já sabe o que é Taylorismo. Para conferir mais conteúdos como este e dicas para o Enem e o vestibular, acesse outros posts do blog do Hexag Medicina!