Ascensão, apogeu e declínio do Império Bizantino - Hexag Medicina
18/04/2024 História

Ascensão, apogeu e declínio do Império Bizantino

Escrito por Hexag Educacional @hexagmedicina
Ascensão, apogeu e declínio do Império Bizantino

Em 395 d.C., o Império Romano foi dividido pelo imperador Teodósio, a parte oriental passou a ser conhecida como Império Bizantino. Constantinopla (antiga Bizâncio) era a sua capital, devido a sua posição geográfica ocorreu o desenvolvimento do comércio. Entrou em declínio, em 1453, através da invasão do território pelos turcos-otomanos. 

Como o Império Bizantino surgiu?

O Império Romano enfrentava uma grave crise, em 395 d.C., o imperador Teodósio sugeriu, então, a divisão do território de Roma em duas partes. O império foi então dividido em:

  • Império Romano do Oriente (Império Bizantino) – tendo Constantinopla como capital, a cidade se desenvolveu economicamente através do comércio. 
  • Império Romano do Ocidente – saqueada por bárbaros, a capital era chamada de Roma do Oriente. 

Bizâncio

Constantinopla, conhecida anteriormente como Bizâncio, foi fundada em 667 a.C., pelos gregos. A expansão do Império Romano chegou ao Oriente, as antigas cidades e colônias gregas foram então dominadas por Roma. Bizâncio foi então conquistada e anexada ao império.

A cidade foi rebatizada com o nome de Constantinopla em 330 d.C., pelo imperador Constantino. Enquanto a capital do Império Bizantino se desenvolvia economicamente, Roma era tomada pelos bárbaros e entrava em declínio. 

Reinado de Justiniano: o apogeu do Império Bizantino

O Império Bizantino conheceu seu apogeu durante o reinado de Justiniano, entre 527 e 565. À frente do império oriental, o imperador trabalhou na expansão do território bizantino reconquistado o que os romanos ocidentais haviam perdido durante a invasão bárbara. As tropas bizantinas reconquistaram:

  • Roma;
  • o norte da África;
  • a península Ibérica.

Todos esses territórios haviam sido conquistados pelos germânicos. 

Código de Direito Civil

Justiniano se preocupou em preservar as leis romanas e para isso criou o Código de Direito Civil, compilado das leis dos tempos áureos de Roma. A cultura foi outra área que recebeu a atenção do imperador com a construção de grandes edifícios como:

  • A Igreja de Santa Sofia;
  • O palácio imperial. 

Revolta de Nika

Em 532, o imperador Justiniano enfrentou a chamada Revolta de Nika. A população se revoltou devido à fome, falta de moradias e impostos elevados. O resultado de uma corrida de cavalos, que deixou os espectadores com dúvidas, foi o estopim desse conflito.

Não ficou bem definido se o vencedor havia sido Niké, o cavalo pelo qual a população torcia, ou o cavalo da equipe do imperador. O questionamento do resultado da corrida foi uma forma de materialização da revolta pelas más condições sociais. A agitação foi controlada pelas tropas do imperador. 

Justiniano faleceu em 656 e com ele chegaram ao fim os tempos áureos do Império Bizantino. Os sucessores do imperador não conseguiram manter as suas conquistas e os bizantinos acabaram perdendo os territórios anteriormente conquistados. 

Principais características do Império Bizantino

Governo no Império Bizantino

  • Poder concentrado nas mãos do imperador.
  • O Senado não tinha mais força política e passou a ser um conselho honorário. 
  • A concessão de títulos aos nobres se tornou a base da burocracia do império. 
  • Os cargos públicos se tornaram cobiçados pelo poder que ofereciam. 

Economia no Império Bizantino

  • Constantinopla se tornou a capital do Império Bizantino e o principal centro comercial do Oriente. 
  • A cidade tinha posição geográfica privilegiada permitindo negociações com diferentes partes do mundo.
  • Constantinopla negociada com o norte da África, a Europa e a Ásia. 
  • Enquanto Constantinopla crescia, Roma se esvaziava e a Europa Ocidental se ruralizava dividindo-se em feudos. 
  • As atividades comerciais eram controladas pelo Estado Bizantino através de importações e exportações, assim como pelo sistema monetário. 
  • O imperador intervinha na economia em épocas de crise para manter o abastecimento de alimentos da capital. 

Religião no Império Bizantino

  • O imperador bizantino era o pontífice máximo, sendo considerado o mensageiro de Jesus Cristo. 
  • Assim nasceu o cesaropapismo, o imperador era o chefe político e da Igreja. 
  • Constantinopla se tornou o centro da cristandade. 
  • O imperador publicava decretos que regulavam a crença dos seus súditos. 
  • A Igreja Oriental proibia a veneração às imagens de santos, os ícones deveriam ser bidimensionais.
  • A questão da veneração de imagens foi uma das principais polêmicas religiosas do Império Bizantino. 
  • Várias imagens foram destruídas devido a essa disputa. 
  • O Cisma do Oriente foi a primeira divisão na cristandade. 
  • Havia intensa disputa entre o papa e o imperador, assim como diferenças profundas entre os dogmas ocidentais e os orientais. 
  • Em 1054, romanos e bizantinos se separaram. 
  • Surgiu então a Igreja Católica Ortodoxa no Oriente. 

Arte no Império Bizantino

  • A arte bizantina foi influenciada pelo cristianismo.
  • O imperador, devido ao seu poder religioso, se tornou também uma figura central de diversas obras artísticas desse período.
  • O imperador era retratado ao lado de Jesus Cristo nas pinturas. 

Sociedade no Império Bizantino

  • Patriarcal, sem espaço para a participação feminina que representava metade da população. 
  • Dentre as classes sociais se destacavam os pobres, os soldados, os camponeses e os comerciantes.
  • Os integrantes da Igreja Ortodoxa participavam efetivamente da administração do império. 
  • Os funcionários públicos tinham prestígio na sociedade devido ao cargo que ocupavam. 

Declínio do Império Bizantino

Durante a Baixa Idade Média, o Império Bizantino começou a apresentar sinais de que estava ficando fraco. As bases do império foram abaladas pelas cruzadas e pelo renascimento. 

No século XV, os turco-otomanos expandiram seus domínios alcançando a Ásia Menor. O domínio bizantino à Constantinopla foi reduzido. A capital do império foi conquistada pelos invasores, em 1453.

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