Ascensão, apogeu e declínio do Império Bizantino
Em 395 d.C., o Império Romano foi dividido pelo imperador Teodósio, a parte oriental passou a ser conhecida como Império Bizantino. Constantinopla (antiga Bizâncio) era a sua capital, devido a sua posição geográfica ocorreu o desenvolvimento do comércio. Entrou em declínio, em 1453, através da invasão do território pelos turcos-otomanos.
Como o Império Bizantino surgiu?
O Império Romano enfrentava uma grave crise, em 395 d.C., o imperador Teodósio sugeriu, então, a divisão do território de Roma em duas partes. O império foi então dividido em:
- Império Romano do Oriente (Império Bizantino) – tendo Constantinopla como capital, a cidade se desenvolveu economicamente através do comércio.
- Império Romano do Ocidente – saqueada por bárbaros, a capital era chamada de Roma do Oriente.
Bizâncio
Constantinopla, conhecida anteriormente como Bizâncio, foi fundada em 667 a.C., pelos gregos. A expansão do Império Romano chegou ao Oriente, as antigas cidades e colônias gregas foram então dominadas por Roma. Bizâncio foi então conquistada e anexada ao império.
A cidade foi rebatizada com o nome de Constantinopla em 330 d.C., pelo imperador Constantino. Enquanto a capital do Império Bizantino se desenvolvia economicamente, Roma era tomada pelos bárbaros e entrava em declínio.
Reinado de Justiniano: o apogeu do Império Bizantino
O Império Bizantino conheceu seu apogeu durante o reinado de Justiniano, entre 527 e 565. À frente do império oriental, o imperador trabalhou na expansão do território bizantino reconquistado o que os romanos ocidentais haviam perdido durante a invasão bárbara. As tropas bizantinas reconquistaram:
- Roma;
- o norte da África;
- a península Ibérica.
Todos esses territórios haviam sido conquistados pelos germânicos.
Código de Direito Civil
Justiniano se preocupou em preservar as leis romanas e para isso criou o Código de Direito Civil, compilado das leis dos tempos áureos de Roma. A cultura foi outra área que recebeu a atenção do imperador com a construção de grandes edifícios como:
- A Igreja de Santa Sofia;
- O palácio imperial.
Revolta de Nika
Em 532, o imperador Justiniano enfrentou a chamada Revolta de Nika. A população se revoltou devido à fome, falta de moradias e impostos elevados. O resultado de uma corrida de cavalos, que deixou os espectadores com dúvidas, foi o estopim desse conflito.
Não ficou bem definido se o vencedor havia sido Niké, o cavalo pelo qual a população torcia, ou o cavalo da equipe do imperador. O questionamento do resultado da corrida foi uma forma de materialização da revolta pelas más condições sociais. A agitação foi controlada pelas tropas do imperador.
Justiniano faleceu em 656 e com ele chegaram ao fim os tempos áureos do Império Bizantino. Os sucessores do imperador não conseguiram manter as suas conquistas e os bizantinos acabaram perdendo os territórios anteriormente conquistados.
Principais características do Império Bizantino
Governo no Império Bizantino
- Poder concentrado nas mãos do imperador.
- O Senado não tinha mais força política e passou a ser um conselho honorário.
- A concessão de títulos aos nobres se tornou a base da burocracia do império.
- Os cargos públicos se tornaram cobiçados pelo poder que ofereciam.
Economia no Império Bizantino
- Constantinopla se tornou a capital do Império Bizantino e o principal centro comercial do Oriente.
- A cidade tinha posição geográfica privilegiada permitindo negociações com diferentes partes do mundo.
- Constantinopla negociada com o norte da África, a Europa e a Ásia.
- Enquanto Constantinopla crescia, Roma se esvaziava e a Europa Ocidental se ruralizava dividindo-se em feudos.
- As atividades comerciais eram controladas pelo Estado Bizantino através de importações e exportações, assim como pelo sistema monetário.
- O imperador intervinha na economia em épocas de crise para manter o abastecimento de alimentos da capital.
Religião no Império Bizantino
- O imperador bizantino era o pontífice máximo, sendo considerado o mensageiro de Jesus Cristo.
- Assim nasceu o cesaropapismo, o imperador era o chefe político e da Igreja.
- Constantinopla se tornou o centro da cristandade.
- O imperador publicava decretos que regulavam a crença dos seus súditos.
- A Igreja Oriental proibia a veneração às imagens de santos, os ícones deveriam ser bidimensionais.
- A questão da veneração de imagens foi uma das principais polêmicas religiosas do Império Bizantino.
- Várias imagens foram destruídas devido a essa disputa.
- O Cisma do Oriente foi a primeira divisão na cristandade.
- Havia intensa disputa entre o papa e o imperador, assim como diferenças profundas entre os dogmas ocidentais e os orientais.
- Em 1054, romanos e bizantinos se separaram.
- Surgiu então a Igreja Católica Ortodoxa no Oriente.
Arte no Império Bizantino
- A arte bizantina foi influenciada pelo cristianismo.
- O imperador, devido ao seu poder religioso, se tornou também uma figura central de diversas obras artísticas desse período.
- O imperador era retratado ao lado de Jesus Cristo nas pinturas.
Sociedade no Império Bizantino
- Patriarcal, sem espaço para a participação feminina que representava metade da população.
- Dentre as classes sociais se destacavam os pobres, os soldados, os camponeses e os comerciantes.
- Os integrantes da Igreja Ortodoxa participavam efetivamente da administração do império.
- Os funcionários públicos tinham prestígio na sociedade devido ao cargo que ocupavam.
Declínio do Império Bizantino
Durante a Baixa Idade Média, o Império Bizantino começou a apresentar sinais de que estava ficando fraco. As bases do império foram abaladas pelas cruzadas e pelo renascimento.
No século XV, os turco-otomanos expandiram seus domínios alcançando a Ásia Menor. O domínio bizantino à Constantinopla foi reduzido. A capital do império foi conquistada pelos invasores, em 1453.
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