Império Romano: da ascensão à queda
O Império Romano surgiu em 27 a.C. e terminou em 476 d.C. Ao longo dos seus cinco séculos deixou marcas que até hoje se refletem em nossa arquitetura, justiça, ciências, filosofia e artes. Continue lendo para conhecer mais sobre a sua ascensão e queda.
Império Romano: gregos e romanos
O Império Romano entrou para a história como sinônimo de conquista de outros povos. É interessante observar que nesse processo, os romanos foram amplamente influenciados por outras culturas.
A cultura grega foi uma das que mais influenciou a cultura romana. Podemos observar essa influência nas artes plásticas (escultura e pintura) assim como na arquitetura através da adesão do uso do mármore.
Algumas palavras gregas foram adicionadas ao latim e a educação geralmente ficava a cargo dos gregos. Embora tenham recebido nomes latinos, os deuses venerados pelos romanos eram os deuses gregos. Conhecido como “helenização”, esse processo acontece durante o período helenístico da região grega.
A estrutura do Império Romano
A Roma e a Grécia constituem o que se conhece por Antiguidade Clássica. Ambas deixaram um relevante legado para o Ocidente como o conceito de república, o direito, o latim e o cristianismo. É facilmente observável a influência romana na literatura e arquitetura das sociedades ocidentais.
A história de Roma está dividida em três fases:
- Monarquia (fase em que ocorre a fundação de Roma que tem duas versões, uma historiográfica e outra mitológica);
- República;
- Império.
Fundação de Roma – versão historiográfica
Os latinos construíram uma fortificação para se proteger dos ataques dos etruscos, assim nasceu a cidade de Roma. Além de etruscos e latinos, também povoaram a Península Itálica, os gauleses e gregos. Os domínios do Império Romano foram consideravelmente ampliados.
As classes romanas e o declínio da República
A realidade romana foi bastante modificada pela expansão territorial e comercial. Nesse contexto, a classe nobre dos comerciantes estava se formando e começando a ter influência política. Estando em menor número, os Patrícios passaram a perder poder.
Os nobres, ao identificar a importância dos votos dos Plebeus nas assembleias, passaram a tentar conquistá-los com festas, espetáculos, alimentos entre outros. Essa era a chamada política do “Pão e circo” que, posteriormente, passou a contar com as lutas de gladiadores. Os nobres controlavam o Senado e cargos da Magistratura.
Desse período, outra classe relevante é a dos cavaleiros. Basicamente, eram pessoas ricas que atuavam como comerciantes e realizavam serviços públicos como coordenar obras públicas e cobrar impostos.
Desigualdade social
A desigualdade social cresceu significativamente nesse período. Os nobres e cavaleiros enriqueciam enquanto os Plebeus sofriam com o processo de empobrecimento. Muitos camponeses se mudaram para as cidades e pequenos proprietários de terras perderam tudo devido às dívidas.
Os serviços nas cidades eram realizados por estrangeiros livres e escravos. Então, os camponeses não encontravam oportunidades de trabalho nas cidades. A política de expansão e guerra ajudou na desintegração das classes médias agrárias.
O êxodo rural contribuiu para o surgimento de inúmeros problemas, como:
- Escassez de alimentos;
- Falta de saneamento básico;
- Falta de moradia;
- Desemprego;
- Acúmulo de lixo urbano, entre outros.
Esses problemas desencadearam conflitos entre as classes ricas e as classes pobres. A república foi abalada.
A Plebe e o Senado
O representante da Plebe (Tributo da Plebe) propôs algumas medidas para conter o êxodo rural e reduzir a desigualdade, em 133 a.C. Um dos objetivos de Tibério Graco era impor limites para a posse de terras. Os latifundiários e senadores ficaram extremamente incomodados e planejaram o seu assassinato.
Em 124 a.C., o irmão de Tibério, Caio propôs que as decisões da república fossem tomadas por uma assembleia popular como ocorria na democracia grega. Ele era também defensor da reforma agrária e da distribuição das terras públicas entre os mais pobres.
Caio também foi assassinado por membros do Senado. Esse evento teve grande peso para agravar a tensão entre Plebe e Patrícios. Houve uma guerra civil.
Os militares de Roma
Os militares também enriqueceram durante a expansão do Império Romano. No período entre 60 e 46 a.C., Roma foi governada por um triunvirato de generais: Pompeu, Marco Licínio Crasso e Júlio Cesar.
Cesar acabou se tornando diretor vitalício concentrando o poder em suas mãos. Um dos aspectos mais marcantes de seu governo foi o de não privilegiar uma classe específica. Tomou medidas para reduzir o desemprego e estendeu a cidadania para os habitantes da península itálica.
O Império Romano
Júlio Cesar foi assassinado por ser entendido como uma ameaça à república romana. Roma passou a ser governada por um triunvirato composto por: Marco Antônio, Lépido e Caio Otávio (filho de Cesar).
Caio Otávio, em 27 a.C., assumiu Roma e deu início a construção do maior Império da Antiguidade Clássica. Recebeu a atribuição de “Augusto” (divino) e buscou o controle das crises econômicas e do descontentamento social. Esse momento ficou conhecido como Pax Romana pela sua tranquilidade.
Crescimento econômico
Nesse período, o comércio teve grande destaque. A economia romana também se tornou essencialmente escravocrata, especialmente devido à expansão territorial. A grande força econômica do Império Romano se tornou um problema.
O Império Romano precisava cada vez mais de mão de obra escrava e para obtê-la tinha que se manter constantemente em conflito com outros povos. Esse processo gerou grandes perdas materiais e humanas.
Aumento territorial
Outra questão relevante do período foi à dificuldade administrativa gerada pelo aumento territorial. Paralelamente a essa questão havia o aumento constante de impostos que gerava ainda mais descontentamento na população.
O fim do Império Romano
O Império Romano perdurou por cinco séculos chegando ao fim no século V d.C. quando houve a queda do Império Romano do Ocidente. As riquezas romanas foram drenadas aos poucos pela necessidade de constantemente enfrentar as invasões de povos germânicos.
O último Imperador Romano, Rômulo Augusto, foi deposto pelo general Flávio Odoacro, em 476 d.C. Tal evento entrou para a história como o marco do fim do Império Romano e início da Idade Média.
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