Conheça o famoso Império Romano do Oriente e entenda sua ascensão e queda
O Império Romano do Oriente nasceu da divisão feita pelo imperador Teodósio, em 395 d.C.. A capital do também chamado Império Bizantino era Constantinopla, antiga Bizâncio. A localização geográfica da cidade permitiu o desenvolvimento do comércio. Continue lendo para conhecer a ascensão e queda desse poderoso império.
Qual a origem do Império Romano do Oriente?
O Império Romano vivia uma grande crise, em 395 d.C., o então imperador Teodósio encontrou como solução a divisão do extenso território de Roma. Dessa forma, o império foi dividido em Império Romano do Ocidente e Império Romano do Oriente.
Constantinopla tornou-se a capital da porção oriental do império e se desenvolveu economicamente a partir dessa posição. Em contrapartida, Roma continuou a cair juntamente com o lado ocidental e a sofrer constantes saques dos bárbaros.
Constantinopla
A capital do Império Romano do Oriente era conhecida antigamente como Bizâncio. Essa cidade foi fundada em 667 a.C., pelos gregos. Com a expansão do Império Romano, as terras do oriente assim como as cidades gregas e antigas colônias acabaram sob o domínio de Roma. Bizâncio foi conquistada e anexada ao império.
O nome de Constantinopla foi dado à cidade pelo imperador Constantino em 330 d.C.. A capital do oriente se manteve praticamente intacta enquanto Roma decaía com os saques e invasões dos bárbaros.
Apogeu do Império Romano do Oriente
O ápice do Império Romano do Oriente ocorreu durante o reinado do Imperador Justiniano, entre 527 e 565. Nesse período, o governante buscou expandir o território bizantino e reconquistou o que os romanos ocidentais haviam perdido com a invasão bárbara.
As tropas bizantinas foram responsáveis pela reconquista do norte da África, da península ibérica e Roma. Esses territórios haviam sido perdidos para os germânicos. Justiniano preservou as leis romanas e criou o Código de Direito Civil, compilado das leis criadas nos tempos de glória de Roma.
A cultura também foi privilegiada no governo de Justiniano. O imperador investiu na construção de edifícios de grande porte como a Igreja de Santa Sofia e o palácio imperial.
Revolta de Nika
Em 532, Justiniano precisou enfrentar a Revolta de Nika. A população se revoltou pelo pagamento de altos impostos, pela fome e pela falta de moradias. O estopim da revolta consistiu em uma corrida de cavalos realizada no hipódromo de Constantinopla.
Não se sabia se o cavalo vencedor foi Niké (que tinha a torcida da população) ou o cavalo da equipe de Justiniano. O questionamento do resultado da corrida ajudou a materializar a revolta da população. Contudo, as tropas imperiais conseguiram conter os populares.
Morte de Justiniano
Justiniano faleceu em 565 e com ele chegou ao fim o período de auge do Império Bizantino. Os seus sucessores foram incapazes de manter as conquistas do imperador. Os bizantinos perderam os territórios que haviam conquistado.
Governo do Império Romano do Oriente
- O poder estava concentrado nas mãos do imperador.
- O Senado não tinha mais importância, tratava-se apenas de um conselho honorário.
- A burocracia do império estava concentrada na concessão de títulos aos nobres.
- Quem trabalhava na administração imperial tinha poderes e os cargos públicos eram bastante visados.
Economia do Império Romano do Oriente
- Em Constantinopla, as moedas eram utilizadas nas relações comerciais.
- A capital bizantina tornou-se o principal centro comercial do Oriente.
- A posição geográfica privilegiada permitia uma grande rede comercial. Eram realizadas negociações com o mundo todo.
- Havia o controle das atividades comerciais por meio de importações e exportações e através do sistema monetário.
- Nos momentos de crise, o imperador intervinha na economia e assim o abastecimento de alimentos chegava até a capital.
Paralelamente, Roma estava dividida em milhares de feudos e cada vez mais ruralizada. Esse era o resultado de inúmeras invasões bárbaras.
Religião do Império Romano do Oriente
- O imperador bizantino tinha papel de destaque nas atividades eclesiásticas.
- O imperador era o pontífice máximo e entendido como o mensageiro de Jesus Cristo.
- Assim nasceu o cesaropapismo, isto é, o imperador era chefe político e da Igreja.
- Constantinopla se tornou o centro da cristandade devido à crise de Roma.
- O imperador publicava decretos para regular a crença dos seus súditos.
- A Igreja Oriental não permitia a veneração das imagens de santos. Os ícones deveriam ser bidimensionais. Muitas imagens foram destruídas.
Cisma do Oriente
As grandes diferenças de dogmas cristãos pregados pelo Ocidente e pelo Oriente culminaram na primeira divisão da cristandade, o Cisma do Oriente. Romanos e bizantinos se separam em 1054. No Oriente surgiu a Igreja Católica Ortodoxa.
Arte no Império Romano do Oriente
- O cristianismo influenciou consideravelmente as produções artísticas do Império Romano do Oriente.
- O imperador se tornou uma figura marcante e presente nas obras artísticas feitas no período.
- Ele era retratado ao lado da figura de Jesus Cristo em referência a crença de que ele seria o mensageiro divino entre os homens.
Sociedade do Império Romano do Oriente
- Patriarcal e sem espaço para a participação das mulheres. Elas eram metade da população.
- A sociedade estava dividida em pobres, camponeses, comerciantes e soldados.
- Havia participação dos integrantes da Igreja Ortodoxa na administração do império.
- Os funcionários públicos tinham prestígio social devido ao seu cargo.
A queda do Império Romano do Oriente
Foi no período da Baixa Idade Média que os primeiros sinais do enfraquecimento desse império foram percebidos. As bases do império foram desestruturadas devido às cruzadas e ao renascimento comercial.
No século XV, os turcos-otomanos ampliaram o seu território até a Ásia Menor. O domínio bizantino ficou reduzido à Constantinopla. Os invasores conquistaram a cidade em 1453.
Gostou de saber mais sobre o Império Romano do Oriente? Para conferir mais conteúdos como este e dicas para o Enem e o vestibular, acesse outros posts do blog Hexag Medicina!