Malala Yousafzai - Ativista e Revolucionária - Hexag Medicina
25/02/2021 História

Malala Yousafzai – Ativista e Revolucionária

Escrito por Hexag Educacional @hexagmedicina
Malala Yousafzai – Ativista e Revolucionária

O nome de Malala Yousafzai está entre os mais relevantes quando o assunto é a luta pela educação. A jovem nasceu em 1997, no Paquistão, em uma área que começou a ser dominada pelo Talibã, grupo fundamentalista islâmico, ainda durante sua infância.

Aos 15 anos de idade, foi baleada por um atirador que fazia parte desse movimento radical e aos 17 recebeu o Prêmio Nobel da Paz, sendo a pessoa mais jovem a alcançar esse feito. Siga a leitura para saber mais a respeito da trajetória dessa ativista e revolucionária chamada Malala Yousafzai.

Infância de Malala Yousafzai

Malala Yousafzai é filha de um ativista e educador, cresceu no vale do Swat, no Paquistão. No início de sua infância, sua cidade natal era uma área que recebia muitos turistas, especialmente durante o verão. Entretanto, as coisas começaram a mudar quando o Talibã iniciou uma ocupação na região, em 2007.

Uma das ações do Talibã foi o fechamento de todas as escolas voltadas para meninas, incluindo a explosão de várias delas. Para eles, as mulheres não poderiam ocupar papéis ativos na sociedade. Nesse início de grande tensão, Malala e sua família fugiram para outra região, mas retornaram assim que a violência diminuiu.

O início do ativismo pela educação

Em 2008, a menina e seu pai, que era o fundador da escola em que ela estudava antes da ocupação talibã, foram protestar contra o fechamento das instituições de ensino. Nessa ocasião, Malala, que tinha 11 anos de idade, fez seu primeiro discurso para a imprensa. Ela disse: “Como o Talibã ousa tirar meu direito básico à educação?”.

As palavras da menina paquistanesa tiveram grande repercussão e atraíram a atenção da BBC (British Broadcasting Corporation), que a convidou para contar em um blog como era viver sob as regras impostas pelo Talibã. Por uma questão de segurança, as publicações eram assinadas com um nome fictício: Gul Makai.

Com o passar do tempo, Malala começou a ser convidada para dar entrevistas e falar sobre seu ativismo pela educação para as principais emissoras do mundo. Ela participou de documentários e recebeu prêmios por seu engajamento na causa. Inclusive, foi revelada a verdadeira identidade da menina que escrevia no blog para a BBC.

Em fevereiro de 2009, o Talibã cedeu à pressão dos paquistaneses, concordou com o cessar-fogo e suspendeu o impedimento das meninas frequentarem a escola. Entretanto, poucos meses depois a situação voltou a piorar e a família de Malala precisou se refugiar mais uma vez.

Atentado contra Malala Yousafzai

Em 9 de outubro de 2012, aos 15 anos de idade, Malala Yousafzai foi baleada na cabeça enquanto voltava para casa após a escola. O militante paquistanês conhecido como Fazlullah e o Talibã assumiram a autoria do atentado. A jovem sobreviveu ao ataque e foi encaminhada para um hospital em Birmingham, na Inglaterra, onde passou por uma cirurgia.

Esse acontecimento gerou muitos protestos em todo o mundo. Em dezembro do mesmo ano, o presidente do Paquistão anunciou que iria lançar um fundo para a educação no valor de dez milhões de dólares. A Vital Voices, uma organização não governamental norte-americana, criou a Malala Fund, que defende a educação de meninas em todo o mundo.

Malala continuou em Birmingham com sua família, se recuperou, retornou aos estudos e aos trabalhos como ativista. Nove meses após o atentado, ela apareceu publicamente e falou para um grande público na sede da ONU (Organização das Nações Unidas) em Nova Iorque.

Malala recebe o Prêmio Nobel da Paz

Em 2013, Malala foi indicada ao Nobel da Paz e o recebeu no ano seguinte, tornando-se a pessoa mais jovem a ser laureada pelo prêmio. Além desse, ela também recebeu as seguintes homenagens pelo seu ativismo pela educação:

  • 2012 – Prêmio Madre Teresa;
  • 2013 – Prêmio Simone de Beauvoir;
  • 2013 – Prêmio de Embaixador da Consciência;
  • 2013 – Prêmio Internacional da Criança;
  • 2013 – Prêmio das Nações Unidas de Direitos Humanos;
  • 2015 – Shorty Award: Herói Adolescente, entre outros.

A vida de Malala após o Prêmio Nobel

Após o recebimento do Prêmio Nobel ela prosseguiu com seus estudos na Inglaterra e aproveitou o fato de ter se tornado conhecida para atrair atenção para questões de direitos humanos em todo o mundo.

Em 2015, através da Malala Fund, conseguiu abrir uma escola para meninas no Líbano para refugiados vindos da Síria. Em 2020, com 20 anos de idade, Malala Yousafzai se formou em Oxford, onde estudou filosofia, política e economia.

Documentários e livros sobre Malala

A história de Malala pode ser conferida em diversos livros, tanto de sua autoria quanto de outros autores, e, também, em um documentário lançado em 2015. Veja alguns dos principais livros publicados por ela:

  • Eu sou Malala: A história da garota que defendeu o direito à educação e foi baleada pelo Talibã (2013);
  • Malala e seu lápis mágico (2017);
  • Estamos Deslocados: Minha Viagem e Histórias de Meninas Refugiadas em Todo o Mundo (2019);
  • Longe de casa: Minha jornada e histórias de refugiadas pelo mundo (2019).

Malala Yousafzai é uma importante figura da atualidade e com uma grande relevância na luta pela educação em todo o mundo. Para conferir mais conteúdos sobre temas atuais que podem cair nos vestibulares e o Enem, fique ligado no blog do Hexag Medicina!

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