Primeira Guerra Mundial: o que provocou o conflito?
A Primeira Guerra Mundial foi um dos acontecimentos mais marcantes do século passado. Ocorreu entre 28 de julho de 1914 e 11 de novembro de 1918, data da rendição da Alemanha.
O assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono do Império Austro-Húngaro, é considerado como o estopim para o início do conflito. Continue lendo para entender melhor as causas desse conflito em escala global.
Primeira Guerra Mundial: conheça os antecedentes
O continente europeu vivenciava um clima de insegurança desde o final do século XIX. Essa tensão levou à criação de um sistema de alianças e acordos que dividiu a Europa em dois blocos com o objetivo de garantir proteção e apoio militar no caso de uma guerra eclodir.
Os grupos eram:
Tríplice Aliança
Constituído pelo: Império Alemão, Império Austro-Húngaro e Itália.
Tríplice Entente
Formada por: França, Reino Unido e Império Russo.
Principais causas da Primeira Guerra Mundial
A seguir você poderá conhecer com mais detalhes os principais fatores responsáveis pela eclosão da Primeira Guerra Mundial.
Estopim
No dia 28 de junho de 1914, o clima que já era tenso na Europa se tornou insustentável com o assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando – herdeiro do trono do Império Austro-Húngaro, e sua esposa.
Questões sociais
O grande progresso do sistema capitalista gerou uma série de problemas sociais. O proletariado urbano e os trabalhadores pobres estavam cada vez mais insurgentes em busca de conquistar direitos.
Imperialismo e colonialismo
No começo do século passado, o imperialismo e o colonialismo cresceram consideravelmente, haja vista o grande crescimento industrial. Esse cenário tornava ainda mais difícil conciliar os interesses políticos e econômicos das diferentes potências altamente industrializadas.
Expansionismo alemão
A Alemanha se tornou a maior potência industrial europeia e seu expansionismo passou a incomodar outras nações, como Inglaterra, França e Rússia.
Antigermanismo francês
Entre os anos de 1870 e 1871, ocorreu a Guerra Franco-Prussiana, na qual a França saiu derrotada. Como consequência, o país perdedor precisou entregar para a Alemanha as regiões da Alsácia e Lorena. A segunda era reconhecida por ser rica em minério de ferro. Essa derrota gerou um profundo sentimento de antigermanismo na França.
Rivalidade entre Rússia e Alemanha
Rússia e Alemanha desenvolveram uma grande rivalidade, pelo fato de que a última desejava construir uma estrada de ferro ligando Berlim a Bagdá. Essa estrada ligaria a Alemanha diretamente ao Oriente Médio, região rica em petróleo e detentora de um mercado consumidor bastante atraente, em que os russos tencionavam aumentar sua influência.
Antigermanismo inglês
A Inglaterra também desenvolveu um forte sentimento de antigermanismo. A Alemanha vinha crescendo exponencialmente no segmento industrial e isso ameaçava a hegemonia inglesa.
No começo do século passado, os produtos alemães já estavam concorrendo com os ingleses em mercados que até aquele momento eram somente da Inglaterra. A gota d’água foi quando os produtos alemães começaram a entrar na própria Inglaterra. Nesse momento, a burguesia inglesa decidiu que era o momento de parar o rival.
Contexto histórico da Primeiro Guerra Mundial
Uma década antes do conflito mundial ocorrer, a Península Balcânica se encontrava em constante conflito. O Império Austro-Húngaro era constituído por povos de nacionalidades distintas. Os detentores do poder temiam as ameaças recorrentes das manifestações nacionalistas promovidas pelas minorias étnicas, em especial eslavos do sul e tchecos.
Havia ainda o plano dos sérvios de formar a chamada Grande Sérvia que abrangeria a Bósnia e a Herzegovina, além dos povos eslavos que residiam nas regiões, então sob domínio austríaco. A Sérvia representava uma grande ameaça para os austro-húngaros que desejam eliminar esse problema.
Outra poderosa ameaça era representada pelo Império Russo, nação eslava que proclamava ter a missão de salvar os eslavos da dominação de turcos e austríacos. Como a Rússia tinha tratados de defesa e amizade com a Sérvia, era de se esperar a sua intervenção caso a segunda fosse atacada. O Império Russo pretendia, ainda, estabelecer monopólios comerciais nessa região por meio desse acordo.
A Áustria, em 1908, anexou a Bósnia e a Herzegovina, de forma a frustrar as pretensões da Sérvia. A região passou a estar constantemente em guerras internas, algo que contribuiu para acelerar a eclosão da guerra em 1914.
O Assassinato do Herdeiro do Trono e as engrenagens da Guerra
Em 1914, o herdeiro do trono austríaco e sua esposa foram assassinados. O Império Austro-Húngaro, então, exigiu fazer parte do tribunal que iria julgar o culpado, o estudante Gavrilo Princip. A Sérvia não aceitou essa condição e o Império declarou guerra ao país.
A partir dessa declaração de guerra, toda a complexa engrenagem dos tratados e acordos começou a girar. Apenas um ano depois do início do conflito e até mesmo as colônias europeias estariam dentro do conflito.
O atentado que tirou a vida do arquiduque e sua esposa funcionou como um pretexto para que a guerra, que já estava sendo ensaiada há algum tempo, eclodisse finalmente. Poderia ser um conflito restrito a duas nações, mas acabou se estendendo para o globo.
Essas foram as causas e antecedentes da Primeira Guerra Mundial. Para conferir mais conteúdos como este e dicas para o Enem e o vestibular, acesse outros posts do blog do Hexag Medicina!