O que é protocolo de Kyoto?
O Protocolo de Kyoto é um acordo internacional assinado em 1997, cujo objetivo é amenizar os impactos do aquecimento global no planeta. As medidas estabelecidas por esse acordo são essenciais para assegurar a saúde das gerações futuras. Continue lendo para saber mais sobre esse acordo.
O que é Protocolo de Kyoto?
Em 1997, os países integrantes da Organização das Nações Unidas (ONU) redigiram e assinaram um acordo internacional na cidade japonesa de Kyoto. O objetivo principal desse acordo é reduzir a emissão dos gases causadores do efeito estufa e do aquecimento global.
O Protocolo se mostrou necessário pelo fato de que o atual modelo de desenvolvimento industrial e de consumo vem causando sérios danos à biodiversidade. Esses danos têm gerado impactos consideráveis à qualidade de vida das espécies no planeta.
No Protocolo de Kyoto foram estabelecidas metas e compromissos pelos países com o objetivo de melhorar a qualidade do ar e reduzir os efeitos da emissão de gases poluentes. Um dos principais gases do efeito estufa é o dióxido de carbono (CO2).
Esse acordo foi proposto para os 38 países que mais emitem gases causadores do efeito estufa no planeta. Foram determinadas metas de redução não homogêneas e sugeridos níveis variados de reduções conforme cada realidade. Embora tenha sido aprovado em 1997, o Protocolo apenas entrou em vigor em 2005, quando a Rússia aderiu.
Objetivo do Protocolo de Kyoto
O principal objetivo desse acordo era que as nações participantes se comprometessem a reduzir as emissões dos gases do efeito estufa em 5,2% em relação aos índices de 1990. Houve discussões sobre como ajudar os países a atingir tal índice.
Dentre as possibilidades estão parcerias para realizar projetos ambientais, venda de créditos pelos países que menos poluem para os mais desenvolvidos, entre outros. Alguns tópicos relevantes abordados pelo acordo incluem:
– Aumento da eficiência energética em setores economicamente estratégicos;
– Maior proteção de florestas;
– Aumento da promoção da agricultura sustentável;
– Fomento para pesquisas sobre meios alternativos de geração de energia;
– Aumento de estudos sobre tecnologias seguras para o meio ambiente;
– Diminuição e eliminação dos incentivos fiscais, isenções tributárias e tarifárias para países que forem contrários aos objetivos do Protocolo de Kyoto.
Sugestões para os países mais poluentes
O Protocolo de Kyoto estabeleceu algumas iniciativas especiais para os 38 países que mais emitem gases do efeito estufa. Os países da União Europeia foram orientados para reduzir as suas emissões em 8%.
Os Estados Unidos receberam a meta de redução de 7% e o Japão de 6%. O Brasil, por ser um país em desenvolvimento, não recebeu metas da ONU. Outros países que se encontram nesse grupo são: Argentina, México, China e Índia.
Países que fizeram parte do Protocolo de Kyoto
Na reunião realizada em 1997, 85 países assinaram o Protocolo de Kyoto. Contudo, ele somente entrou em vigor em 2005 com a adesão da Rússia. Ao longo dos anos mais nações se mostraram favoráveis ao protocolo, o número chegou a 175. Contudo, o maior emissor, os Estados Unidos, não ratificou esse acordo.
O presidente norte-americano desse período era George Bush. Ele alegou que o combate das emissões seria feito através de medidas voluntárias das indústrias e inovações tecnológicas. Também afirmou que as medidas do acordo afetariam negativamente a economia.
O Protocolo de Kyoto, inicialmente, ficou assim:
Países que assinaram e aprovaram o acordo: Brasil, Peru, Argentina, algumas nações da União Europeia, Austrália, Tanzânia entre outros.
Países que assinaram, mas não ratificaram: Estados Unidos, Cazaquistão, Croácia entre outros.
Países que não assinaram e nem aprovaram: Chade, Afeganistão, Sérvia, Vaticano, São Tomé e Príncipe, Iraque e Taiwan.
Países isentos de posição: Mauritânia e Somália.
Os países que mais buscaram colocar essas medidas em prática foram os integrantes da União Europeia. Essas nações adotaram medidas ambientais efetivas como a multa para os motoristas que circulassem com veículos mais poluentes.
Além disso, os países da Europa são detentores da maior quantidade de certificados de redução da emissão de gás carbônico. Essas nações inclusive financiaram os Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL) que financiavam o desenvolvimento de projetos inovadores.
Protocolo de Kyoto: qual é a situação atual?
Aproximadamente duas décadas após ter entrado em vigor, o Protocolo de Kyoto, fez avanços consideravelmente tímidos. A problemática a longo prazo não foi solucionada.
Em 2012, as emissões de gases poluentes pelos países industrializados caíram 20% (cinco vezes mais do que a meta), porém, as emissões globais aumentaram para 38%. Precisamos destacar que o Protocolo de Kyoto representou um marco para o uso de energias renováveis, motivando o Encontro de Paris, em 2015.
Nesse encontro os países concordaram em limitar o aquecimento global a 2°C acima dos níveis pré-industriais. Contudo, esse índice não foi alcançado. O aquecimento global ainda gera muitos problemas ambientais para o planeta. Apesar de o Protocolo de Kyoto ter sido um avanço, ainda há muito para ser feito.
Agora você já sabe o que foi o Protocolo de Kyoto. Para conferir mais conteúdos como este e dicas para o Enem e o vestibular, acesse outros posts do blog do Hexag Medicina!