As teorias evolucionistas resultaram da observação de que os seres vivos poderiam ser agrupados de acordo com suas similaridades ou diferenças. Dessa forma, os organismos poderiam ser distinguidos uns dos outros e seria mais simples compreender a origem da vida. No artigo a seguir iremos apresentar as principais teorias da evolução. 

Conheça as principais teorias evolucionistas

A percepção de que era possível fazer agrupamentos de seres vivos conforme as suas semelhanças e diferenças deu origem às teorias evolucionistas, entre os séculos XVIII e XIX. Entre essas teorias podemos citar o criacionismo, o lamarckismo e o darwinismo, sendo a última a mais aceita cientificamente. 

No século XX, teve origem uma nova teoria que combinava o darwinismo com novos conceitos genéticos, o que recebeu o nome de neodarwinismo. Saiba mais sobre essas teorias abaixo. 

Criacionismo

A teoria criacionista prega que os organismos como animais e plantas surgiram devido à criação divina. O criacionismo crê que Deus criou tudo o que existe e que nenhuma característica seria alterada ao longo do tempo. Dessa forma, desde a criação até os dias atuais, os organismos não teriam mudado e permaneceriam sempre iguais. 

Lamarckismo

O naturalista Jean-Baptiste Lamarck percebeu, através de observação, que os organismos passavam por modificações no decorrer do tempo. Embora, atualmente, essa teoria seja considerada equivocada, ainda é bastante comentada em conversas informais de leigos. 

Para Lamarck, o uso intensivo de um órgão faria com que ele se desenvolvesse cada vez mais. E o oposto também poderia acontecer, ou seja, quanto menos um órgão fosse utilizado, mais ele seria atrofiado, podendo até mesmo sumir em uma espécie. Essa teoria recebeu o nome de Lei do Uso e Desuso.

As características desenvolvidas ou atrofiadas seriam então repassadas para os descendentes. Essa ideia recebeu o nome de Herança dos Caracteres Adquiridos. Nos dias de hoje, já sabemos que uma característica desenvolvida ou atrofiada somente poderia ser transmitida aos descendentes se estivesse contida nos genes desses organismos e, por consequência, nos seus gametas. 

Um exemplo de crença do lamarckismo é que as girafas esticaram seus pescoços para alcançar as árvores mais altas e isso fez com ficassem mais longos. Essa característica foi repassada para os seus filhos, que nasceram com o pescoço mais comprido. 

Darwinismo

Charles Darwin possui a alcunha de “pai da evolução”. Esse título é decorrente da sua grande descoberta que até hoje não foi refutada. Darwin observou que existiam modificações entre os organismos. Essa conclusão foi resultado das observações feitas por ele em terreno inglês e durante sua viagem à América do Sul, Nova Zelândia e Austrália.

O cientista encontrou fósseis de organismos semelhantes com os atuais, o que gerou questionamentos a respeito de um possível parentesco. Ele ainda notou que um mesmo tipo de animal apresentava algumas distinções conforme o ambiente em que estava inserido como, por exemplo, variações de bicos. 

Darwin considerou o conceito de seleção artificial, em que o homem selecionava e reproduzia os organismos com características melhores, e considerou que seria possível que a natureza fizesse o mesmo. Assim, foi delineado o conceito de seleção natural, em que a natureza selecionaria os organismos mais bem adaptados para sobreviver em determinadas condições. 

A Teoria da Seleção Natural se tornou a mais famosa entre as evolucionistas. Nela se considera que os indivíduos com características adaptadas ao ambiente teriam uma vantagem de sobrevivência. Ao sobreviver em maior número, se reproduziriam mais e, como consequência, passariam suas características para seus descendentes. Cada vez mais essas características apareceriam na população. 

Porém, havia questões que Darwin não conseguia responder:

– Como surgiam essas características?

– Como essas características eram passadas para os seus descendentes? 

Essas questões apenas tiveram resposta no século XX, com o conhecimento a respeito de genética, o que levou ao surgimento do Neodarwinismo.

Neodarwinismo – Teoria Sintética da Evolução

O Neodarwinismo é também conhecido como Teoria Sintética da Evolução e engloba a Seleção Natural de conhecimentos genéticos. Essa é uma versão mais completa da teoria evolucionista de Darwin e considera que as novas características ocorreriam devido a um “erro” genético que foi chamado de mutação.

A leitura do código genético na mutação é feita de forma errada e isso pode levar ao surgimento de uma característica distinta da original. A característica nova poderia trazer benefício, proporcionando a adaptação necessária para a sobrevivência ou ser prejudicial, podendo levar o organismo a óbito. 

Essas mudanças de características obtidas por mutação seriam repassadas para os descendentes somente se na reprodução sexuada os gametas também tivessem essas mudanças. Caso não ocorreram nos gametas, então os descendentes não receberiam essas características.

Sendo assim, essa teoria propõe algo diferente do que o lamarckismo. Afinal, não basta haver uma mudança para que ela seja repassada para os descendentes, ela deve estar nos genes. 

Essas são as principais teorias evolucionistas e a sua contribuição para o entendimento da vida.