Reinos Africanos: conheça todos eles
Ao longo da história, os reinos africanos se desenvolveram e se consolidaram historicamente pela sua relevância. Os egípcios, na região do Nilo, são apenas um dos exemplos das fantásticas narrativas relativas a esses reinos. Continue lendo para saber mais.
Quais são os reinos africanos?
Confira a seguir mais informações sobre os reinos africanos.
Império de Axum
Fundado no século II, o Império de Axum ocupava o território ao norte da atual Etiópia. No século IV, esse reino estabeleceu relações comerciais relevantes com o mundo árabe pelo Mar Vermelho. Os soberanos de maior destaque desse império adotaram o cristianismo. A conversão permitiu criar vínculos com regiões relevantes do planeta.
Economia do Império Axum
Dentre as principais atividades econômicas do Império Axum estão o cultivo de cereais como a cevada e o sorgo. As relações comerciais também tiveram papel essencial para esse império. Grandiosas construções arquitetônicas marcaram esse reino e representavam o seu poder.
Reino de Gana
O Reino de Gana se formou, a partir do século III da era cristã, numa área longe do litoral Atlântico e do deserto do Saara. Atualmente, esse território está concentrado nas regiões de Mali e da Mauritânia.
O comércio com pastores berberes do Saara foi amplamente desenvolvido, eles migravam para a região do Reino de Gana nos períodos de clima desfavorável. A domesticação dos camelôs teve papel essencial para a consolidação do comércio.
O povo de maior destaque dessa região, às margens dos rios Senegal e Níger, era os Soninquês. A formação do reino foi uma resposta aos ataques realizados por nômades que tentavam roubar os alimentos produzidos pela agricultura local. A base de sustentação desse reino foi o ouro.
Dentre as cidades de maior destaque estão:
- Kumbi Saleh (capital);
- Audagoste (importante centro comercial).
A cunhagem de moedas, para uso em transações comerciais, teve início a partir do ouro vendido para os comerciantes árabes.
Ápice do Reino de Gana
O ápice desse reino se deu entre os séculos VII e IX. Nesse período, atividades como extração de ouro e comércio de produtos como tecidos, sal, tâmaras e cavalos, estavam em alta. Esse comércio possibilitou a integração econômica do Reino de Gana com as regiões do norte da África, Sudão e Egito.
O fim do Reino de Gana
A sublevação dos povos dominados e a redução da produção de ouro levaram à desestruturação do Reino de Gana. O território passou então a ser dominado pelo Reino de Mali.
Reino de Mali
Entre os séculos XIII e XIV, o Reino de Mali surgiu e se consolidou. Esse reino desenvolveu-se na região em que atualmente estão a República de Mali, Guiné e Senegal. Chamados de “Mansas”, os reis de Mali dominavam o território da Bacia do Rio Mídia.
O comércio com outros povos da região se tornou mais intenso, principalmente os árabes do norte do continente. Sundiata Keita fundou o Reino de Mali e transformou a cidade de Niani no principal centro do seu reino.
Nesse período, outras cidades ganharam destaque no território Mali. Um dos destaques foi a cidade de Tombuctu que se tornou um centro cultural relevante pelas suas grandes bibliotecas e mesquitas ricamente ornamentadas. Essa cidade era uma atração para artistas e intelectuais de diferentes regiões.
Ápice do Reino de Mali
O reinado de Mansa Musa marcou o apogeu desse reino, foi o período em que houve a expansão das fronteiras territoriais. Para se ter uma ideia, Mali ocupou regiões da costa do Atlântico até o Rio Níger.
Há diversas lendas a respeito das grandezas desse rei que desenvolveu o comércio com os árabes e o contato com os povos muçulmanos. Em 1315, Mansa Musa organizou uma peregrinação suntuosa à cidade de Meca.
O fim do Reino de Mali
O Reino de Mali entrou em declínio após a morte de Mansa Musa. Os seus sucessores não conseguiram manter o controle de um território tão amplo. As províncias de Mali passaram a ser dominadas então pelo povo do reino de Songhai.
Império Songhai
O Império Songhai abrangia os territórios da costa do Atlântico até os territórios entre o lago Chade e o Rio Níger. Sonni Ali Ber, o Grande, foi o fundador desse reino perante o declínio de Mali, no século XV. A capital política do império ficava na cidade de Gao.
Sonni Ali Ber liderou a conquista da cidade de Tombuctu, em 1468, e de Djenné, em 1473. O território sob o domínio Songhai, aumentou mais de 2.000 quilômetros, com o governo dos sucessores de Ali Ber. As conquistas incluíram desde Tehazza até o país dos Mossi, além de Agades a Tekrur.
Estrutura política do Império Songhai
No Império Songhai, a estrutura política girava em torno do imperador, o responsável por controlar a corte do império. Havia uma tradição, segundo a qual, todos que se aproximassem do líder supremo deveriam cobrir sua cabeça de pó. Nem um cuspe do imperador poderia tocar o chão, um dos seus 700 acompanhantes deveria apanhar.
Economia do Império Songhai
Nesse império, a economia estava baseada no trabalho escravo. Estima-se que uma terra com 200 escravos produzisse cerca de 250 toneladas de arroz anualmente. A referência monetária mais utilizada nesse período era o ouro e o sal. Contudo, a moeda principal era o caules, tipo de moluscos, usados da África à China, até meados do século XIX.
Organização urbana
Havia inúmeros núcleos urbanos que funcionavam como centros religiosos e de estudos. Nas áreas de domínio islâmico a educação era intensa. Acredita-se que a Universidade de Sankore abrigava em torno de 25 mil estudantes, no século XII.
Queda do Império Songhai
O Império Songhai passou a ser oprimido pelos estados muçulmanos, como o reino do Marrocos, por volta do século XVI. Esses estados tinham como objetivo as minas de sal e ouro. A decadência da região foi amplificada pela busca europeia por escravos e riquezas na costa africana.
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