Quem foi Cora Coralina?
Cora Coralina se tornou um dos nomes mais relevantes da literatura brasileira contemporânea. Reconhecida por escrever sobre as coisas simples, foi poetisa e contista. No artigo a seguir você poderá conhecer mais sobre a história da escritora.
Quem foi Cora Coralina?
Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, mais conhecida como Cora Coralina, nasceu em Cidade de Goiás, no dia 20 de agosto de 1889. Seus pais eram Francisco de Paula Lins dos Guimarães Peixoto e Jacyntha Luiza do Couto Brandão. Quando Ana tinha apenas um mês de vida, ficou órfã de pai.
A escola primária foi cursada na Escola da Mestre Silvina. Em 1900, a família da escritora se mudou para a cidade de Mossâmedes. A escrita entrou na vida de Ana durante a sua adolescência. Ela começou a participar de ciclos literários.
Contudo, a sua primeira obra, “Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais”, foi publicada somente quando ela tinha 76 anos. Ao longo de sua vida, Ana foi doceira.
A paixão pela escrita
Embora tenha sido doceira por um longo período de sua vida, Ana, sempre foi apaixonada pela escrita. Quando tinha apenas 19 anos, em 1907, criou junto suas amigas Rosa Godinho, Leodegária de Jesus e Alice Santana, um jornal de poemas femininos intitulado como “A Rosa”.
Foi a partir desse momento que Ana assumiu o pseudônimo de Cora Coralina e passou a escrever contos e crônicas. O nome Cora foi escolhido por ser um derivativo de coração.
Por sua vez, Coralina foi adicionado para trazer mais sonoridade. Nesse mesmo ano de 1907, Cora assumiu o cargo de vice-presidente do gabinete literário goiano. O conto “Tragédia na Roça”, foi publicado em 1910.
Casamento e a vida em São Paulo
Cora conheceu o advogado Cantídio Tolentino de Figueiredo Bretas e os dois foram viver no Estado de São Paulo. O casamento aconteceu em 1925 e o casal teve seis filhos. Dois dos filhos, infelizmente, faleceram. O matrimônio afastou Cora por 45 anos de Goiás.
Cora participou da Revolução Constitucionalista em São Paulo, em 1932. Dois anos depois, em 1934, o seu marido faleceu na cidade de Palmital, interior de São Paulo. Morando então na capital paulista, Cora conheceu o editor José Olympio e passou a vender livros.
Cora mudou-se para a cidade de Penápolis em 1936. Algum tempo depois, ela se mudou para Andradina, também interior de São Paulo. Nessa cidade abriu uma loja de tecidos e começou a escrever para o jornal local. Em 1951, se candidatou a vereadora. Depois de cinco anos decidiu retornar para sua cidade natal e passou a trabalhar como doceira.
Sucesso
Cora Coralina tomou posse da cadeira número 5 da Academia Feminina de Letras e Artes de Goiás, em 1970. Em 1981, recebeu o Troféu Jaburu por meio do Conselho Estadual de Cultura de Goiás. Recebeu o Prêmio de Poesia em São Paulo, em 1982.
Cora Coralina recebeu o título de Doutora Honoris Causa pela Universidade de Goiás. Recebeu o Troféu Juca Pato em 1984, inclusive, foi a primeira escritora do Brasil a ser agraciada com esse prêmio.
Ainda nesse ano, ingressou na Academia Goiana de Letras, onde ocupou a cadeira número 38. Cora Coralina faleceu aos 95 anos, em Goiânia, no dia 10 de abril de 1985, em decorrência de pneumonia.
Museu Cora Coralina
A casa onde a autora viveu seus últimos anos de vida se tornou o Museu Cora Coralina. A moradia recebeu o reconhecimento UNESCO como Patrimônio Histórico da Humanidade em 2001.
A obra de Cora Coralina
O tema mais trabalhado por Cora Coralina em suas obras é com certeza o cotidiano. Apesar de ter se tornado conhecida por sua poesia, Cora também escreveu literatura infantil e contos.
Confira abaixo a lista de obras publicadas da escritora:
– “Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais” (1965)
– “Meu Livro de Cordel” (1976)
– “Vintém de Cobre – Meias confissões de Aninha” (1983)
– “Estórias da Casa Velha da Ponte” (1985)
– “Meninos Verdes” (1986)
– “Tesouro da Casa Velha” (1996)
– “A Moeda de Ouro que o Pato Engoliu” (1999)
– “Vila Boa de Goiás” (2001)
– “O Prato Azul-Pombinho” (2002)
A poesia é a base da obra da escritora Cora Coralina.
Frases conhecidas de Cora Coralina
Para conhecer mais sobre o trabalho de Cora Coralina, é interessante conhecer algumas das suas frases mais famosas:
“O saber se aprende com os mestres. A sabedoria, só com o corriqueiro da vida.”
“Fiz a escalada da montanha da vida removendo pedras e plantando flores.”
“Nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas.”
“O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher.”
“Estamos todos matriculados na escola da vida, onde o mestre é o tempo.”
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