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12/01/2023 Literatura

Quem foi Graciliano Ramos?

Escrito por Hexag Educacional @hexagmedicina
Quem foi Graciliano Ramos?

O escritor e jornalista brasileiro Graciliano Ramos (1892-1953) foi um dos nomes mais importantes da segunda fase do modernismo chamada de fase de consolidação (1930-1945). Autor de “Vidas secas”, tem grande relevância para a literatura nacional como um todo. Continue lendo para saber mais sobre a sua vida. 

Entenda quem foi Graciliano Ramos

Graciliano Ramos de Oliveira era filho de Sebastião Ramos de Oliveira e Maria Amélia Ferro Ramos. Ele nasceu no dia 27 de outubro de 1892, em Quebrângulo, município de Alagoas. Graciliano era o mais velho de 16 irmãos, sua família era de classe média. 

O escritor viveu em diferentes cidades nordestinas como Viçosa, Palmeira dos Índios e Maceió em Alagoas e Buíque em Pernambuco. Os pais de Graciliano eram muito rigorosos e frios, algo que marcou a sua infância e gerou uma série de dificuldades. 

Em 1904, Ramos estudou no Internato em Viçosa. Foi nessa escola em que ele publicou a sua primeira obra, o conto “O Pequeno Pedinte” no jornal “O Dilúculo”. Em 1905, ele se mudou para a capital alagoana, Maceió, onde se matriculou no Colégio Interno Quinze de Março.

A literatura e a mudança para o Rio de Janeiro

Nesse período, ele descobriu a sua aptidão e identificação com a língua e a literatura. Ao concluir o segundo grau, no ano de 1914, mudou-se para o Rio de Janeiro. Na então capital do país, trabalhou como revisor em jornais como “Correio da Manhã”, “A Tarde” e “O Século”. 

Em 1915, Graciliano se casou com Maria Augusta Barros com quem teve quatro filhos. Infelizmente, Maria faleceu alguns anos mais tarde. Além da carreira literária, Ramos também enveredou pela política.

Graciliano Ramos na política 

O escritor atuou também como político. Em 1928, foi eleito prefeito da cidade de Palmeira dos Índios, ocupando o cargo até 1930. A partir de 1930, assumiu o cargo de diretor da Imprensa Oficial e da Instrução Pública de Alagoas. Mudou-se para Maceió.

Em 1936, o escritor se casou com Heloísa Leite de Medeiros. O casal teve quatro filhos: Ricardo, Roberto, Clara e Luísa. Ramos se filiou ao partido comunista, motivo pelo qual foi preso. 

Dono de uma personalidade ácida, ele chegou a declarar sentir falta dos amigos que deixou na Colônia Correcional. Em 20 de março de 1953, Graciliano Ramos faleceu na cidade do Rio de Janeiro em decorrência de um câncer de pulmão. 

Principais obras de Graciliano Ramos

Ao longo de sua carreira de escritor, Graciliano Ramos escreveu crônicas, contos, romances e livros infanto-juvenis. Para o autor todo tipo de romance é social, até mesmo aqueles conhecidos como “torre de marfim”. Sobre isso ele alegava ser um tipo de luta social tentar afastar as pessoas dos seus problemas. 

Confira a seguir as principais obras da carreira de Graciliano Ramos:

– Caetés (1933); 

– Vidas Secas (1938); 

– São Bernardo (1934); 

– Angústia (1936);

– A Terra dos Meninos Pelados (1939);

– Brandão Entre o Mar e o Amor (1942); 

– Histórias de Alexandre (1944); 

– Infância (1945); 

– Histórias incompletas (1946); 

– Insônia (1947).

Confira algumas obras de Graciliano Ramos que foram publicadas postumamente: 

– Memórias do Cárcere (1953); 

– Viagem (1954); 

– Linhas Tortas (1962); 

– Viventes das Alagoas (1962); 

– Alexandre e outros Heróis (1962); 

– Cartas (1980); 

– O Estribo de Prata (1984); 

– Cartas a Heloísa (1992). 

As primeiras obras de Graciliano Ramos

A estreia de Graciliano Ramos na literatura aconteceu em 1933 com o livro “Caetés”. Nesse período tinha contato com outros escritores, como Rachel de Queiroz, José Lins do Rego e Jorge Amado. No ano seguinte, em 1934 publicou seu segundo livro “São Bernardo” e em 1936 publicou “Angústia”.

Em 1936, Ramos foi preso sob a acusação de ser comunista. Permaneceu encarcerado por nove meses e foi solto por não haver provas contra ele. Em 1938, publicou a obra considerada a mais importante da sua carreira, “Vidas secas”. 

Vidas Secas

Quando ouvimos o nome Graciliano Ramos é natural pensar logo no romance “Vidas secas” de 1938. Essa que se tornou sua obra mais emblemática é um romance documental. 

A trama retrata a vida de uma família de retirantes que se desloca em busca de uma vida melhor com sua cachorra e seu papagaio. A obra apresenta a figura do sertanejo dando ênfase para temas difíceis como a miséria e a seca que assolam o Nordeste brasileiro. 

Algumas curiosidades sobre Graciliano Ramos

A seguir você pode conhecer algumas curiosidades sobre o escritor Graciliano Ramos. 

– Graciliano não fez nenhum curso superior. 

– Já foram feitas adaptações cinematográficas de algumas obras de Ramos como “Vidas secas”, “São Bernardo” e “Memórias do Cárcere”. 

– Foi Heloísa, a esposa de Graciliano Ramos, quem entregou a obra “Angústia” à editora José Olympio para a publicação. O autor já estava preso nesse período. O livro foi publicado em 1936.

Gostou de saber mais sobre a vida e a obra de Graciliano Ramos? Para conferir mais conteúdos como este e dicas para o Enem e o vestibular, acesse outros posts do blog do Hexag Medicina!

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