As obras de Agatha Christie tornaram-se referência em termos de romance policial, tanto que a autora é conhecida pela alcunha de “Rainha do Crime”. As tramas de Agatha se caracterizam por serem elaboradas e apresentarem desfechos impressionantes. Continue lendo e confira quais são as obras mais marcantes da autora.

Conheça as principais obras de Agatha Christie

Agatha Christie (1890-1976) eternizou seu nome na literatura ao escrever romances policiais com mistérios complexos e capazes de envolver os leitores do início ao fim. Seu primeiro livro, intitulado “O misterioso caso de Styles”, foi escrito em 1916 em resposta a um desafio. 

A irmã de Agatha duvidou que ela conseguiria criar uma história de mistério difícil de ser decifrada. Nesse livro, Agatha nos brinda com o seu personagem mais famoso, o detetive belga Hercule Poirot. Contudo, o sucesso da autora se estende muito além do pomposo belga. Confira as obras mais marcantes de Agatha Christie. 

“Assassinato no Expresso do Oriente” (1934)

Esse é o romance mais famoso de Agatha Christie, inclusive ele já recebeu adaptações para o cinema e o teatro. Hercule Poirot está a bordo de um trem de luxo responsável por percorrer a rota Istambul-Paris quando é surpreendido por um assassinato. 

A vítima, um homem norte-americano com motivos para ser odiado por várias pessoas, foi morto a facadas. Como a trama se desenvolve em um ambiente fechado, o trem ganha um toque ainda mais interessante. A inspiração desse romance nasceu quando Agatha ficou presa, em 1931, no Expresso do Oriente devido a uma inundação.

“Os crimes ABC” (1936)

Uma das tramas que mais deu trabalho para o detetive belga Hercule Poirot. Nessa história, um assassino em série escolhe suas vítimas e cidades dos crimes seguindo a ordem alfabética. Ao lado dos corpos, há sempre um guia de trens (o ABC da Grã-Bretanha).

Para aumentar o desafio, o assassino sempre envia a Poirot uma carta avisando qual será o dia e o horário em que fará sua nova vítima. A obra foi adaptada recentemente para uma minissérie em quatro episódios pela BBC, nela, John Malkovich interpreta o detetive. 

“Morte no Nilo” (1937)

Uma das histórias mais impressionantes de Agatha Christie se passa a bordo do cruzeiro Karnak. Mais um caso de Hercule Poirot que precisa desvendar o mistério para dar fim a uma sequência de mortes durante as suas férias.

A primeira vítima é Linnet Ridgeway, uma jovem rica e bonita, que se casou recentemente com o ex-namorado de uma antiga amiga. A ex-namorada do viúvo, que está a bordo, é uma das principais suspeitas. Mas, será que tudo é o que parece? Essa é uma pergunta que cabe a Poirot responder. 

O livro “Morte no Nilo” recebeu duas adaptações para o cinema, a primeira em 1979 e a segunda em 2019. Agatha teve a ideia dessa trama durante uma viagem que fez ao lado do marido, o arqueólogo Max Mallowan, para o Egito. 

“E não sobrou nenhum” (1939)

O que pode dar errado quando dez desconhecidos são reunidos em uma ilha inglesa, sem comunicação com o mundo externo, por um anfitrião misterioso? Nessa instigante obra de Agatha Christie, os convidados vão sendo assassinados, um a um, seguindo a lógica de uma canção infantil.

Os sobreviventes precisam tentar descobrir qual deles é a próxima vítima e quem é o assassino frio e calculista que planejou tudo. A obra foi adaptada para o cinema em 1945 sob o nome de “O vingador invisível” e para a televisão, em 2016, pelo canal BBC com o título “And then there were none”. 

“Os cinco porquinhos” (1941)

A jovem Carla procura Hercule Poirot com um pedido inusitado: provar a inocência de sua mãe, Caroline Crale, que já é falecida. Caroline foi condenada pela morte do marido, pai de Carla. Porém, deixou uma carta para a filha alegando sua inocência.

Para desvendar esse mistério, Poirot precisa viajar para o passado e descobrir o que aconteceu com cinco potenciais suspeitos. Se descobrir o que cada um dos cinco “porquinhos” estavam fazendo no momento do crime, o detetive poderá dar uma resposta para Carla. 

“Um corpo na biblioteca” (1942)

Hercule Poirot não é o único detetive criado por Agatha Christie, outra personagem que ganhou grande destaque nas obras da autora é a simpática velhinha “intrometida” Jane Marple. 

Quando o casal coronel Bantry e Dolly se depara com o corpo de uma desconhecida em sua biblioteca, não tem dúvidas sobre a quem pedir ajuda. Além de informar a polícia, eles chamam a sua vizinha, Miss Marple, para desvendar o mistério. 

Cabe à senhora mais famosa de Saint Mary Mead descobrir quem era a jovem estrangulada, porque o crime foi cometido e como o corpo foi parar na biblioteca dos Bantry. Essa história foi adaptada para a televisão, em 2004, no formato de minissérie. 

“A casa torta” (1948)

Esse é um dos livros favoritos da própria Agatha Christie e sua história começa com o assassinato do rico Aristides Leonides. O milionário falece vitimado por uma injeção letal em sua própria casa, cercado apenas pelos familiares. Qual deles seria capaz de dar fim a vida do octogenário? O final costuma chocar os leitores. 

“Punição para a inocência” (1958)

A história começa com um crime já desvendado, o assassinato da milionária Rachel Argyle por um de seus filhos adotivos, Jacko. No entanto, após Jacko, já condenado à prisão perpétua, falecer na prisão, surge uma testemunha que pode inocentá-lo.

Mas, se Jacko era inocente, então o verdadeiro assassino ainda está a solta e pode ser instigado a cometer novos crimes. Essa é uma das tramas de Agatha Christie que mais explora as relações entre os personagens. Esse livro foi adaptado para o cinema em 1985 e em 2019 foi transformado em minissérie pela BBC. 

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