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06/12/2023 Literatura

Romantismo: a expressão do eu lírico e a nacionalidade

Escrito por Hexag Educacional @hexagmedicina
Romantismo: a expressão do eu lírico e a nacionalidade

O romantismo é um movimento artístico em que prevalece a expressão do Eu Lírico e da nacionalidade. Embora tenha surgido na Alemanha tem como sua principal inspiração a Revolução Francesa. Continue lendo para saber mais. 

Tudo sobre o Romantismo e a expressão do eu lírico e a nacionalidade

A Revolução Francesa (1789-1799) foi o marco histórico do nascimento do romantismo. Foi a partir dela que a burguesia conquistou grande poder político e começou a decadência da aristocracia. A estética romântica tem características burguesas uma vez que reflete os ideais e costumes dessa classe. 

O lema da revolução, “Liberdade, igualdade e fraternidade”, inspirou os artistas desse movimento. Muitas obras românticas têm como foco a liberdade de pensamento, de comportamento e de amar. Contudo, esse conceito de liberdade era oposto ao conservadorismo burguês. 

O começo do século XIX foi marcado pelo esforço de Napoleão Bonaparte (1769-1821) em expandir o império francês. O sentimento de nacionalidade – uma das principais características do romantismo – se fortaleceu em países como a Alemanha. 

Conheça as principais características do romantismo

  • Subjetividade;
  • Expressão de fortes emoções;
  • Sentimentalismo exacerbado; 
  • Grande uso de adjetivação;
  • Uso de exclamações;
  • Valorização da liberdade e do nacionalismo; 
  • Idealização da mulher e do amor;
  • Expressão do sofrimento amoroso;
  • Uso de elementos bucólicos;
  • Visão teocêntrica;
  • Valorização da fé, coragem e amor;
  • Fuga da realidade. 

Romantismo em Portugal

O romantismo em Portugal pode ser dividido em três fases:

  • Primeira fase (1825-1840) – marcada pelo nacionalismo;
  • Segunda fase (1840-1860) – tem caráter ultrarromântico, sentimentalismo exacerbado, pessimismo e melancolia;
  • Terceira fase (1860-1870) – essa fase é pré-realista e apresenta forte temática social, menos idealização e crítica social e política. 

Autores do romantismo em Portugal

  • Almeida Garrett (1799-1854);
  • António Feliciano de Castilho (1800-1875);
  • Alexandre Herculano (1810-1877);
  • Camilo Castelo Branco (1825-1890);
  • Soares de Passos (1826-1860);
  • João de Deus (1830-1896);
  • Júlio Dinis (1839-1871);
  • Antero de Quental (1842-1891). 

Principais obras do romantismo em Portugal

Almeida Garrett: 

  • Camões (1825) – poesias; 
  • Um auto de Gil Vicente (1838) – peça teatral; 
  • O Alfageme de Santarém (1842) – peça teatral;
  • Frei Luís de Sousa (1843) – peça teatral. 

António Feliciano de Castilho: 

  • A noite do castelo e Os ciúmes do bardo (1836) – poesias. 

Alexandre Herculano: 

  • A crente na liberdade (1838) – peça teatral; 
  • A harpa do crente (1838) – poesias;
  • Os infantes em Ceuta (1842) – peça teatral;
  • Eurico, o presbítero (1844) – romance;

Soares de Passos: 

  • Poesias (1856) – poesias;

Júlio Dinis: 

  • Um rei popular (1858) – peça teatral;
  • Um segredo de família (1860) – peça teatral;
  • As pupilas do Senhor Reitor (1867) – romance. 

Camilo Castelo Branco: 

  • O morgado de Fafe em Lisboa (1861) – peça teatral;
  • Amor de perdição (1862) – romance;
  • Coração, cabeça e estômago (1862), romance. 

Antero de Quental: 

  • Odes modernas (1865). 

João de Deus: 

  • Flores do campo (1868) – poesias. 

Romantismo no Brasil

Poesia

No Brasil, a poesia romântica está dividida em três fases:

  • Primeira geração (1836-1853) – indianista e nacionalista;
  • Segunda geração (1853-1870) – ultrarromântica e pessimista;
  • Terceira geração (1870-1881) – forte crítica sociopolítica e visão menos idealizada da realidade. 

Prosa 

Na prosa, o romantismo no Brasil conta com: 

  • Romance indianista – com caráter nacionalista e histórico;
  • Romance urbano – retrata o estilo de vida burguês na cidade do Rio de Janeiro;
  • Romance regionalista – foca em personagens e costumes do interior do país. 

Teatro

A produção teatral foi marcada pela crítica, ironia e elementos históricos. 

Autores do romantismo no Brasil

  • Gonçalves de Magalhães (1811-1882);
  • Joaquim Manuel de Macedo (1820-1882);
  • Maria Firmina dos Reis (1822-1917);
  • Gonçalves Dias (1823-1864);
  • Bernardo Guimarães (1825-1884);
  • José de Alencar (1829-1877);
  • Manuel Antônio de Almeida (1830-1861);
  • Álvares de Azevedo (1831-1852);
  • Sousândrade (1833-1902);
  • Casimiro de Abreu (1839-1860);
  • Fagundes Varela (1841-1875);
  • Franklin Távora (1842-1888);
  • Visconde de Taunay (1843-1899);
  • Castro Alves (1847-1871). 

Obras do romantismo no Brasil

Gonçalves de Magalhães:

  • Suspiros poéticos e saudades (1836) – poesias. 

Joaquim Manuel de Macedo:

  • A moreninha (1844) – romance;
  • A luneta mágica (1869) – romance. 

Gonçalves Dias: 

  • Últimos cantos (1851) – poesias; 
  • Os timbiras (1857) – poema épico. 

Álvares de Azevedo

  • Lira dos vinte anos (1853) – poesias
  • Macário (1855) – peça teatral. 

Martins Pena: 

  • O noviço (1853) – peça teatral. 

Manuel Antônio de Almeida:

  • Memórias de um sargento de milícias (1854) – romance.

José de Alencar:

  • O demônio familiar (1857), – peça teatral; 
  • O guarani (1857) – romance; 
  • Lucíola (1862) – romance; 
  • Iracema (1865) – romance; 
  • Ubirajara (1874) – romance; 
  • Senhora (1875) – romance.

Sousândrade: 

  • O guesa errante (1858) – poema épico. 

Maria Firmina dos Reis: 

  • Úrsula (1859) – romance.

Casimiro de Abreu: 

  • As primaveras (1859) – poesias.

Fagundes Varela: 

  • Vozes da América (1864) – poesias;
  • Cantos e fantasias (1865) – poesias. 

Visconde de Taunay: 

  • Inocência (1872) – romance.

Bernardo Guimarães: 

  • A escrava Isaura (1875) – romance. 

Franklin Távora: 

  • O Cabeleira (1876), – romance. 

Castro Alves: 

  • Gonzaga ou A revolução de Minas (1867) – peça teatral; 
  • Espumas flutuantes (1870) – poesias;
  • Os escravos (1883) – poesias.

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