Romantismo: a expressão do eu lírico e a nacionalidade
O romantismo é um movimento artístico em que prevalece a expressão do Eu Lírico e da nacionalidade. Embora tenha surgido na Alemanha tem como sua principal inspiração a Revolução Francesa. Continue lendo para saber mais.
Tudo sobre o Romantismo e a expressão do eu lírico e a nacionalidade
A Revolução Francesa (1789-1799) foi o marco histórico do nascimento do romantismo. Foi a partir dela que a burguesia conquistou grande poder político e começou a decadência da aristocracia. A estética romântica tem características burguesas uma vez que reflete os ideais e costumes dessa classe.
O lema da revolução, “Liberdade, igualdade e fraternidade”, inspirou os artistas desse movimento. Muitas obras românticas têm como foco a liberdade de pensamento, de comportamento e de amar. Contudo, esse conceito de liberdade era oposto ao conservadorismo burguês.
O começo do século XIX foi marcado pelo esforço de Napoleão Bonaparte (1769-1821) em expandir o império francês. O sentimento de nacionalidade – uma das principais características do romantismo – se fortaleceu em países como a Alemanha.
Conheça as principais características do romantismo
- Subjetividade;
- Expressão de fortes emoções;
- Sentimentalismo exacerbado;
- Grande uso de adjetivação;
- Uso de exclamações;
- Valorização da liberdade e do nacionalismo;
- Idealização da mulher e do amor;
- Expressão do sofrimento amoroso;
- Uso de elementos bucólicos;
- Visão teocêntrica;
- Valorização da fé, coragem e amor;
- Fuga da realidade.
Romantismo em Portugal
O romantismo em Portugal pode ser dividido em três fases:
- Primeira fase (1825-1840) – marcada pelo nacionalismo;
- Segunda fase (1840-1860) – tem caráter ultrarromântico, sentimentalismo exacerbado, pessimismo e melancolia;
- Terceira fase (1860-1870) – essa fase é pré-realista e apresenta forte temática social, menos idealização e crítica social e política.
Autores do romantismo em Portugal
- Almeida Garrett (1799-1854);
- António Feliciano de Castilho (1800-1875);
- Alexandre Herculano (1810-1877);
- Camilo Castelo Branco (1825-1890);
- Soares de Passos (1826-1860);
- João de Deus (1830-1896);
- Júlio Dinis (1839-1871);
- Antero de Quental (1842-1891).
Principais obras do romantismo em Portugal
Almeida Garrett:
- Camões (1825) – poesias;
- Um auto de Gil Vicente (1838) – peça teatral;
- O Alfageme de Santarém (1842) – peça teatral;
- Frei Luís de Sousa (1843) – peça teatral.
António Feliciano de Castilho:
- A noite do castelo e Os ciúmes do bardo (1836) – poesias.
Alexandre Herculano:
- A crente na liberdade (1838) – peça teatral;
- A harpa do crente (1838) – poesias;
- Os infantes em Ceuta (1842) – peça teatral;
- Eurico, o presbítero (1844) – romance;
Soares de Passos:
- Poesias (1856) – poesias;
Júlio Dinis:
- Um rei popular (1858) – peça teatral;
- Um segredo de família (1860) – peça teatral;
- As pupilas do Senhor Reitor (1867) – romance.
Camilo Castelo Branco:
- O morgado de Fafe em Lisboa (1861) – peça teatral;
- Amor de perdição (1862) – romance;
- Coração, cabeça e estômago (1862), romance.
Antero de Quental:
- Odes modernas (1865).
João de Deus:
- Flores do campo (1868) – poesias.
Romantismo no Brasil
Poesia
No Brasil, a poesia romântica está dividida em três fases:
- Primeira geração (1836-1853) – indianista e nacionalista;
- Segunda geração (1853-1870) – ultrarromântica e pessimista;
- Terceira geração (1870-1881) – forte crítica sociopolítica e visão menos idealizada da realidade.
Prosa
Na prosa, o romantismo no Brasil conta com:
- Romance indianista – com caráter nacionalista e histórico;
- Romance urbano – retrata o estilo de vida burguês na cidade do Rio de Janeiro;
- Romance regionalista – foca em personagens e costumes do interior do país.
Teatro
A produção teatral foi marcada pela crítica, ironia e elementos históricos.
Autores do romantismo no Brasil
- Gonçalves de Magalhães (1811-1882);
- Joaquim Manuel de Macedo (1820-1882);
- Maria Firmina dos Reis (1822-1917);
- Gonçalves Dias (1823-1864);
- Bernardo Guimarães (1825-1884);
- José de Alencar (1829-1877);
- Manuel Antônio de Almeida (1830-1861);
- Álvares de Azevedo (1831-1852);
- Sousândrade (1833-1902);
- Casimiro de Abreu (1839-1860);
- Fagundes Varela (1841-1875);
- Franklin Távora (1842-1888);
- Visconde de Taunay (1843-1899);
- Castro Alves (1847-1871).
Obras do romantismo no Brasil
Gonçalves de Magalhães:
- Suspiros poéticos e saudades (1836) – poesias.
Joaquim Manuel de Macedo:
- A moreninha (1844) – romance;
- A luneta mágica (1869) – romance.
Gonçalves Dias:
- Últimos cantos (1851) – poesias;
- Os timbiras (1857) – poema épico.
Álvares de Azevedo
- Lira dos vinte anos (1853) – poesias;
- Macário (1855) – peça teatral.
Martins Pena:
- O noviço (1853) – peça teatral.
Manuel Antônio de Almeida:
- Memórias de um sargento de milícias (1854) – romance.
José de Alencar:
- O demônio familiar (1857), – peça teatral;
- O guarani (1857) – romance;
- Lucíola (1862) – romance;
- Iracema (1865) – romance;
- Ubirajara (1874) – romance;
- Senhora (1875) – romance.
Sousândrade:
- O guesa errante (1858) – poema épico.
Maria Firmina dos Reis:
- Úrsula (1859) – romance.
Casimiro de Abreu:
- As primaveras (1859) – poesias.
Fagundes Varela:
- Vozes da América (1864) – poesias;
- Cantos e fantasias (1865) – poesias.
Visconde de Taunay:
- Inocência (1872) – romance.
Bernardo Guimarães:
- A escrava Isaura (1875) – romance.
Franklin Távora:
- O Cabeleira (1876), – romance.
Castro Alves:
- Gonzaga ou A revolução de Minas (1867) – peça teatral;
- Espumas flutuantes (1870) – poesias;
- Os escravos (1883) – poesias.
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