Vinicius de Moraes: saiba mais sobre o famoso autor de “Garota de Ipanema”
O poeta, cantor e compositor de bossa-nova, Vinicius de Moraes, faz parte da segunda geração do modernismo brasileiro. É mundialmente conhecido como o autor da canção “Garota de Ipanema”. Continue lendo para saber mais sobre sua biografia.
Quem foi Vinicius de Moraes?
Nascido em 19 de outubro de 1913, na cidade do Rio de Janeiro, Vinicius de Moraes se tornou um dos grandes nomes da música brasileira. Cursou a faculdade de Direito e atuou como diplomata. Em paralelo foi autor de poesias, peças de teatro, crônicas e um dos criadores da bossa-nova.
Ao longo de sua carreira musical, Vinicius de Moraes escreveu músicas em parcerias com nomes como Tom Jobim e Toquinho. Em 09 de julho de 1980, o poeta faleceu, no Rio de Janeiro.
Integrante da segunda geração do modernismo brasileiro, o trabalho do poeta apresenta temática amorosa, elementos do dia a dia e traços simbolistas. A parte mais conhecida do trabalho artístico de Vinicius de Moraes são as suas canções como “Eu sei que vou te amar” e “Chega de saudade”.
Biografia de Vinicius de Moraes
O poeta nasceu no Rio de Janeiro, em 1913 e com apenas quatro anos de idade iniciou os seus estudos na escola Afrânio Peixoto. Em 1920, Vinicius de Moraes foi batizado na maçonaria, por desejo de seu avô materno.
A família do artista morou em diferentes endereços do bairro de Botafogo durante sua infância. Porém, em 1922, se mudaram para a Ilha do Governador, Zona Norte do Rio de Janeiro. Passados dois anos, o artista iniciou o seu curso secundário no Colégio Santo Inácio, em Botafogo. Nessa fase ele passou a morar com os avós paternos.
Faculdade de Direito e a escrita
Quando terminou o curso secundário, em 1929, Vinicius de Moraes voltou a morar com seus pais, agora no Jardim Botânico. Em 1930, o poeta iniciou os estudos na Faculdade de Direito. Formou-se em 1933, mesmo ano em que publicou o seu livro de poesias intitulado “O caminho para a distância”.
Apenas dois anos depois, em 1935, foi agraciado com o prêmio Felipe d’Oliveira pela publicação do seu segundo livro intitulado “Forma e exegese”. O autor ganhou uma bolsa para estudar literatura inglesa na Universidade de Oxford, em 1938. No entanto, com o início da Segunda Guerra Mundial, em 1939, ele retornou ao Brasil.
Diplomata
Quando voltou ao Brasil, junto a sua esposa, Tati de Moraes (1911-1995), o poeta trabalhou no jornal “A Manhã” escrevendo crítica de cinema. Em 1940, ele fez uma viagem ao Nordeste brasileiro e viu de perto a realidade miserável da região. A partir desse momento, ele se tornou um artista de esquerda.
Em 1943, deu início a sua carreira como diplomata após ser aprovado em concurso do Itamaraty. Porém, mesmo na função diplomática ele conseguiu atuar como o diretor do suplemento literário do periódico “O Jornal”, em 1944. Em uma viagem para Buenos Aires, em 1945, sofreu um acidente de avião junto a alguns amigos, mas sobreviveu.
Períodos em outros países
Vinicius de Moraes ocupou o cargo de vice-cônsul em Los Angeles, nos Estados Unidos, em 1946. Após cinco anos, em 1951, retornou ao Brasil e passou a morar no Rio de Janeiro com sua segunda esposa, Lila Bôscoli. Nessa fase ele escrevia crônicas para o jornal “Última Hora”.
Em 1953, o artista e também diplomata foi nomeado para trabalhar na embaixada do Brasil em Paris. Em 1957, ele foi transferido para a embaixada brasileira no Uruguai. Mudou-se para Montevidéu junto a Maria Lúcia Proença, sua nova relação amorosa.
No ano de 1963, voltou a Paris para atuar na delegação do Brasil na Unesco. Sua nova companheira, Nelita de Abreu Rocha, foi junto. Retornou ao Brasil, no ano seguinte, após o golpe militar. Foi exonerado do cargo no Itamaraty, em 1969, pelo governo militar. Já em um novo relacionamento, passou a morar com Christina Gurjão.
Os últimos anos
Em 1970, Vinicius de Moraes já era companheiro de Gesse Gessy, que foi quem lhe apresentou o candomblé. Nessa fase, o artista começou a fazer vários shows, até o seu falecimento em 09 de julho de 1980, no Rio de Janeiro. Nesse período já vivia com Gilda Mattoso, a sua última esposa. É considerado um dos criadores da bossa-nova.
Características da obra de Vinicius de Moraes
O poeta Vinicius de Moraes faz parte da segunda geração do modernismo brasileiro. As principais características das suas obras são:
- Crítica sociopolítica;
- Angústia existencial;
- Liberdade formal;
- Conflito espiritual;
- Reflexão sobre o momento contemporâneo.
Mas, é importante ressaltar que em suas obras também podemos observar particularidade como:
- Temas religiosos;
- Temática amorosa;
- Traços simbolistas;
- Estrutura de soneto;
- Uso de antíteses.
Conheça as principais obras de Vinicius de Moraes
Poesia:
- O caminho para a distância (1933);
- Forma e exegese (1935);
- Ariana, a mulher (1936);
- Novos poemas (1938);
- Cinco elegias (1943);
- Poemas, sonetos e baladas (1946);
- Pátria minha (1949);
- Antologia poética (1954);
- Livro de sonetos (1957);
- Novos poemas II (1959);
- O mergulhador (1968);
- A arca de Noé (1970);
- Poemas esparsos (2008).
Músicas:
- A casa (Sergio Bardotti, Sergio Endrigo e Vinicius de Moraes);
- A felicidade (Tom Jobim e Vinicius de Moraes);
- Onde anda você (Hermano Silva e Vinicius de Moraes);
- Chega de saudade (Tom Jobim e Vinicius de Moraes);
- Garota de Ipanema (Tom Jobim e Vinicius de Moraes);
- A rosa de Hiroshima (Vinicius de Moraes);
- Pela luz dos olhos teus (Vinicius de Moraes);
- A tonga da mironga do kabuletê (Toquinho e Vinicius de Moraes);
- Se todos fossem iguais a você (Tom Jobim e Vinicius de Moraes);
- Eu sei que vou te amar (Tom Jobim e Vinicius de Moraes);
- Aquarela (Guido Morra, Maurizio Frabizio, Toquinho e Vinicius de Moraes);
- Arrastão (Edu Lobo e Vinicius de Moraes).
Teatro:
- Orfeu da Conceição (1956);
- Procura-se uma rosa (1961)
- As feras (1961);
- Cordélia e o peregrino (1965).
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