5 Dicas sobre regência verbal - Hexag Medicina
16/12/2021 Português

5 Dicas sobre regência verbal

Escrito por Hexag Educacional @hexagmedicina
5 Dicas sobre regência verbal

Nos estudos de sintaxe da língua portuguesa, entramos em contato com expressões como regência verbal e regência nominal. Você sabe a que esses termos se referem? No artigo a seguir explicaremos o que é regência e daremos 5 dicas especiais a respeito da verbal. Vamos conferir? 

Regência verbal e regência nominal: o que são?

A palavra regência é um substantivo abstrato que deriva do verbo reger. Por sua vez, esse verbo é equivalente a comandar, governar ou dirigir. Logo, regência indica uma forma de comando, governo e direção.

Na gramática, esse termo é aplicado no sentido amplo e restrito. No sentido amplo, regência se refere a subordinação em geral como no exemplo abaixo: 

“Luciana estuda muito.”

Nesse exemplo, o advérbio muito está subordinado ao verbo estudar. Isso quer dizer que “muito” tem a função de intensificar o sentido do verbo a que se associa. 

No sentido restrito, a regência diz respeito à necessidade ou não de complementar o verbo de acordo com a significação de nomes (substantivos, advérbios ou adjetivos) e verbos. Essa breve explicação corresponde ao que se entende por regência nominal e regência verbal. 

O que é necessidade ou desnecessidade de complementação?

Acima mencionamos a necessidade ou não de complementação e, para que fique claro o conceito de regência, iremos nos aprofundar mais nesse tópico. Imagine que alguém te diz a seguinte frase sem nenhum contexto: “Fábio trouxe.”. Certamente você irá perguntar de volta: “Fábio trouxe o quê?”. 

A resposta para essa pergunta pode ser “um refrigerante, uma torta, um amigo, entre outros”. Percebe que o verbo “trazer” tem a necessidade de um complemento para que seja compreendido? Se o verbo demanda um complemento, temos então a regência verbal. 

Nos casos em que o complemento é demandado por um nome, temos a regência nominal. Um exemplo é: “O professor ficou abismado com algo”. Nesse caso, o adjetivo precisou de um complemento nominal. Viu como é relativamente simples compreender o conceito de regência?

Confira 5 dicas sobre regência verbal

Agora que já explicamos o que é regência verbal e nominal, listamos 5 dicas a respeito da primeira. Essas dicas têm o objetivo de sanar as principais dúvidas a respeito desse tópico que costuma aparecer bastante em provas do Enem e de vestibulares em geral.

Dica 1 – Verbo “ir” + preposição + substantivo feminino

O verbo “ir” demanda o uso de preposição. Em frases em que o verbo é seguido por substantivos femininos é necessário utilizar “a”. Os substantivos femininos são ligados ao artigo “a” nesses casos. Confira os exemplos a seguir:

“Quero ir à praia.”

“Quero ir à natação.”

“Quero ir à escola.”

Atenção!

Os verbos “chegar” e “ir” devem ser introduzidos pela preposição “a” e não “em”. Esse é um ponto que confunde muitas pessoas pelo fato de na linguagem popular ser feita tal substituição. Confira os exemplos abaixo:

“Cheguei a São Paulo.”

“Vou ao médico”. 

Já os verbos “morar” e “residir” são introduzidos geralmente pela preposição “em”. Confira os exemplos abaixo:

“Ela mora em Santos.”

“Júlia reside em Santa Catarina.”

Dica 2 – “A” para indicar preferência 

Outra dúvida que aparece bastante quando o assunto é regência verbal diz respeito a frases que apontam preferências entre duas opções. Para que fique mais claro, confira os exemplos a seguir:

“Eu prefiro cinema “a” teatro.”

“Prefiro ler “a” escrever.”

“Prefiro ir ao cinema “a” ir à praia.”

Há também a regência “Preferir uma coisa MAIS DO QUE outra”. Um exemplo que ilustra é: “Prefiro mais a música do que a pintura”.

Dica 3 – Verbo “assistir” no sentido de ver

Quando o verbo “assistir” é empregado com o sentido de ver algo, necessita da preposição “a”. Confira os exemplos:

“Eu assisto “à” novela.”

“Eu assisto “ao” filme.”

Dica 4 – Verbo “aspirar” com o sentido de inalar

Nos casos em que o verbo “aspirar” é utilizado no sentido de inalar, não é necessário adicionar preposição. Confira abaixo o exemplo:

“Eu aspiro o perfume das rosas.”

Atenção!

Outro verbo que não demanda o uso de preposição é “namorar”, confira abaixo:

“Luiza namora José.” 

Dica 5 – Verbo “aspirar” com o sentido de desejar

Já nos casos em que o verbo “aspirar” é empregado no sentido de desejar, é necessário utilizar a preposição “a”. Confira o exemplo a seguir:

“Eu aspiro “a” um futuro melhor”.

Atenção!

Outro verbo bastante utilizado que apresenta duas regências é “visar”. Quando “visar” tem o sentido de mirar é necessário utilizar a preposição, como no exemplo:

“Disparou a flecha visando o alvo.”

Já quando “visar” tem o sentido de dar visto, não precisa de preposição como no exemplo: 

“Visaram os documentos.” 

Dica bônus – Verbos “simpatizar” e “antipatizar”

Esses dois verbos se destacam por exigirem o uso da preposição “com”, confira a seguir os exemplos:

“Simpatizo com Gustavo.”

“Antipatizo com a vizinha do segundo andar.”

Como esses verbos não são pronominais, quando são utilizados em construções acompanhados por pronomes oblíquos considera-se que essas estruturas estão erradas. Confira os exemplos abaixo:

“Simpatizo-me com Gustavo.”

“Antipatizo-me com a vizinha do segundo andar.” 

Agora você já sabe o que é regência verbal e pode conferir as principais dicas!

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