A alfabetização é a base para o desenvolvimento de uma vida plena e com melhores oportunidades. Contudo, de acordo com o Censo realizado em 2022, a média de analfabetismo na população brasileira, com mais de 15 anos, é de 13,6%. Um número expressivo que reflete uma barreira de crescimento para esse grupo. 

Qual é a importância da alfabetização?

Para ter melhores oportunidades e mais chances de se desenvolver plenamente é essencial que a população tenha acesso à alfabetização. Aprender a ler e escrever é um direito de todos os cidadãos. Um nível insuficiente de alfabetização pode inclusive levar os indivíduos a viver à margem da sociedade. 

Há menos oportunidades profissionais e pessoais para aqueles que não são alfabetizados. O analfabetismo é um fator de exclusão de uma parcela da população a informações básicas. 

Taxas elevadas de analfabetismo

No Brasil, as taxas de analfabetismo são bastante elevadas e de acordo com estudos apresentam queda entre a população idosa. Aproximadamente 13% dos estudantes que concluíram o ensino médio são analfabetos funcionais. Esse índice é de 4% no ensino superior. Há uma falha grave no processo de alfabetização. 

Há a necessidade de buscar alternativas para ajudar os jovens que aos 15 anos são analfabetos funcionais. Esse indivíduo deveria estar dentro da escola, o que houve com a educação dele? Por que ele abandonou ou saiu da escola? 

Analfabetismo funcional 

Em muitos casos, esses jovens abandonam a escola porque não conseguem acompanhar os anos seguintes, especialmente a partir do sexto ano. Nesse momento, o sistema muda e pode ser difícil para esse indivíduo se manter estudando. 

Para se ter uma ideia, mais da metade dos alunos do terceiro ano não possuem conhecimento suficiente em leitura e matemática. Essas crianças não chegaram onde deveriam em termos de aprendizado. Assim, surge o aumento do índice de distorção entre idade e série que culmina em reprovações e abandonos. 

Mas, o que é analfabetismo funcional? 

Um indivíduo que é analfabeto funcional consegue ler e juntar as palavras, porém, ele não consegue entender e usar a língua com maior profundidade. Trata-se de uma pessoa com capacidade de comunicação reduzida que possui fragilidade em relação à língua. A alfabetização é uma ferramenta que oferece liberdade e autonomia para as pessoas. 

O analfabeto funcional domina o código, isto é, ele consegue juntar letras e palavras. No entanto, ele não é capaz de usar esse domínio do código para realizar algo concreto. Para ser considerado plenamente alfabetizado, esse indivíduo deveria ler, escrever e usar essas ferramentas. 

Possibilidades para reduzir o analfabetismo funcional

Para reduzir os índices de analfabetismo funcional é essencial se conscientizar sobre a importância da alfabetização como ferramenta de liberdade e autonomia. Além disso, é essencial entender o processo de alfabetização como uma política pública. 

Para isso, é crucial ter um sistema de acompanhamento e gestão das secretarias municipal, estadual e federal de educação. Se não houver uma política e uma gestão firme não será possível superar o analfabetismo funcional. 

Também é determinante entender a alfabetização como uma competência profissional. Os professores recém-formados precisam contar com um acompanhamento de um tutor para poderem entender melhor como aplicar as ferramentas de alfabetização em sala de aula. Atuar como professor alfabetizador não é algo simples. 

Alfabetização de jovens e adultos

Os professores que se dedicam a alfabetização de jovens e adultos também precisam de atenção e políticas que contribuam para melhorar seu desempenho. A política de alfabetização deve estar atenta e preocupada com a resolução de problemas. 

Atualmente, existem diversos projetos focados na alfabetização, mas eles não estão concentrados em um projeto maior e único. Não há uma visão clara que permita uma gestão centralizada, o desenvolvimento de metas e acompanhamento. Sem gestão não é possível ter um bom resultado.

Para que resultados sejam alcançados é importante ter monitoramento. As redes possuem suas próprias soluções, mas não existe um método único. Somente com esse acompanhamento é possível entender o que funciona ou não.

Alfabetização x letramento: qual é a diferença? 

O letramento se diferencia da alfabetização especialmente pelo seu uso social. Uma pessoa letrada consegue usar a língua na sua língua normal. Por sua vez, a alfabetização consiste no domínio dos códigos. Para ser alfabetizado é necessário conhecer fonema e grafema.

O indivíduo letrado é aquele que consegue escrever um texto, ler um jornal, compreender um manual de instruções ou um orçamento, por exemplo. O letramento permite se comunicar independente do contexto, seja pela oralidade ou pelo papel. É preciso ter o domínio total da língua.

Mais do que conseguir juntar sons e formar palavras é determinante conseguir se expressar através do uso dessas ferramentas para ser letrado. O letramento permite que as pessoas acessem diferentes espaços e esferas sociais. Não ser letrado compromete o pleno acesso a outras possibilidades de crescimento e futuro.

Agora você sabe mais sobre a importância da alfabetização. Para conferir mais conteúdos como este e dicas para o Enem e o vestibular, acesse outros posts do blog Hexag Medicina!