Gramática normativa e gramática descritiva: conheça as diferenças
Você conhece a diferença entre gramática normativa e gramática descritiva? Nesse artigo, iremos apresentar as diferenças entre ambas e também os conceitos de gramática histórica e comparativa. Boa leitura!
O que é gramática?
Antes de nos aprofundarmos nas diferenças entre gramática normativa e gramática descritiva é essencial compreendermos o conceito de gramática.
A gramática nada mais é do que a organização de uma língua com foco no estudo do seu sistema e funcionamento. Contudo, a gramática está sujeita a diferentes concepções linguísticas, isso faz com que existam diferentes tipos como:
- Gramática normativa;
- Gramática descritiva;
- Gramática histórica;
- Gramática comparativa.
Compreender os conceitos de gramática normativa e gramática descritiva é essencial para ter melhor desempenho em questões de linguagem. É importante ressaltar que o conhecimento dos diferentes tipos de gramática não contribui apenas para o entendimento da norma culta da língua, mas também das variações linguísticas.
O que é gramática normativa?
A gramática normativa é a gramática que aprendemos na escola e que está presente nas provas de vestibulares e do Enem. Essa é a gramática que descreve a norma culta da língua portuguesa. Em outras palavras, ela estabelece o padrão de regras para os falantes da língua, define o certo e o errado na fala e na escrita.
A gramática normativa se apresenta quando falamos sobre:
- Concordância verbal e nominal;
- Regência verbal e nominal;
- Flexões de gênero, número e pessoa;
- Pronúncia e acentuação.
Outros contextos
Quando analisamos profundamente, percebemos que as regras da gramática normativa não são aplicáveis a todos os contextos. Algumas pessoas não têm acesso à educação que apresenta esse tipo de gramática.
Devemos nos atentar ainda ao fato de que a língua é dinâmica e está sempre se transformando. Então constantemente surgem diferentes possibilidades e formas de uso da língua.
Variações linguísticas
As variações linguísticas são resultado de diferentes contextos. Nascem de contextos sociais, históricos e culturais gerando mudanças na língua, ou seja, geram desvios da norma culta. Logo, as variações linguísticas não são aceitas pela gramática normativa.
Contudo, pode acontecer de a língua falada (coloquial) ter aspectos dicionarizados posteriormente e que então passam a compor a regra gramatical. A partir dessa inserção se tornam parte da gramática normativa e passam a ser entendidos como corretos.
O que é gramática descritiva?
A gramática descritiva tem como foco a observação de como os falantes da língua se comunicam. Então, as variações linguísticas, que mencionamos acima, são consideradas levando a uma análise de regras que os falantes seguem espontaneamente. Isso significa que os falantes adotam um padrão sem perceber o que estão fazendo.
Um bom exemplo dessa espontaneidade é a capacidade que os falantes têm de compreender a sintaxe da língua. Os falantes compreendem a forma como as palavras devem ser organizadas em uma frase mesmo sem ter estudado o tema previamente.
Qual é a diferença entre a gramática normativa e a gramática descritiva?
A diferença é que a gramática normativa considera apenas uma forma correta enquanto a gramática descritiva considera o uso real da língua. É interessante citar que há um debate intenso e muitas críticas entre os gramáticos em relação a norma culta.
No entanto, a norma culta ainda existe e é ela que deve ser utilizada em redações de vestibulares, Enem e concursos. Por esse motivo, é fundamental que os candidatos estudem as regras da norma culta.
Não seguir essas regras pode significar a perda de pontos na redação e erros em questões focadas na linguística.
O que é gramática histórica?
A gramática histórica tem como foco o estudo da origem e evolução de uma língua até o período atual. Geralmente, se baseia na comparação entre os escritores consagrados de diferentes períodos.
O que é gramática comparativa?
Por sua vez, a gramática comparativa é aquela que realiza a comparação da evolução de línguas que possuem a mesma origem. Esse tipo de estudo busca pontos em comum entre essas línguas.
Por exemplo, no caso da Língua Portuguesa a comparação é feita com as línguas neolatinas (também chamadas de românicas).
O que é gramática internalizada?
A gramática internalizada é também conhecida como gramática implícita. Consiste na gramática que é intrínseca ao ser humano, ou seja, aquela assimilada naturalmente. O falante adquire essa gramática naturalmente ao longo da vida.
Através da convivência familiar e social, o indivíduo vai formando o seu repertório linguístico. Os estudos formais também contribuem para a construção desse arcabouço gramatical.
Os locais em que uma pessoa morou, os trabalhos que exerceu, os livros que leu entre outros fatores influenciam a construção desse repertório. É a gramática internalizada a base da comunicação que realizamos diariamente. Há diferença entre a forma como nos comunicamos informalmente e a norma culta, ambas têm sua relevância.
Gostou de saber mais sobre os diferentes tipos de gramática? Para conferir mais conteúdos como este e dicas para o Enem e o vestibular, acesse outros posts do blog Hexag Medicina!