Compreendendo melhor as vozes verbais - Hexag Medicina
27/05/2024 Português

Compreendendo melhor as vozes verbais

Escrito por Hexag Educacional @hexagmedicina
Compreendendo melhor as vozes verbais

As vozes verbais correspondem à relação estabelecida entre o sujeito do enunciado e o verbo ao qual ele está ligado. Além de ajudar a definir o significado do enunciado, essa relação também diz respeito ao foco e a entonação. Continue lendo para entender melhor esse conceito. 

O que são vozes verbais?

As vozes verbais estão divididas em:

  • Voz ativa;
  • Voz passiva (subdividida em analítica e sintética);
  • Reflexiva.

Há casos em que esses enunciados podem passar da voz ativa para a voz passiva e vice-versa. Isso acontece conforme a intenção do interlocutor em dar ênfase a certas informações. Em linhas gerais, as vozes verbais referem-se à relação entre o sujeito e a ação que é expressa pelo verbo. 

Conheça as vozes verbais

A seguir apresentaremos com mais detalhes os tipos de vozes verbais.

Voz ativa

Essa voz se dá quando o enunciado dá ênfase ao sujeito que pratica a ação. Nesse caso, o sujeito pode ser chamado de sujeito agente. O sujeito é aquele que executa, de forma ativa, a ação que está acontecendo no enunciado. O agente fica em evidência. Confira alguns exemplos abaixo: 

  • A moça ouve o rapaz no rádio. (Sujeito agente + verbo na voz ativa + continuação do predicado). 
  • Um passarinho bicou a sua janela. (Sujeito agente + verbo na voz ativa + continuação do predicado);. 
  • Os garotos lerão muitos livros. (Sujeito agente + verbo na voz ativa + continuação do predicado).

Voz passiva

A voz passiva é subdividida em voz passiva analítica e sintética, a seguir explicaremos melhor cada uma delas. 

Voz passiva analítica

Diferentemente da voz ativa, a voz passiva dá ênfase ao sujeito que sofre a ação. Nesse caso o sujeito pode ser chamado de sujeito paciente. Dessa forma, a voz passiva pode ser utilizada para dar ênfase a quem está sendo impactado pela ação e ao agente. 

Para ficar mais fácil de entender usaremos os mesmos exemplos citados acima, porém, agora eles estarão na voz passiva. O primeiro passo para fazer essa conversão é identificar quem é o elemento que sofre a ação no predicado. Esse elemento se tornará o sujeito da frase. 

Assim, o sujeito agente da voz ativa passará a ser somente parte do predicado, isto é, o sujeito agente será substituído pelo sujeito paciente. É importante citar que deverá haver preposição para o verbo ser ligado ao predicado, pois se trata da voz passiva. 

Serão usados os mesmos verbos, mas com alguns ajustes, existirá um verbo auxiliar (ser ou estar). Esse verbo será seguido pelo verbo principal conjugado no particípio passado. Confira abaixo como ficaram os exemplos: 

  • O rapaz é ouvido pela moça no rádio. (Sujeito paciente + verbo auxiliar e verbo principal na voz passiva + continuação do predicado);
  • Sua janela foi bicada por um passarinho. (Sujeito paciente + verbo auxiliar e verbo principal na voz passiva + continuação do predicado); 
  • Muitos livros serão lidos pelos garotos. (Sujeito paciente + verbo auxiliar e verbo principal na voz passiva + continuação do predicado). 

Voz passiva sintética

A diferença entre a voz passiva sintética e a analítica é que a primeira se caracteriza por ser mais “resumida”. O pronome apassivador “se” é usado para sintetizar a ideia de que algo “é/está feito por alguém”. Confira um exemplo:

Casas são alugadas. (Sujeito paciente + verbo auxiliar e verbo principal na voz passiva).

Na voz passiva sintética, o exemplo ficaria da seguinte forma: 

Alugam-se casas. (Verbo principal na voz ativa + partícula apassivadora (se) + sujeito paciente). 

Segue outro exemplo:

Muita soja é cultivada aqui. (Sujeito paciente + verbo auxiliar e verbo principal na voz passiva + continuação do predicado).

Na voz passiva sintética, o exemplo ficaria da seguinte forma: 

Cultiva-se muita soja aqui. (Verbo principal na voz ativa + partícula apassivadora (se) + sujeito paciente + continuação do predicado). 

Voz reflexiva

Há enunciados em que o sujeito realiza a ação em si mesmo. Isto é, ele é o sujeito agente (que executa a ação) e o sujeito paciente (que sofre a ação). Nesses casos, acontece a voz reflexiva. Para tornar essa ideia mais fácil de compreender utilizaremos o verbo seguido da construção “a si mesmo”, ou seja, “ao próprio sujeito”. Exemplo:

“Ela presenteou a si mesma”. 

No entanto, esse enunciado pode ser simplificado com o uso de pronomes oblíquos ligados ao verbo para transmitir a mesma mensagem, confira o exemplo:

“Ela se presenteou”. 

Importante!

O pronome oblíquo que acompanha o verno tem função sintática de objeto. Isso quer dizer que mesmo estando ligado ao verbo, o seu significado está relacionado ao objeto do enunciado. Observe que:

Ela presenteou a si mesma. (Sujeito + verbo + objeto). 

Sendo assim:

Ela se presenteou. (Sujeito + objeto (se) + verbo). 

Confira os exemplos abaixo:

  • A moça ouve-se no rádio. (Sujeito agente + verbo na voz ativa e objeto (se) + continuação do predicado).
  • Um passarinho bicou-se na janela. (Sujeito agente + verbo na voz ativa e objeto (se) + continuação do predicado). 
  • Eu me arrumarei sempre no mesmo horário. (Sujeito agente + objeto (me) e verbo na voz ativa + continuação do predicado).

Gostou de conhecer mais sobre as vozes verbais? Para conferir mais conteúdos como este e dicas para o Enem e o vestibular, acesse outros posts do blog Hexag Medicina!

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