Qual a diferença entre termofixos e termoplásticos? - Hexag Medicina
18/10/2021 Química

Qual a diferença entre termofixos e termoplásticos?

Escrito por Hexag Educacional @hexagmedicina
Qual a diferença entre termofixos e termoplásticos?

Conhecer a diferença entre termofixos e termoplásticos é essencial para saber por que nem todos os polímeros podem ser chamados de “plásticos”. Os polímeros são compostos formados por macromoléculas originadas a partir da ligação de diversas unidades de menor tamanho chamadas de monômeros. Continue lendo para entender as diferenças existentes entre esses materiais. 

Termofixos e Termoplásticos: quais são as diferenças?

Em geral, os materiais compostos por polímeros são chamados de “plásticos”, porém, essa classificação geral nem sempre está correta. Basicamente, recebem o nome de “plástico” os polímeros sintéticos e artificiais que são fabricados a partir de processos que envolvem pressão e calor. 

Uma das classificações mais utilizadas na ciência dos polímeros é aquela que divide os materiais poliméricos entre termofixos (que possui estrutura tridimensional rígida que não pode ser modificada) e termoplásticos (cujo formato pode ser modificado). Trata-se de uma divisão que diz bastante coisa a respeito do comportamento térmico do material e de sua estrutura molecular. 

Podemos citar como exemplos de polímeros termoplásticos o polietileno, polipropileno, polimetil-metacrilato (ou acrílico) e o policloreto de vinil (PVC). Já dentre os polímeros termofixos, podemos citar como exemplos o poliacetato de Etileno Vinil (EVA), poliuretanos (PU), resinas epóxi, resinas poliésteres, resinas fenólicas, gelcoat e baquelite. 

Outro ponto essencial de destacar é o fato de que as características que tornam um material polimérico reciclável tem ligação direta com as definições de termofixos e termoplásticos. A seguir vamos explicar com mais detalhes as três principais diferenças entre esses tipos de materiais.

Diferença 1 – Estrutura química

Os polímeros classificados como termoplásticos, de acordo com sua estrutura química, são aqueles que possuem somente ligações secundárias fracas, fazendo a união das cadeias poliméricas umas às outras. Podemos citar como exemplo desse tipo de ligações as Forças de Van der Waals. 

Por sua vez, os polímeros termofixos são aqueles que têm ligações primárias fortes estabelecidas entre as suas cadeias. Isso significa que as ligações entre as suas cadeias têm a mesma intensidade de força das ligações presentes nas cadeiras principais. Contudo, nas cadeias principais, essas ligações têm como função unir os meros e já nas ligações secundárias tem função de união das cadeias entre si. 

Diferença 2 – Comportamento térmico

A partir da explicação que demos acima sobre a estrutura química, fica mais fácil entender porque os polímeros termoplásticos em estado sólido se tornam líquidos viscosos quando aquecidos a uma temperatura suficientemente elevada. Isso acontece quando a temperatura é suficiente para vencer as energias das ligações. Essa transformação de estado permite que esse tipo de material polimérico seja moldado em diferentes tipos de peças e produtos.

Após o resfriamento do material, as ligações secundárias se formam novamente, de maneira que os termoplásticos se tornam sólidos novamente. O processo de aquecimento, molde e resfriamento pode ser realizado infinitas vezes, algo que não é possível com os polímeros termofixos.

Os polímeros termofixos não têm a capacidade de serem moldados novamente após o aquecimento. Tendo sido moldados uma vez em um determinado formato, esses polímeros não podem ser reformatados após um novo aquecimento. Essa impossibilidade se deve ao fato de que eles possuem ligações primárias muito fortes entre as suas cadeias. Esse é um ponto que torna sua reciclagem um pouco mais complicada. 

Quando o material polimérico termofixo é aquecido novamente, ocorre a quebra de todas as ligações primárias existentes. Nesse tipo de material, isso significa o rompimento tanto das ligações que unem as cadeias entre si (intermoleculares) quanto aqueles que ligam os meros para dar origem às cadeias. 

Ligações primárias não podem ser formadas novamente, assim, não é possível fazer uma remodelagem. A seguir explicaremos mais sobre a reciclagem desses dois tipos de polímeros. 

Diferença 3 – Reciclagem

Boa parte dos polímeros comerciais usados no mundo pode ser reciclada por meio do processo de reciclagem tradicional. Esse processo consiste na realização de um novo aquecimento, possibilitando o processamento e posterior moldagem dos materiais. A partir das explicações acima, fica evidente que somente os polímeros termoplásticos podem ser submetidos a esse tipo de reciclagem tradicional.

Os polímeros termofixos não podem ser submetidos a processos de reciclagem tradicional pelo fato de que um novo aquecimento levaria à degradação do material, impedindo a sua remodelagem. O caminho mais sustentável para esse tipo de material é o reuso, ou seja, a incorporação deles a outros materiais. O reprocessamento através da reciclagem tradicional é inviável para polímeros termofixos. 

Resumo

A principal diferença entre termofixos e termoplásticos é o fato de que os primeiros não podem ser reprocessados por meio de reciclagem tradicional. Por sua vez, os termoplásticos podem ser aquecidos e remodelados, sendo transformados em novos materiais. Essa diferença se baseia na estrutura química desses compostos e seus comportamentos quando são aquecidos. 

Agora você já sabe quais são as diferenças existentes entre polímeros termofixos e termoplásticos! Navegue pelo blog do Hexag Medicina para conferir mais conteúdos informativos e dicas de estudos.

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