Construções textuais a serem evitadas na redação
Se você está se preparando para o Enem e vestibulares deve ficar atento a algumas construções textuais a serem evitadas na redação. Lembre-se de que a redação tem um peso considerável para a formação da nota e, dessa forma, merece uma atenção especial. Então, vamos ver o que deve ser evitado?
Dicas de construções textuais a serem evitadas
Confira a seguir construções textuais que vale a pena evitar na sua redação para não prejudicar o seu desempenho. Essas expressões tendem a empobrecer o texto por não estarem adequadas ao contexto.
“Várias opções” ou “diversas opções”
Essas expressões são utilizadas com o objetivo de indicar pluralidade ou ainda alternativas. Contudo, as palavras “opção” ou “opções” já transmitem essa ideia, logo, não é necessário que estejam acompanhadas de “várias” ou “diversas”. Essas composições podem ser consideradas pleonasmos, tal como “descer para baixo”.
“Outra alternativa” ou “Outra opção”
Tanto a palavra “alternativa” quanto a palavra “opção” transmitem a ideia de pluralidade de escolhas. Dessa forma, não é correto utilizá-las em construções textuais combinadas com a palavra “outra”. A palavra “outra” já possui o sentido de opção, então não é necessário que esteja acompanhada de “opção” ou “alternativa”.
“Um outro tipo”
Um erro comum, especialmente no começo das frases e das orações. A palavra “outro” transmite a ideia de algo diferente. Sendo assim, não é preciso referenciar a quantidade de algo.
Também ressaltamos que esse tipo de construção textual tem a repetição ou mesmo a confusão a respeito de “um” ser artigo indefinido ou numeral. Então, para que não ocorra tal confusão, é interessante eliminar a expressão do seu conteúdo.
“Mais assertivo”
Tornou-se comum que algumas palavras, especialmente aquelas utilizadas no universo corporativo, sejam transformadas em convenções. Um bom exemplo disso é a palavra “assertivo”. É relativamente comum que a palavra “assertivo” seja utilizada em textos com o objetivo de transmitir a ideia de algo que está certo ou mais certo.
No entanto, o termo “assertivo” se origina de asserto ou asserção, capacidade de emitir opiniões de forma direta e verdadeira. Então, a palavra “assertivo” não serve para definir algo que é certo ou acertado.
“Entre outros”
Um excelente exemplo de construção textual muito utilizada e que não quer dizer nada. Geralmente, “entre outros” é uma expressão empregada no fim de frases e orações para sugerir que existem mais alternativas ou opções além das já citadas.
Porém, o pronome indefinido “outros” confere à frase uma ideia inconclusiva ou incompleta. Dessa forma, a expressão “entre outros” apenas deixa seu texto mais pobre e não passa a ideia de conclusão ou mesmo de argumento.
“A maioria das pessoas são”
Um erro crasso que se tornou muito comum e cujo problema está na falta de concordância verbal entre o predicado e o sujeito. O verbo deve estar em concordância em número, gênero e pessoa com o sujeito.
Então, sempre que utilizar a expressão “a maioria” você estará se referindo a um substantivo no singular. Logo, deve concordar com o número. Para concluir, “a maioria das pessoas é” ou então “as maiorias das pessoas são”.
“A grande maioria”
Mais um erro comum com o uso da palavra “maioria”, nesse caso, temos uma construção textual similar ao pleonasmo. Como a palavra “maioria” já indica algo grande, não é necessário que esteja precedida por “grande”. Essa expressão é redundante. Concordamos que não existe uma “pequena maioria”, certo? Então, “grande maioria” não é adequado e não faz sentido.
“Um certo”
As duas palavras, “um” e “certo”, são pronomes indefinidos. Essa composição gera um tipo de “pleonasmo de indefinição”. O pronome indefinido “certo” carrega em si a ideia de indefinição e, dessa forma, não necessita do artigo indefinido “um”. A dica é, sempre que usar o pronome indefinido “certo”, não utilize “um” para anteceder. Assim, o conteúdo se torna mais adequado e fica menos indefinido.
“Um maior ou um menor”
Temos aqui o mesmo erro que apresentamos no exemplo acima. Fica claro que o pronome indefinido “um” pode ser uma grande dificuldade quando precede adjetivos, advérbios e outros pronomes.
É importante compreender que a palavra “maior” pode ter a forma de substantivo ou de adjetivo de dois gêneros. Entre os exemplos estão “um homem maior” ou “uma mulher maior”. Dessa forma, adquire o papel de algo indefinido.
Em construções textuais em que se deseja transmitir a ideia de que algo é maior ou menor, não é necessário usar o pronome indefinido “um” quando já se fala a respeito de algo indefinido.
“Através de”
É importante esclarecer que a palavra “através” é um advérbio e pode incorporar inúmeras aplicações de acordo com o contexto. Como tem essa natureza de advérbio, essa palavra pode modificar o verbo, um substantivo ou ainda outro advérbio para indicar circunstância, modo, intensidade e tempo.
Geralmente, o significado de “através” se refere a “atravessado”, “meio”, “motivo”, “transversal”. Se desejamos dizer que uma pessoa conseguiu obter algo “através de”, o mais indicado é usar a expressão “por meio de”. Contudo, fica a dica de avaliar o contexto da frase ou da oração. Ressaltamos que o uso não está errado, só não é o mais adequado.
Não é adequado, mas não está errado!
Esclarecemos que as construções textuais apresentadas acima não estão erradas, no entanto, não são consideradas adequadas. É importante escolher as palavras com cuidado para fazer uma boa redação, um texto que transmita as ideias com clareza.
Gostou das dicas? Agora você já sabe o que evitar!