Redação nota mil – Quais os segredos para tirar a nota máxima no Enem
Quer saber como fazer uma redação nota mil no Enem? O professor Bruno Santana, coordenador da Hexag na unidade Campinas, trouxe todas as dicas para ajudar você nesta preparação. Confira!
Entenda as características da escrita
Para conseguir uma nota alta na redação do ENEM e dos principais vestibulares, como a FUVEST, a FUNDAÇÃO VUNESP e a UNICAMP, é necessário entender de uma maneira legal algumas características dos textos, da linguagem e da escrita.
Como nos ensina a Linguística Textual, precisamos saber que, ao nos sentarmos para escrever, estamos mobilizando três diferentes tipos de conhecimento: de língua, de texto e de mundo. Vamos falar mais sobre eles abaixo.
Conhecimento de língua
O conhecimento de língua é aquele que, de uma maneira simplificada, praticamos nas aulas de Gramática, ou seja, as regras de pontuação, de ortografia, as temidas crase, regência e concordância.
Além disso, temos os processos de seleção e organização. A seleção é a escolha das palavras que utilizamos para construir nossas frases. A organização é a forma como organizamos essas palavras em orações, períodos e parágrafos.
Conhecimento de texto
O conhecimento de texto é aquilo que sabemos dos gêneros textuais. Nesse ponto, precisamos ter uma noção clara das provas: a FUVEST, as provas da FUNDAÇÃO VUNESP, PUC-SP, PUCCAMP e ENEM cobram do aluno o gênero dissertativo-argumentativo, também conhecido como dissertação escolar. A prova da UNICAMP, entre outras, como a UFU, cobra do aluno a produção de um texto de gêneros variados.
Gênero
Para entender o que é um gênero textual, precisamos sempre saber que máscara você deve assumir enquanto autor; para quem você deve dirigir seu texto, isto é, quem será o seu leitor; qual é o contexto de circulação desse texto; o objetivo principal do texto; as características formais do texto.
Se analisarmos o gênero dissertação escolar, veremos que:
– O autor é uma voz que deseja se mostrar como capaz de analisar um tema complexo, expor um ponto de vista de modo claro e assertivo e defender esse ponto de vista com argumentos sólidos.
– O leitor da dissertação escolar deve ser imaginado como como leitor comum, ou seja, o leitor que, apesar de não especialista, é instruído. Isso significa que você não pode, em uma dissertação, nem ser absurdamente específico, tornando seu texto incompreensível, nem muito genérico, o que tornaria seu texto superficial.
Essa compreensão da máscara do autor e do leitor é muito importante porque nos leva a conhecer o processo de interlocução.
– O contexto de circulação de uma dissertação é artificial: ela circula apenas entre o candidato e o corretor. Entretanto, você precisa escrevê-lo de maneira formal, objetiva e impessoal.
– O objetivo principal dos textos dissertativos-argumentativos é a apresentação e a defesa de um ponto de vista.
Características de um texto dissertativo-argumentativo
As características formais principais de um texto dissertativo-argumentativo são o fato de ele ser impessoal (proibido o uso da primeira pessoa do singular e uso restrito da primeira pessoa do plural), o uso de vocabulário específico, o tom formal, a divisão em, pelo menos, quatro parágrafos, a apresentação de uma introdução, com tese, presença de pelo menos dois parágrafos de argumentação e uma conclusão que, no caso do ENEM, configura-se como uma proposta de intervenção.
De acordo com tudo isso que acabamos de ver, dá para entender que ter um bom “conhecimento de texto” depende de muita leitura, muita atenção às aulas de redação e muita prática.
Conhecimento de mundo
O último dos conhecimentos é o de mundo: tudo aquilo que uma pessoa leu, ouviu, assistiu, pensou e conversou, ou seja, aquilo que chamamos de repertório.
As propostas de redação sempre nos trazem temas contemporâneos, complexos e relevantes, sobre os quais precisamos saber trazer informações, análises, pontos de vista e argumentos.
Dessa maneira, sabendo quais conhecimentos devemos mobilizar para escrever um texto, podemos apresentar de maneira clara o que deve ser feito para escrever um bom texto.
Tirar nota máxima em uma redação do vestibular irá exigir que você leia muito, produza muitas redações e reescreva suas redações muitas vezes.
Praticar é o segredo
A escrita é uma prática. Por isso, não adianta você conhecer milhares de fórmulas básicas ou dominar a fundo as técnicas, se você não praticar muito.
Pense no seguinte exemplo: uma pessoa que assistiu a diversos vídeos de medalhistas olímpicos de natação necessariamente será uma boa nadadora? O mesmo acontece com os textos: se você não “entrar na piscina”, você nunca terá bons resultados.
Ao ler muito, você conseguirá construir um repertório sólido para interpretar questões da contemporaneidade que serão cobradas no ENEM e nos outros exames.
Ao produzir redações em sua trajetória de estudos, você dominará as técnicas do brainstorm, do planejamento de textos, da argumentação e, característica do vestibular, aprenderá a controlar seu tempo.
Ao fazer reescritas, e nós recomendamos que você faça ao menos uma por semana, você será capaz de conhecer seus principais erros, modificá-los e progredir no processo da escrita.
Lembre-se, também, que as provas de redação dos vestibulares são provas de leitura E de escrita. Isso significa que você deve seguir à risca tudo aquilo que a proposta do vestibular exige.
No caso do ENEM, é importante que você também conheça muito bem as instituições do Estado Brasileiro, além da organização de nossa sociedade civil, pois, dessa maneira, saberá muito bem escolher agentes sociais, selecionar ações e definir objetivos para as propostas de intervenção.
Importante!
Concentre-se nesses pontos: construir um bom conhecimento de língua, de texto e de mundo; ler muito, fazer várias redações novas e reescrever várias redações. Esqueça as fórmulas mágicas, leia muito e escreva muito, pois, dessa maneira, você será uma das pessoas a conseguir a tão sonhada redação nota mil.
Seguindo essas dicas, você estará percorrendo a mesma estrada daqueles que conseguem as notas máximas nos vestibulares. Para saber mais, acesse o Blog do Hexag Medicina!