Aqueles que sonham em ser médicos vão gostar de conhecer algumas curiosidades sobre Medicina, incluindo tópicos sobre a graduação, carreira e mais. Ao longo desse artigo contaremos mais sobre o início dos cursos de Medicina no Brasil e quais são as faculdades mais concorridas.

Curiosidades sobre Medicina: saiba mais sobre a graduação, carreira e mais!

O curso de Medicina é um dos mais concorridos do país. Na Universidade de São Paulo (USP), por exemplo, na modalidade de ampla concorrência são 166,3 candidatos por vaga. A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) já teve um total de 293,87 candidatos por vaga. 

Dentre os fatores que fazem do curso de Medicina um dos mais procurados estão o status da profissão, a empregabilidade e a boa remuneração. Se você está entre os estudantes que sonham em se tornar médicos, vai gostar de conhecer algumas curiosidades sobre a graduação, a carreira e mais. 

O curso de Medicina foi o primeiro curso superior do Brasil

Em 1808, a família real portuguesa chegou ao Brasil e D. João VI autorizou que fossem criadas as suas primeiras escolas de Medicina do país:

• Escola de Cirurgia da Bahia;
• Escola de Anatomia, Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro.

Após algum tempo, essas escolas se tornaram parte, respectivamente, da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Curso de longa duração e em período integral

Os interessados em cursar Medicina devem saber que esse curso é em período integral e tem duração mínima de seis anos. Nos dois primeiros anos do curso a grade curricular abrange disciplinas básicas como anatomia e fisiologia. Os anos seguintes têm conteúdos mais específicos.

Os dois últimos anos contemplam o internato, entendido como o estágio do curso de Medicina. Nesses quatro semestres, os estudantes têm aulas práticas focadas em grandes áreas médicas como:

• Clínica médica e cirúrgica;
• Ginecologia;
• Pediatria;
• Obstetrícia;
• Atenção primária à saúde. 

Nesse período, os estudantes de Medicina realizam atendimento em:

• Unidades Básicas de Saúde (UBSs);
• Prontos-socorros;
• Ambulatórios;
• Hospitais;
• Centros cirúrgicos. 

Após concluir a graduação, os estudantes de Medicina precisam passar por mais dois anos de residência médica para obter uma especialização. 

Alta concorrência

Conforme o Conselho Federal de Medicina (CFM), o Brasil possui 357 faculdades de Medicina. Juntas, elas oferecem um total de 37,8 mil vagas. Para se ter uma ideia, há duas décadas eram oferecidas apenas 11,5 mil vagas. Porém, mesmo com esse crescimento de oferta ainda há uma procura muito superior. 

O número mais significativo de cursos e vagas de Medicina se concentra nos estados do Sudeste e Sul e litoral do Nordeste. As vagas nos estados do Sul e Sudeste são predominantemente em instituições privadas. Já no Norte e Centro-Oeste predominam as vagas públicas. No Nordeste, estão equilibradas vagas públicas e privadas. 

Mais estudantes mulheres

Segundo dados do documento “Demografia médica no Brasil”, do CFM, o perfil dos estudantes de Medicina é o seguinte: 

• 59% dos estudantes de Medicina do Brasil são mulheres;
• 49,8% dos estudantes do curso têm entre 25 e 29 anos; 
• 67,1% dos estudantes se autodeclaram como brancos; 
• 37,9% possuem renda familiar entre 1,5 e 6 salários mínimos (número obtido entre os que realizaram o Enade); 
• 61,5% dos estudantes de Medicina de universidades públicas estudaram em escolas privadas. 

O Brasil tem 500 mil médicos

Em 2020, havia 500 mil médicos no Brasil, sendo 53,4% deles homens. No entanto, a diferença entre homens e mulheres no mercado de Medicina vem sendo reduzida anualmente. Novos registros apontam que 57,5% dos médicos são mulheres e 42,5% são homens. 

O principal ponto de atenção está na distribuição desigual dos profissionais de Medicina pelo país. A média nacional é de 2,38 médicos a cada mil habitantes. Porém, no Norte esse número é de 1,30. No Sudeste, o número chega a 3,15, perto da média 3,5 de países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Quase metade dos médicos está reunida em seis especialidades 

Confira abaixo as seis especialidades em que estão concentrados quase metade dos médicos atuantes:

• Clínica médica (11,3%);
• Pediatria (10,1%);
• Cirurgia geral (8,9%);
• Ginecologia e obstetrícia (7,7%);
• Anestesiologia (5,9%);
• Medicina do trabalho (4,6%)

O maior número de médicas mulheres é encontrado na área de Dermatologia, em seguida aparecem Pediatria e Endocrinologia. Já o maior número de médicos homens é encontrado nas seguintes áreas: Urologia, Ortopedia e Neurocirurgia.

Mais da metade dos médicos trabalha mais de 60 horas por semana

Segundo pesquisa da CFM, praticamente a metade dos médicos, no Brasil, declara ter quatro ou mais trabalhos atuando mais de 60 horas por semana. Desse grupo, 28,9% afirmam trabalhar mais de 80 horas por semana. Em relação à remuneração, 45,9% declaram receber mais de R$ 16 mil por mês. 

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