História, fontes históricas e contagem do tempo: entenda a diferença
Entender a diferença entre história, fontes históricas e contagem do tempo é essencial para quem está se preparando para a prova do Enem e vestibulares. No artigo a seguir explicaremos esses conceitos e como eles são aplicados no dia a dia dos historiadores.
Conheça a diferença entre história, fontes históricas e contagem do tempo
A seguir apresentaremos os três conceitos para facilitar o entendimento das diferenças entre eles.
O que é história?
A história pode ser definida como a ciência que investiga os seres humanos através do tempo e do espaço. É importante salientar que a história não está focada somente no passado, como muitos pensam. Também se interessa pelas ligações e influências existentes entre locais e períodos, inclusive o presente.
Durante um bom tempo, os estudiosos que contribuíram para a consolidação da história como ciência focaram em temas como guerra e política. Havia um entendimento de que somente as histórias de líderes e governantes eram relevantes.
Os diferentes ritmos de evolução do tempo
Essa visão mudou, a partir do século XX, com o surgimento de correntes historiográficas que focavam em outros aspectos como cultura e economia. Houve a compreensão de que existiam diferentes ritmos de tempo para entender a história, sendo eles:
- O acontecimento (curta duração);
- A conjuntura (média duração);
- A estrutura (longa duração).
Basicamente, isso significa que determinados acontecimentos apenas ocorrem de certa forma porque estão situados em um período com características particulares. Por exemplo, no século XXI não ocorreria a escravização dos africanos como se deu durante o período colonial.
Nesse exemplo o tráfico negreiro é o acontecimento enquanto a colonização baseada na escravização é a conjuntura. Pelo fato de não estarmos mais nessa conjuntura, esse acontecimento não se daria, pois seria condenado.
Conjuntos de fatos
O entendimento dos diferentes ritmos de evolução do tempo permite entender que os eventos não se dão de forma isolada uns dos outros. Há conjuntos de fatos que fazem parte de um mesmo processo, logo existem conexões com outros períodos e locais.
Os questionamentos feitos pelos historiadores mudaram e voltaram seus olhares para a escrita da história de novos sujeitos e temas. Dentre os temas que passaram a fazer parte desse arcabouço estão os costumes, o trabalho, as migrações, a sexualidade entre outros.
O que são fontes históricas?
Entender como a história é escrita é fundamental para podermos entendê-la. O historiador trabalha como um detetive que busca evidências para analisar os fatos. A escrita da história é feita através da análise de registros, materiais e imateriais, deixados pelas sociedades. Esses registros recebem o nome de fontes históricas.
Conheça os diferentes tipos de fontes históricas
Cada tipo de fonte demanda o uso de metodologias distintas e o pesquisador deve escolher a mais adequada para a elaboração do conhecimento científico. Conheça melhor cada fonte histórica abaixo.
- Fontes escritas – fontes mais tradicionais, podem ser jornais, cartas, livros, certidões de nascimento e óbito, diários, revistas, atas, manifestos, entre outros.
- Fontes materiais – vestígios materiais produzidos pelas sociedades como ferramentas de trabalho, monumentos, fósseis, moedas, moradias, entre outros.
- Fontes iconográficas – a arte produzida pelas diferentes sociedades como pinturas e fotografias.
- Fontes orais – a partir dessas fontes o historiador pode entender melhor o passado através da análise das memórias individuais e coletivas.
O que é contagem do tempo?
Diferentes povos criaram formas diversas para contar o tempo. Por exemplo, o povo maia tinha um calendário solar de 365 dias, mas também um calendário religioso de 260 dias. Outro exemplo é o dos muçulmanos que determinaram como ano 1 da contagem, aquele em que Maomé fugiu de Meca para Medina, equivalente a 622 d.C.
Atualmente, utilizamos um calendário que tem origem no calendário romano. Ele era originalmente organizado tomando por base as fases da lua, sua duração era de 354 dias. Júlio César ordenou uma reforma no calendário porque as estações do ano começaram a ficar embaralhadas. O calendário egípcio, com 365 dias, foi usado como base.
Ano bissexto
Quando cada ano chegava ao fim, faltava ainda seis horas para a Terra completar uma volta em torno do Sol. Para resolver essa questão foi criado o ano bissexto, a cada quatro anos é incluso o dia 29 de fevereiro.
Os cristãos, que fixaram como ano 1 o nascimento de Jesus Cristo, adotaram esse modelo de contagem do tempo. Os anos que antecedem o ano 1 são contados de forma decrescente e tem a sigla a.C. (antes de Cristo). Já os anos depois do ano 1 são contados de forma crescente e possuem a sigla d.C. (depois de Cristo).
Diferenças
A história é a ciência que estuda o homem através do tempo e do espaço. Por sua vez, as fontes históricas são os registros utilizados para construir esse conhecimento e entendimento. Já a contagem do tempo é a forma como as diferentes sociedades situam os acontecimentos em sua linha temporal.
Gostou de saber mais sobre o trabalho do historiador e as fontes históricas? Para conferir mais conteúdos como este e dicas para o Enem e o vestibular, acesse outros posts do blog Hexag Medicina!