Império Árabe: expansão e características culturais e religiosas
A denominação Império Árabe ou Império Árabe Islâmico está ligada diretamente à expansão do islamismo que levou a constituição de um Estado poderoso. Esse estado dominou boa parte do continente asiático, da Península Ibérica e do norte da África, entre os séculos VII e XIII. Continue lendo para entender mais a respeito.
Expansão do Império Árabe
A Arábia era formada por cerca de 300 tribos, até o começo do século VII. Dentre essas tribos se destacavam os coraixitas e os beduínos nômades. A unificação da Península Arábica foi possível através da força religiosa, os povos árabes passaram a viver em um sistema de coesão social e política.
Surgiu então uma Monarquia Teocrática que fundiu os elementos sociais, econômicos, militares e políticos. A expansão do Império Árabe foi possível por esse processo de unificação.
A harmonia do império e seu regime de expansão se baseava no Corão, o livro sagrado dos islâmicos. Muitos povos converteram-se ao islamismo, pois os muçulmanos pagavam menos impostos.
O papel dos califas
Califas eram os sucessores de Maomé, eles detinham o poder político e militar. Em alguns casos, os califas tinham também o poder religioso. Através da figura dos califas, o Império Árabe se expandiu absorvendo outras culturas. Os árabes foram os grandes responsáveis pela preservação dos conhecimentos greco-romanos.
Características do Império Árabe
Confira abaixo as principais características do Império Árabe:
- Processo de expansão baseado na religião;
- Vantagens para os convertidos, muçulmanos pagavam menos impostos;
- Dominação das rotas comerciais mais relevantes pelos árabes;
- Domínio árabe do comércio no Mar Mediterrâneo;
- Meca era a considerada como a capital sagrada do Império além de ser um centro de comercial e religioso;
- Centralização do poder político e militar nas mãos dos califas;
- Absorção e preservação de outras culturas como a greco-romana.
Características culturais do Império Árabe
O Império Árabe destacou-se, culturalmente, nas seguintes áreas:
- Literatura – foram produzidas obras como “Ali Babá e os quarenta ladrões” “As mil e uma noites” e “As minas do Rei Salomão”.
- Ciência – houve também a produção dos Tratados de medicina e ciências.
- Arquitetura – aspectos arquitetônicos da cultura árabe são bastante conhecidos no Ocidente como seus palácios e mesquitas.
- Decoração com arabescos – outro destaque da produção arquitetônica árabe.
Cultura Árabe
A cultura árabe contempla tradições, costumes e idioma dos povos originários de territórios do Oriente Médio, Ásia Ocidental e África Setentrional. É importante destacar que a cultura árabe é um conceito que não está relacionado à religião. Ela abarca povos muçulmanos, cristãos, judeus e pagãos.
Como o Império Árabe surgiu?
O profeta Maomé, nascido em meados de 570 em Meca, é a base do surgimento e consolidação do Império Árabe. O Islamismo foi criado pelo profeta com base no contato que teve com diversas culturas e tribos. Maomé tinha uma vida peregrina nas caravanas de comércio.
Com o tempo, o Islamismo se tornou a religião que uniu quase todas as tribos da Península Ibérica. Estima-se que o profeta fundou a religião chamada de muçulmana ou islâmica em 610.
Hégira
Em 622, Maomé teria se mudado de Meca para Medina, acontecimento que passou a ser conhecido como Hégira. Foi a partir desse ponto que surgiu uma nova forma de governo chamada Umma, com a qual teve início o processo de expansão do Império Árabe. Diversas tribos da Península Ibérica foram convertidas.
O expansionismo seguiu então rumo ao Noroeste e Leste como forma de combater os impérios Bizantino e Persa. Em 632, Maomé faleceu e a expansão e unificação da Arábia ultrapassou as fronteiras da península. Os territórios expandiram-se consideravelmente até 750.
Guerra Santa
O califa Abu Bakr, um dos sogros de Maomé, teve um papel relevante nesse processo de expansão do Império Árabe. Após o falecimento do genro, ele declarou a Guerra Santa com o objetivo de converter os não maometanos. Essa estratégia ampliou o processo expansionista.
O processo de expansão
Abu Bakr foi sucedido por Umar Ibn Al-Kattab, cujo governo se estendeu de 644 a 656. Nesse período, o território do Império Árabe foi expandido para a Síria, o Egito, a Pérsia e a Palestina. Em 644, Uthman Ibn Affan assumiu o governo, em seu governo a Pérsia foi conquistada e parte considerável da Ásia Menor e do Norte da África.
Xiitas e Sunitas
Devido a divergências ideológicas, o genro de Maomé assassina Ali Ibn Abi Talib. Assim ocorre uma cisão no Império que leva a divisão entre:
- Xiitas – aqueles que acreditavam que somente os familiares do profeta Maomé poderiam governar;
- Sunitas – aqueles que acreditavam que se a revelação divina foi feita por Maomé, então o califa não poderia ser um líder espiritual.
Fim do Império Árabe
Devido às guerras civis, o Império Árabe foi fragmentado em inúmeros califados. Dessa forma, no fim do século XIV, a configuração imperial já não podia mais ser a mesma. O Império deixou de existir.
Agora você conhece mais sobre o Império Árabe e seu processo de expansão. Para conferir mais conteúdos como este e dicas para o Enem e o vestibular, acesse outros posts do blog Hexag Medicina!