Tipos de Cromatografia - Hexag Medicina
25/11/2021 Química

Tipos de Cromatografia

Escrito por Hexag Educacional @hexagmedicina
Tipos de Cromatografia

A palavra cromatografia tem origem grega, sendo composta por “chroma” (cor) e “graphein” (escrever). Essa técnica é bastante utilizada para a separação da mistura de substâncias químicas. Continue lendo para saber mais sobre o conceito e quais os tipos existentes.

O que é Cromatografia?

Como mencionamos acima, a cromatografia é uma técnica empregada para a separação de elementos químicos orgânicos e bioquímicos. O cientista russo Mikhail Tsvet foi o primeiro a utilizar essa técnica como um método científico, por volta de 1903, objetivando separar pigmentos coloridos de plantas. 

A partir dessa ocasião, a técnica tem sido bastante aplicada para identificar componentes de uma mistura. É muito usada, inclusive, para fazer separação laboratorial. Existem alguns tipos de cromatografia, como gasosa, líquida, de afinidade e de troca iônica, todos utilizam os mesmos princípios básicos. Além disso, independentemente do tipo, a cromatografia possui duas fases: móvel e estacionária. 

Fase móvel da cromatografia

Na fase móvel, os componentes são movidos por um solvente fluido quando isolados. Esse solvente pode ser líquido ou gasoso. 

Fase estacionária da cromatografia

Nessa fase o componente, durante seu processo de separação ou identificação, ficará fixo na superfície de outro material, este pode ser sólido ou líquido. 

Logo, através da cromatografia é possível identificar substâncias, purificar compostos e realizar a separação de componentes de misturas. 

Princípios da Cromatografia

A cromatografia é um processo que consiste na passagem da fase móvel para a fase estacionária, sobre uma placa ou dentro de uma coluna. Os componentes dessa mistura são separados por meio da diferença de afinidade. Cada um é retido seletivamente pela fase estacionária, resultando, assim, em migrações diferenciais deles. 

As afinidades diferenciais (força de adesão) dos componentes do analito (mistura cujos componentes serão separados e analisados) se movem em direção às fases móvel e estacionária. Esse movimento leva à separação diferencial. Duas propriedades da molécula ditam a afinidade, são elas: “Adsorção” e “Solubilidade”. 

Adsorção

Consiste na propriedade em que um componente da mistura adere à fase estacionária. Observe que, quanto maior a adsorção à fase estacionária, mais lento será o movimento da molécula pela coluna.

Solubilidade

Por sua vez, a solubilidade consiste na propriedade em que um componente se dissolve na fase móvel. Logo, quanto maior a solubilidade na fase móvel, mais rápido a molécula irá se mover pela coluna.

É possível manipular a adsorção e a solubilidade de uma molécula, escolhendo a fase estacionária e a fase móvel adequadas. O analito, nessa técnica, é colocado sobre o leito de sílica (que está embalado na coluna) aderindo a ela. Dessa forma, a sílica age como a fase estacionária, isto é, a substância se fixa dentro da coluna. 

Os diferentes componentes do analito apresentam vários graus de adesão à sílica na separação das misturas. Logo, se movem em velocidades diferentes por meio da fase estacionária de acordo com o solvente que flui por ela. Porém, os componentes que aderem mais fortemente à fase estacionária se movem mais lentamente, comparados com aqueles que possuem adesão mais fraca. 

Tipos de cromatografia 

Há alguns tipos de cromatografia, a divisão é feita através da forma física do sistema e da fase (estacionária ou móvel). 

Formas físicas do sistema de cromatografia

Cromatografia em coluna

Essa é a técnica mais antiga de cromatografia e sua aplicação ajuda a separar componentes em duas fases: líquida e sólida. O processo é realizado numa coluna de metal ou vidro, tendo como base a capacidade de adsorção e solubilidade. O reservatório é preenchido por um adsorvente que tornará possível o fluxo do solvente. 

Cromatografia planar

Caracteriza-se por envolver a cromatografia em papel e a cromatografia em camada delgada. 

Cromatografia em papel

Trata-se de uma técnica líquido para líquido, em que um deles é fixado a um suporte sólido. O processo de separação e identificação dos componentes da mistura é realizado sobre a superfície de um papel filtro. 

Cromatografia em camada delgada

Essa é uma técnica líquido para sólido, em que a fase líquida ascende por uma camada fina de adsorvente sobre um suporte. Em geral, uma placa de vidro é adicionada dentro de um recipiente fechado. 

Fase móvel empregada na cromatografia

Cromatografia gasosa

Esse método utiliza um tubo estreito pelo qual os componentes da mistura passarão por uma corrente de gás. O objetivo dessa mistura é separar os seus componentes através de uma fase gasosa móvel sobre um solvente. 

Cromatografia líquida

Caracteriza-se por envolver a cromatografia líquida clássica e a cromatografia líquida de alta eficiência. A primeira técnica é utilizada especialmente para isolar produtos naturais e purificar os produtos de reações químicas. Essa técnica é realizada através de uma coluna formada por um tubo de vidro em posição vertical. 

O processo caracteriza-se pela adição de uma quantidade pequena de solvente à coluna. Um chumaço de algodão é usado para impedir a passagem das partículas da fase estacionária.

Por sua vez, a cromatografia líquida de alta eficiência usa bombas de alta pressão para a dissolução da fase móvel. Isso permite realizar a análise de várias amostras num curto espaço de tempo. 

Fase estacionária empregada na cromatografia

Fase estacionária líquida

É o processo em que o líquido é adsorvido sobre um suporte sólido ou, então, é imobilizado sobre ele. 

Fase estacionária sólida

Ocorre quando a fase fixa é um sólido. 

Agora você já conhece os tipos de cromatografia! Navegue pelo blog do Hexag Medicina para conferir mais conteúdos de química e outras disciplinas!

Retornar ao Blog