Teníase

A Teníase é uma parasitose inserida no contexto das verminoses do filo dos Platelmintos (vermes anatomicamente achatados). Existem várias espécies de Tênias, porém seu principal agente etiológico é a tenia solium (tênia do porco), também conhecida como “solitária”.

Este verme é um endoparasita, ou seja, vive no intestino delgado de seu hospedeiro definitivo (o ser humano), do qual retira os nutrientes já digeridos. A tenia solium fixa-se à parede do intestino através de ganchos e ventosas presentes no escólex ou cabeça. No hospedeiro definitivo, desenvolve-se até a fase adulta produzindo continuamente PROGLOTES (anéis que formam o corpo), através das quais produz ovos que são eliminados nas fezes da pessoa contaminada. Ocorre um processo de reprodução SEXUADA com autofecundação, pelo fato da tênia ser hermafrodita, ou seja, desenvolve testículos produtores de espermatozoides e ovários produtores de óvulos .

No desenvolvimento das tênias, os ovos originam uma fase larval chamada CISTICERCO, que normalmente desenvolve-se na musculatura do hospedeiro intermediário, o porco, que ingere os ovos juntamente com as fezes do ser humano eliminadas no ambiente. A ingestão da carne contaminada com cisticercos pelo ser humano leva ao desenvolvimento da TENÍASE, que apresenta sintomas característicos de verminoses tais como emagrecimento acentuado, náuseas e vômitos.

Neurocisticercose

Pode ocorrer uma manifestação mais grave da doença quando o ser humano assume também o “papel” de hospedeiro intermediário, ingerindo diretamente os ovos da tênia, seja por autoinfestação ou através de água ou alimentos contaminados. Neste caso, as larvas se desenvolvem preferencialmente no tecido nervoso, causando um quadro denominado NEUROCISTICERCOSE, com consequências muito mais graves do que a Teníase, pois ocasiona comprometimento das funções nervosas e até a morte por lesão cerebral irreversível.