Médio Curso de uma Bacia Hidrográfica | Videoaulas - Hexag Medicina
17/10/2015 Aulas de Geografia

Aula em vídeo – Médio Curso de uma Bacia Hidrográfica

Escrito por Hexag Educacional @hexagmedicina
Aula em vídeo – Médio Curso de uma Bacia Hidrográfica

CURSO MÉDIO DE UMA BACIA HIDROGRÁFICA

Um rio nunca é um corpo d’água solitário na superfície terrestre. Ele sempre compõe uma bacia hidrográfica como tributário – também chamado afluente – ou como rio principal da bacia. Por sua vez, uma bacia hidrográfica possui compartimentos conforme a evolução da capacidade de fluxo de água e de materiais geológicos e orgânicos que compõem esse fluxo, orientados pela compartimentação do relevo em torno da bacia, cujo declive é o principal fator de orientação para a direção que esses fluxos d’água tomam constituindo a bacia. Também é levada em conta na diferenciação desses compartimentos da bacia, a variação do volume de água durante o ano, o volume de sedimentos ou clastos e a velocidade de transporte desses materiais. Esses compartimentos são o Alto Curso ou Curso Superior, Médio Curso ou Curso Médio e Baixo Curso ou Curso Inferior.

Em cada compartimento, o rio principal e seus afluentes tem características naturais e usos econômicos diferenciados, bem como a relevância ambiental de seus componentes.

O médio curso de uma bacia hidrográfica é marcado pela altíssima capacidade de vazão, ou seja, a velocidade de suas águas e a capacidade de transportar grandes quantidades de sedimentos é a mais elevada em toda a bacia. Trata-se do topo de sua capacidade de vazão hídrica. Também é considerado o elevado potencial hidráulico, tornando a calha – relação margem-margem-fundo – ampla e caudalosa, com grandes turbilhões de superfície caracterizando forte correnteza e resultando em uma rede de drenagem de escopo amplo. Em países tropicais como o Brasil, a densidade da rede hidrográfica do médio curso de um rio é tão grande que torna-se possível perder qual o traço que marca o rio principal e identificar quais são os tributários em uma carta de grande escala cartográfica.

Neste compartimento, o papel da mata ciliar é de suma importância para a manutenção do balanço hídrico – média do fluxo das águas nas estações chuvosas e de estiagem, tornando o rio caudaloso e perene (curso d’água ativo o ano inteiro). Também é função desta mata impedir a evaporação das águas que extrapolam a calha na época das cheias.

O potencial econômico deste compartimento da bacia também é alto, pois devido à elevada capacidade de vazão das águas, a implantação de usinas hidroelétricas, sistemas de navegação com embarcações de grande calado e projetos de irrigação é efetuada com grande freqüência aquecendo a economia das localidades dispostas neste compartimento da bacia – por um lado, e impulsionando diversos níveis de impacto ambiental negativo – por outro. Essa ambiguidade deve ser estudada na forma de pontos de sensibilidade política e econômica e também deve ser levada em conta a capacidade dos governos em levar em consideração o potencial desses compartimentos em seus planos estratégicos de exploração de seus territórios e efetuar avaliações de impacto ambiental adequadas com medidas de redução de impacto a ser implantadas na partida dos programas de instalação dos projetos de aproveitamento econômico das bacias.

As bacias hidrográficas devem ser estudadas por compartimento a partir de mapas físicos e políticos. Deve ser dada a atenção por quais países e regiões encontram-se dispostos os compartimentos da bacia. No caso específico dos médios cursos devem ser estudadas as intervenções humanas realizadas em suas calhas, a produtividade econômica e seu impacto socioambiental, pois é alto o nível de interdisciplinaridade das problemáticas verificadas nessas localidades o que torna este aspecto de altíssimo aproveitamento para a formulação de questões de vestibular que possuem esta linha de trabalho – ou seja – exigir do candidato: a capacidade de análise de grandes questões ambientais e sua íntima relação com o espaço natural onde se desenvolvem, além de quais conhecimentos científicos estão envolvidos antes e depois das intervenções humanas sobre ciclos naturais.

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