Mananciais são corpos d´água (rios, nascentes, represas) utilizados para o consumo da população. A preservação dessas áreas garante a manutenção da quantidade e qualidade dos recursos hídricos de uma região. Por isso que a legislação ambiental do país proíbe o assentamento sobre essas regiões.

Em relação à qualidade das águas, a ocupação irregular das áreas de mananciais aumenta o risco da poluição e contaminação por meio do despejo do lixo e do esgoto. Além disso, a retirada da cobertura vegetal tem efeito direto na diminuição dos estoques hídricos.

A vegetação estabiliza os solos. Com o desmatamento o processo erosivo é intensificado levando ao assoreamento dos rios e represas. Os solos também serão prejudicados pela menor absorção da água da chuva e pelo aumento da taxa de evaporação, já que sem a vegetação a incidência solar sobre eles será maior.

O avanço da ocupação das áreas de mananciais é problema comum em inúmeras cidades brasileiras e, nas últimas décadas, a cidade de São Paulo assistiu à expansão desse problema. Segundo estudos realizados pela ONG Instituto de Pesquisas Ecológicas, a proliferação de pastos na região o Sistema Cantareira associada a construção de muitas casas representam uma grande ameaça para o reservatório. Obviamente que a crise hídrica pela qual São Paulo passa tem relação direta com tais eventos.

A solução para a questão dos mananciais envolve a fiscalização mais rigorosa da ocupação dessas áreas associados a uma política de investimentos em moradia popular e saneamento básico. A aplicação de recursos na chamada “infraestrutura verde”, como por exemplo a recuperação das matas ciliares em torno das represas, é também medida fundamental para resolver e prevenir o problema da crise hídrica.