Aula em vídeo – Teorias Demográficas
Teorias Malthusiana, Neomalthusiana e Reformista
Nesta videoaula são apresentadas as principais teorias demográficas cobradas no vestibular: teorias Malthusiana, Neomalthusiana e Reformista. Sendo as partes mais importantes os pontos comuns e divergentes entre as teorias Malthusianas e Neomalthusianas, além das diferenças entre essas duas e a Reformista. O crescimento da população, os meios de subsistência e as causas da pobreza em plena Revolução Industrial são os problemas centrais analisados pelo economista clássico Malthus. Ele concluiu que o ritmo de crescimento populacional seria mais acelerado do que o ritmo de crescimento de alimentos (progressão geométrica versus progressão aritmética). Além disso, chegou à conclusão que no futuro as possibilidades de aumento da área cultivada estariam esgotadas, pois todos os continentes estariam completamente ocupados pela agropecuária e, no entanto, a população mundial continuaria a crescer. A Teoria Neomalthusiana propõe que uma numerosa população jovem, resultante das elevadas taxas de natalidade nos países subdesenvolvidos, merece investimentos sociais em educação e saúde. Com isso, sobrariam menos recursos para serem investidos nos setores agrícola e industrial, o que impediria o pleno desenvolvimento das atividades econômicas e, consequentemente, da melhora das condições de vida da população. Ainda segundo os Neomalthusianos, quanto maior o número de habitantes de um país, menor a renda per capita do país. Essa teoria chega à mesma conclusão da Teoria Malthusiana, ou seja, que o crescimento populacional é responsável pela ocorrência da miséria. É uma tentativa de enfrentar os problemas econômicos partindo do controle de natalidade. Também não deixa de ser uma maneira de acobertar os efeitos danosos dos baixos salários e das péssimas condições de vida dos países subdesenvolvidos.
A Teoria Reformista propõe que uma população jovem numerosa não é a causa do subdesenvolvimento, mas sim consequência dele. Em países desenvolvidos, marcados por um elevado padrão de vida da população, o controle de natalidade ocorreu paralelamente à melhoria da qualidade de vida da população. Uma população jovem e numerosa só se tornou empecilho para o desenvolvimento econômico porque não houve investimentos sociais, principalmente em educação e saúde.
Essa situação gerou um imenso contingente de mão de obra sem qualificação, que continua ingressa no mercado de trabalho. Isso diminui a produtividade do país e empobrece parcelas do país. É necessário que as famílias obtenham condições dignas de vida, já que tenderão a ter menos filhos. Essa teoria é a mais realista, por analisar os problemas econômicos, sociais e demográficos de forma objetiva, partindo de situações reais do dia a dia das pessoas.