Videoaula – Sísmica: o estudo dos terremotos
Terremotos ou Abalos Sísmicos
Nesta videoaula, são apresentados os sismos ou abalos sísmicos como fenômenos decorrentes da movimentação das placas tectônicas que constituem a litosfera.
Conhecidos popularmente como terremotos, os abalos sísmicos ocorrem durante todo o tempo no planeta Terra, e são resultados da interação das placas tectônicas com as camadas inferiores, principalmente a astenosfera (subcamada do manto terrestre), onde se encontra o magma – substância incandescente, pastosa, composta por variados elementos químicos em elevadas temperaturas.
A constante pressão exercida pelo magma faz com que os abalos sísmicos ocorram o tempo todo e em toda a crosta terrestre.
Um abalo sísmico se torna terremoto quando sua magnitude vibratória ultrapassa pontuação 2 na escala Richter. Essa escala, criada pelo estadunidense Charles Richter em 1935, mede a sísmica constante da Terra e detecta terremotos que se tornam sensíveis à percepção humana. A partir de 2 pontos, a escala vibratória faz com que objetos simples dispostos sobre mesas e estantes, por exemplo, pulsem. Acima de 3 pontos, esses objetos tendem a cair. Entre 4 e 5, os móveis de um domicílio movem-se e as estruturas de habitações de construção simples sofrem rachaduras. Entre 4 e 5 pontos na escala Richter essas mesmas construção tendem a cair. Acima de 5 pontos, a destruição é significativa em países subdesenvolvidos. Na casa dos 6 a 9 pontos, há a possibilidade de destruição física equivalente ao efeito de um míssil nuclear.
Origem dos Terremotos
Tais fenômenos podem ter origem em movimentações específicas nas placas tectônicas conhecidas como falhas, que caracterizam-se por desnivelamentos entre partes da crosta e tem grande variação tipológica.
Falha Normal
Um dos exemplos dessa variação é a chamada falha normal, decorrente de queda de um bloco rochoso em relação ao outro formando um desnivelamento em descida, tal como um degrau de uma escada.
Falha Pontual
Outro exemplo dessa variação de falhas é a chamada falha pontual, originada por um ponto de ruptura dentro da placa tectônica. Também é conhecida por triptura, por ser sua força equivalente à força necessária para romper uma liga de aço.
Falha Transversal
Mais um exemplo de falha tectônica é a transversal, em que as placas friccionam suas laterais em movimento de arrasto. Também são conhecidas as falhas tectônicas inversas ou de cavalgadura, nas quais uma placa tectônica sobe na outra.
Todas as falhas descritas originam ondas sísmicas que se propagam dentro da litosfera a partir do ponto onde é gerado o tensionamento dentro da placa: o hipocentro. As ondas se propagam a partir deste ponto até atingirem a superfície da placa.
Todas essas falhas e muitas outras mais são estudadas pela sísmica, compêndio da geofísica e também da geologia, e quando essas modificações específicas ocorrem as consequências são catastróficas. Principalmente quando se abatem sobre países pobres como o terremoto que atingiu o Nepal em abril deste ano.
Países “preparados” para terremotos como o Japão também sofrem impacto destes fenômenos quando a escala Richter atinge pontuação alta. No caso específico do terremoto de 2011 e o consequente tsunami de 40 metros, tamanho foi a sua magnitude – 9,1 na escala Richter -, que mesmo com toda tecnologia existente no país a catástrofe foi inevitável.
O entendimento desses fenômenos e sua complexidade é essencial para a vivência das populações humanas na superfície terrestre. A desocupação de áreas de intensa atividade geológica seria uma boa demonstração de nossa compreensão em fazer parte de um planeta “vivo” que deve ser estudado e ocupado com inteligência. Faz-se necessário o reconhecimento de suas dinâmicas para que novas catástrofes como o tsunami de 2004, o terremoto no Japão em 2011 e o terremoto no Nepal em 2015 tornem-se passado de uma civilização que aprendeu a fazer parte deste planeta.
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