Aula em vídeo – Estados Unidos no século XIX
A aula trata da política externa dos Estados Unidos ao longo do século XIX e vai dividi-la em dois momentos principais: um na primeira metade do século e outro na segunda metade, mais pro final do século e que adentra o século XX.
Doutrina Monroe: A América para os Americanos
O primeiro momento da política externa estadunidense pode ser ilustrado pela Doutrina Monroe (1823). Essa doutrina estabelecida pelo presidente James Monroe defende a autonomia dos recém-formados estados latino-americanos diante da ameaça recolonizadora dos países europeus e da Santa Aliança, sob o lema de “América para os Americanos.”
O que chama atenção nessa política é que a postura dos Estados Unidos de defesa da América se restringe ao discurso, uma espécie de defesa retórica da soberania da América em relação à Europa. Em nenhum momento há intervenção militar ou envio de tropas com base nesse discurso. Isso se deve em grande medida pela situação interna do país ao longo da primeira metade do século XIX, que expandia em direção ao Oeste e lutava para a consolidação do Estado Nacional e das fronteiras nacionais.
Corolário Roosevelt ou “Big Stick”
Partindo para análise do segundo momento da política externa estadunidense, podemos notar uma mudança significativa em sua postura a partir da segunda metade do século XIX. Essa mudança pode ser relacionada à consolidação do Estado Nacional após o término da Guerra de Secessão (1861-1865) e no plano externo, à expansão do capitalismo e o Imperialismo europeu sobre a África e Ásia.
A marca da política externa nesse segundo momento é o intervencionismo. Enquanto os países europeus se dirigiam para África e Ásia, os Estados Unidos partiam em direção à América Central e Caribe.
As principais intervenções foram na Guerra de Independência de Cuba (1898), nas Filipinas, Porto Rico, Panamá e mais tarde na Nicarágua. A doutrina que ilustra essa postura belicista é o Corolário Roosevelt ou “Big Stick”. Segundo o presidente Theodore Roosevelt, “fale macio, mas com um porrete na mão”, era o discurso que conduzia a política externa dos EUA e fazia prevalecer os interesses do país na região.